terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Série: Ruas de Belém.

Rua Siqueira Mendes.



Para iniciar essa série de postagens sobre as ruas de Belém, nada melhor do que começar pela primeira rua de nossa cidade, a chamada RUA DO NORTE, ou como é conhecida hoje, SIQUEIRA MENDES.

Logo após a chegada dos colonizadores portugueses em 12 de janeiro de 1616, tivemos a abertura da primeira rua, que foi criada, paralelo ao forte de Santo Cristo (hoje forte do presépio), que era o quartel general e também única fortificação (mesmo improvisada) da época.

A Rua do norte, seguiu paralela a bacia do guajará, e foi adentrado a densa floresta. O segundo capitão-mor da cidade, Bento Maciel, ergueu moradia no final dessa rua, e depois doou o terreno para a ordem Carmelita, que chegaram a cidade por volta de 1626, e no local fundaram uma igreja de taipa no original e que no século seguinte seria modificada até se tornar a Igreja do Carmo que conhecemos hoje.

Placa da Primeira Rua da Cidade

O Grande Historiador Ernesto Cruz, em seu livro Ruas de Belém, faz a seguinte referência a Siqueira Mendes.

"Cônego Manuel José de Siqueira Mendes, chefe do Partido Conservador, no Pará. Foi Presidente eventual da Província, nos períodos de 29 de setembro a 18 de outubro de 1868; de 28 de novembro a 2 de dezembro de 1869; 23 de setembro de 1870 a 7 de janeiro de 1871. Destacou-se como político dos mais prestigiados do Pará".

Siqueira Mendes era natural de Cametá, nascido em 6 de setembro de 1825 e falecido em 5 de maio de 1892. O Sacerdote ficou conhecido por ser bastante rígido em relação a moral e bons costumes da época e que foi um dos que incentivaram o povoamento em mosqueiro em 1868.

Siqueira Mendes
Defensor dos mercadores locais, foi acusado de dificultar a entrada de comerciantes estrangeiros em nossa capital e por isso fez muitos inimigos, morreu pobre em 1892.

Hoje nesta rua, temos diversos casarões antigos e podemos citar: Casa Rosada e Fabrica de Refrigerantes Soberano. Além que no seu final temos a Praça e Igreja do Carmo.


Autor: Edmilton C. Furtado


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Giordano Bruno - Infinitos Mundos

Giordano Bruno - Mártir da Liberdade

Infinitos Mundos - Infinitos Sonhos

Giordano Bruno nasceu na Itália na cidade de Nola (próximo a Nápoles) em 1548 e seu nome de batismo era Felippo Bruno. Desde cedo, era um buscador de respostas e aos 13 anos começa seus estudos na escola do monastério São Domingos, local onde São Tomás de Aquino havia vivido e ensinado. Aos 17 anos ingressa na ordem dos pregadores, por onde se dedica por 10 anos, e se torna sacerdote e doutor em Teologia em 1575. Seus estudos foram direcionados aos ensinamentos de Aristóteles e Tomás de Aquino, que sustentavam a fé católica.

Agora, com o novo nome de Giordano Bruno, dado após a entrada no seminário, foi aos poucos chamando a atenção da hierarquia da igreja, pois criticava o modelo aristotélico de forma aberta e direta. Mesmo com o direcionamento da escolástica para Aristóteles e Tomás, Giordano buscou beber em outras fontes, como: Virgílio, Lucrécio, Cícero, Ovídio, Sêneca, Raimundo Lullio, Heráclito e Demóstenes. Porém as influências mais fortes vieram da Filosofia de Platão e Plotino, do conhecimento de Copérnico e do saber de Hermes Trimegisto, que era divulgado Marsílio Ficino.


Perseguido por defender ideias contrárias aos dogmas estabelecidos e de fazer isso de forma nada polida, Giordano se vê obrigado a sair do convento, começando sua vida de peregrinação pela Europa e desbravando a “era das trevas” com a luz da Sabedoria de Platão e Hermes.

Ao sair da Itália, deixou o hábito de monge. Começou a ganhar a vida revisando textos, mas devido a conflitos com um professor local, necessitou continuar emigrando. Seguiu por Suíça, Inglaterra, França, Alemanha e voltou à Veneza em 1592. Em Londres, dedicou-se a ensinar na Universidade de Oxford, onde ministrou aulas sobre a cosmologia de Nicolau Copérnico, atacando o sistema aristotélico. Depois de várias discursões, abandonou Oxford e rumou para a França, onde, em 1585, após um debate público em uma universidade, foi ridicularizado, atacado fisicamente e, por fim, expulso do país.

Retornou a Veneza por convite do Conde Giovanni Moncenigo, que estava interessado na sua arte da memória. Giordano se hospedou na casa do mesmo, mas o conde não ficou contente com o resultado, pois além de necessitar recuperar uma memória já debilitada, sua intenção era aplicar em seus negócios. Após discussão, Moncenigo trancou Bruno no sótão e chamou a santa inquisição. Giordano foi preso, e começaram assim seus 08 anos de martírio.

No ano seguinte, foi entregue a Santa Inquisição Romana, onde foi lançado nas masmorras e sujeito a torturas para quebrar suas convicções e assim negar o que ensinava. Essas tentativas de dobrar o filosofo duraram setes anos. Nesse período, ele se defendeu, e segundo os autos, sempre com mais convicção e argumentos lógicos, apesar de seu corpo se deteriorar cada vez mais. Bruno defendeu-se negando qualquer interesse pessoal em questões teológicas, reafirmando o caráter filosófico das suas afirmações. Foram-lhe dadas duas oportunidades para se retratar, mas ele não o fez. É então condenado a morrer na fogueira, o que acontece no dia 17 de fevereiro de 1600. Conta a história que, quando sua sentença foi lida, ele se dirigiu aos seus juízes dizendo: “talvez vocês, meus juízes, pronunciem esta sentença contra mim com maior medo do que eu ao ouvi-la”.


As Acusações

 Giordano foi acusado pelo santo oficio e abaixo, podemos ver a lista de “injúrias”  das quais fora acusado o Filósofo:

· Sustentar opiniões contrárias à fé católica e contestar seus ministros;
· Defender posições contra a Trindade, a divindade de Cristo;
· Defender posições contra a virgindade de Maria, mãe de Jesus;
· Defender posições contra a Transubstanciação (hóstia/Vinho que se transformam no corpo/sangue de Cristo na missa);
· Defender a existência de infinitos mundos e suas eternidades;
· Acreditar em metempsicose e na transmigração da alma;
· Envolvimento com magia e adivinhação.

Trechos de suas obras, que foram pontos-chave das acusações:

“A Alma do Universo é o Principio criador e constitutivo do mundo... Deus está em cada folha de erva, em cada grão de areia e em cada partícula que flutua no ar... A Mente universal encontra-se em todas as coisas, pois tudo o que existe, tanto a matéria como o espírito, é divino... A mesma força que se manifesta no espaço infinito vive também na menor de cada uma das partículas.Tanto o maior como o menor são uma mesma coisa, pois cada átomo é em si mesmo o espelho do universo inteiro...As coisas diferem entre si, unicamente em relação aos corpos através dos quais se manifestam, pois no fundo todas as coisas são uma mesma coisa. Dai que, se pudéssemos destruir um só átomo, poderíamos também destruir o Universo inteiro. São seus diferentes corpos, o que faz com que as almas pareçam superiores umas das outras. No fundo, todas as almas são uma mesma alma.”

“Só é feliz quem vê as coisas com os olhos da razão...Não são os sentidos senão a razão o princípio da verdade....O objetivo da vida é alcançar a verdadeira sabedoria, a verdadeira moral, a verdadeira justiça, a libertação de nossa unidade com Deus...”

Mártir da liberdade de expressão

Principais Ideias


Podemos resumir as ideias do Giordano Bruno nos seguintes itens:

· Existem outros mundos além do nosso. O universo está constituído por muitos mundos semelhantes à Terra, dessa forma, o nosso planeta não é o centro do universo;
· O universo é infinito no espaço e no tempo. De acordo com isto, a ideia de pontos fixos no espaço ou no tempo deve ser relativa a outros pontos considerados como fixos;
· Sua ética pode ser resumida na seguinte escala de valores: Verdade, prudência, sabedoria, a lei que regula o comportamento das pessoas e a força do espírito que é a virtude interior;
· Deus é o objeto de estudo da filosofia e para tal a Natureza (universo) é o grande laboratório;
· A memória como ferramenta para entender a multiplicidade do universo e sua unicidade.
  
Terra centro de Universo

 Influência Platônica


Bruno resgata a ideia de Platão sobre o universo e o entende como um grande ser vivo, onde cada elemento está conectado como as contas de um colar, e essa organização é fundamentada pelas ideias que são princípios eternos e imutáveis. Cada elemento do universo, por menor que seja, não passa de uma imitação ou sombra da realidade ideal que a direciona.

Nós, seres humanos, também seguimos esse ordenamento universal e nossas ideias não são eternas e imutáveis, mas são o reflexo, o fantasma das ideias que não se alteram. Mesmo sendo a sombra de algo imutável, através das ideias podemos chegar ao verdadeiro conhecimento se encontrarmos um método que consiga assimilar e compreender a complexidade da realidade. Esse método  deve ter a capacidade de entender essa estrutura universal ideal que sustenta todo universo.

Para o nolano, a memória é a ferramenta para entender a unicidade e a multiplicidade do universo.

A importância da Arte da Memória e da imaginação

A memória nos permite impedir que nossa mente se confunda com o grande número de coisas que existem no universo e com os conceitos e representações dessas coisas. Essas representações são sombras das ideias divinas e a memória serve para fixar em nossa mente essas imagens. Através de exercícios de memória podemos colocar em nossa mente um grande número de reflexos das coisas e das ideias divinas, o que torna mais sólida nossa capacidade intelectiva e mais eficaz nossa ação sobre o mundo. Para atingir esse objetivo é que Giordano Bruno foi grande estudioso e professor de mnemônica, que é o estudo de técnicas para facilitar a memorização.

A imaginação teria como função o entendimento do universo, pois não teríamos como entender o contato com o absoluto. Uma de suas citações nos ensina “A cogitação ou discurso natural, baseado em imagens das coisas, que é atividade racional ou intelectual, ou se dá em imagens ou não se dá em absoluto”. Temos a nossa capacidade racional, e devemos desenvolvê-la, mas para além da racional existe a capacidade intuitiva, que será a real iluminação. A razão e a imaginação devem ser desenvolvidas em conjunto e a luz da sabedoria poderá entrar na alma pelo caminho aberto através do esforço em desenvolver essas capacidades, então o ser humano poderá se iluminar pela intuição (capacidade acima da racional).

A imaginação será uma ferramenta de transformação do homem, uma ponte com os deuses. Essa linguagem se baseia em imagens de tipo emblemático, caracteres hieroglíficos, com inspiração tipicamente astrológica. As configurações celestes são como as letras de um livro que expressa os conceitos divinos. Essa linguagem é simbólica, que contrapõe a nossa linguagem convencional e “prática” que não tem uma preocupação com o conteúdo (hoje mais vazio ainda devido a decadência moral em que estamos como sociedade); através desses símbolos, Giordano oferece um despertar das forças ocultas em nosso ser (virtudes), que são capazes de mudar a nossa existência, restabelecendo a saúde moral e física - tudo isso séculos antes de Carl Jung.

A arte da memória terá como diferencial a criação de figuras geométricas e uso de hieróglifos, que era bastante estudado entre os apreciadores do hermetismo. Para Bruno, a memória pode ser benéfica ou maléfica, pode provocar contatos elevados e sagrados com o Divino, mas também com a loucura; por isso a necessidade de um mestre, para que esse conhecimento não seja esquecido pelas novas gerações. O conde Moncenigo, que traiu Bruno, queria usar essas artes para fins pessoais e econômicos. Somente o mestre poderá guiar o discípulo para que o mesmo não “abra portais” desconhecidos, pois o universo está codificado e os símbolos serão as chaves para abrir esses portais - obviamente, o mestre guiará para as entradas que elevarão o espirito ao plano inteligível e a realidade.

O sistema mnemónico de Giordano é universal e, assim como seu pensamento filosófico, pode abranger o todo assim como a parte (o indivíduo), sendo particular o discípulo deve construir o seu próprio sistema de acordo com a sua própria realidade, os seus símbolos, a sua visão subjetiva do mundo. O início começa na própria subjetividade do mundo, nossas referências serão num primeiro momento familiares, mas com o passar do tempo e da prática da arte, novas referências serão adquiridas. Uma imagem chamará a outra e assim sucessivamente, desde o natural ou material chegaremos ao celeste - e por que não? - além dele.
Esse sistema não foi elaborado unicamente para fixar qualquer tipo de coisas que tenhamos que memorizar (embora sirva para isso), mas integra todos os planos do homem e o eleva até o desconhecido; ou seja, possui um fim transcendente. O filósofo também usou decanos do Zodíaco, muito importantes na astrologia Egípicia, oferecendo um ponto seguro de partida e um norte claro a seguir.


Homenagem a Giordano Bruno - Itália

Sobre Deus e a Ética

Giordano Bruno sustenta ainda que o universo é infinito, e como infinito não tem um centro nem uma circunferência.

Em seus estudos sobre ética, coloca o cristianismo como responsável por inverter os valores morais de sua época. O cristianismo transformou a crença sem reflexão em sabedoria, a hipocrisia humana em conselho divino, a corrupção da lei natural em piedade religiosa, o estudo em loucura, a honra em riqueza, a dignidade em elegância, a prudência em malícia, a traição em sabedoria e a justiça em tirania.
Deus, para o filósofo, não pode ser conhecido pelas suas consequências nem por suas obras, da mesma forma que não podemos conhecer o escultor pela estátua. Não podemos conhecer Deus porque Ele está muito além da nossa capacidade intelectiva. O caminho mais digno para nos aproximarmos de Deus é através da sua revelação.

Mas Deus como objeto de estudos da filosofia é a própria natureza. E como natureza Deus é o motivo e a origem do universo. É motivo porque Ele é que define as coisas que formam o universo. E é origem porque é Ele quem dá a existência para as coisas do universo. Deus é o intelecto universal que anima, serve de base e governa o mundo.

Deus é uma força e não um velho de barba branca


Sentenças:
- Deus é tudo em tudo, mas não em cada parte.
- O tempo tudo tira e tudo dá; tudo transforma e nada destrói.
- Não existe satisfação sem tristeza.
- A poesia não nasce das regras.
- Somos a causa de nós mesmos.
- O universo é uno, infinito e imóvel.
- Os homens mais devotos e santos, um dia foram chamados de asnos.
- Não é a matéria que causa o pensamento, mas o pensamento que causa a matéria.
- O homem não tem limites, e um dia se dará conta disso e será livre, ainda neste mundo.
- O amor torna o velho louco e o jovem sábio.
- A ignorância é a mãe da felicidade.


A vida do mestre de Nola, nos mostra a importância de acreditar que a evolução do Homem e a divindade estão em todos os locais, e seguir isso na sua prática diária. O mesmo não voltou atrás em suas afirmações, até porque estavam certas e para os grandes mestres era uma máxima, hoje atribuída a H.P. Blavatsky: “Não há nada superior à verdade”.


Como Giordano sofreu o martírio por manter sua palavra nos ensinamentos dos grandes mestres e por tê-la a ensinado em quase toda a Europa, é considerado ao mártir da liberdade de expressão. Que possamos, assim como esse filósofo, olhar para o céu e ter a certeza de que existem infinitos mundos e que Deus está em todos eles, assim como está no coração.

Máxima

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Como Deixar Velhos Hábitos para Trás?

Olá, Amigos, e FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!


Chegamos ao momento final do ano. Neste período, normalmente nossos olhos voltam a ter esperança em um futuro promissor, começamos a sonhar com um ano novo, onde vamos realizar muito do que programamos (mas não o fizemos) neste ano que passou. São as chamadas “promessas de fim de ano”.
Até aí, sem novidades; afinal, todo ano prometemos coisas e essas promessas ficam pelo caminho, mas é aí que mora o perigo.

Por que nossos desejos e sonhos ficam pelo caminho? Por que se tornam mais uma promessa não cumprida?

Podemos citar inúmeros fatores, mas uma situação é verdade: o ano muda,  mas nós não!


Um dos fatos que nos mantém no mesmo patamar do ano anterior é que os nossos hábitos são os mesmos e não temos consciência de muitos deles. Isso é ruim, pois acabamos agindo como robôs - mas, ao contrário de muitos filmes de ficção com robôs super eficientes, agimos de forma atrapalhada e desconexa com o que realmente somos e almejamos. Veremos como isso acontece a seguir.


O Hábito


   É classificado como maneira usual de ser, costume, regra para ação. Enfim, está sempre ligado ao modo como agimos no dia-a-dia: é uma maneira de SER e de ATUAR. Por isso, um hábito se traduz na forma como reagimos às situações do cotidiano. Quando adquirido, o hábito entra em nosso comportamento de forma automática, ou seja, torna-se um mecanismo que em alguns casos independe de nossa vontade. Exemplos: adquirimos o hábito de andar, de escovar os dentes… mas já pensou se em todas as manhãs tivéssemos que aprender a andar ou a escovar os dentes de forma correta? Isso seria uma enorme perda de tempo e energia

Dessa forma, temos um mecanismo inteligente que nos permite economizar energia e canalizá-la para o que é realmente válido. Então, quais seriam os grandes problemas gerados pelos hábitos?

 -Por não conhecer o seu mecanismo de criação, acabamos gerando hábitos negativos que nos afastam das nossas metas;

- Achamos que temos controle das nossas vidas;

 - Confundimos os hábitos com a nossa identidade.



Mecanismo dos Hábitos.


Os hábitos necessitam de um GATILHO, de uma ROTINA e de uma RECOMPENSA. Se verificarmos isso em nossa vida, veremos que em muito do que fazemos há o desejo de recompensa, de realização. Por exemplo: Se, ao beber, surge a necessidade de fumar, por que isso acontece? O gatilho é ingerir bebida alcoólica e a recompensa é a satisfação (prazer) que o cigarro vai proporcionar ao fumante
Ciclo de criação do Hábito



O Controle é uma ILUSÃO!!!!

Gostamos da ideia de ter controle sobre nossas ações e decisões, mas será isso verdade? Ou somos um amontoado de hábitos automáticos?


Vamos nos imaginar depois de um dia de trabalho e estudo, desejando estar em casa para relaxar, mas vem a lembrança de que precisamos revisar a matéria para a prova que se aproxima. Ao chegar em casa, tomamos banho, ficamos na frente da televisão enquanto conferimos as mídias sociais, mas aquela ação necessária e imprescindível de estudar vai ficando cada vez mais para depois… a noite avança e "decidimos" que é hora de dormir, e que amanhã será um bom dia para estudar. Neste exemplo, fomos vítimas do hábito da procrastinação, mas, para nossa mente, escolhemos cada atitude que tomamos; ou seja, achamos que decidimos, mas geralmente estamos seguindo os hábitos já consolidados.

Controle? Não passa de uma Ilusão.



Os Hábitos não nos definem!!!!

Muitas vezes, aquilo que fazemos de forma rotineira é classificado como "aquilo que somos", ou seja, achamos que faz parte de nossa identidade. Talvez você pergunte: “qual o problema disso?”

O problema, meus amigos, é acreditar que nossa identidade ou mesmo nossa própria existência está ligada à rotina, e um dia isso pode acabar, daí....como ficaremos?

Vamos ver um exemplo de uma mãe que se dedicou a cuidar dos filhos a vida toda, sempre direcionou sua energia para eles, tanto que até se esqueceu de seus desejos e anseios. Quando esses filhos crescem e agora ela tem que olhar apenas para si, o que surge na sua frente? Em muitos casos, o NADA. Daí a tendência a se achar "incompleta" e "inútil" ou de "não ter um significado na vida" se torna cada vez maior, e a possibilidade de depressão é grande. Isso vale para empregos, namoros, casamentos, fases da vida, para aqueles que acham que sempre tem que "dar sua opinião em tudo"… acabamos nos "viciando"em algum hábito da vida e nos identificamos com ele a tal ponto que parece que não somos mais os mesmos (e nem mesmo dignos da felicidade) sem ele.


A verdade é que não somos nossos hábitos; pelo contrário, eles são ferramentas para que possamos descobrir a nós mesmos.



Os hábitos como ferramentas de transformação.


Podemos gerar hábitos positivos e, dessa forma, ter uma excelente ferramenta para alcançar nossas metas e objetivos. Para isso, devemos entender bem o nosso propósito de vida, o que buscamos, o que nos realiza...
Vamos a um exemplo para a criação de hábitos:

Estudos apontam que necessitamos da prática de 21 a 30 dias para gerar um hábito. Mas, para “ter vontade" todo esse tempo, é essencial descobrir nossa MOTIVAÇÃO, ou melhor, o PROPÓSITO AO QUAL QUEREMOS CHEGAR. 

Construir a nós mesmos: Eis a missão!!!
Sabemos que o hábito necessita da RECOMPENSA; no caso do exercício físico, temos o bem-estar, a sensação de prazer causada pela liberação de endorfina, enfim...podemos ter várias recompensas biológicas e emocionais, mas muitas vezes não são o que realmente buscamos, por isso desanimamos e não prosseguimos.

Segundo Aristóteles, o que realmente buscamos em nossas atividades da vida é a FELICIDADE, e esse seria o maior BEM ao qual o ser humano deveria se dedicar. 

Então, se busco a felicidade na superação de mim mesmo, a atividade física será um grande desafio e então ganharei uma recompensa, mas breve, não um corpo digno dos programas de televisão que assistimos; contudo, ao saber que me supero a cada dia, essa seria a grande motivação e assim estarei usando os meus hábitos - criando alguns quando necessário ou aposentando outros -, pois agora tenho discernimento para utilizá-los e meu objetivo é maior do que o hábito. Não sou feliz porque faço exercícios, sou feliz através deles.

Com a meta clara em mente, usarei os hábitos como forma de construção de mim mesmo. 

Assim, poderemos ser felizes ao criar nossos filhos e ao vê-los partir, ao iniciar um relacionamento e também ao terminá-lo; poderemos ser plenos
durante a rotina do dia-a-dia e não num futuro que nunca chega; poderemos ser livres e não escravos dos nossos hábitos.

Feliz ano NOVO a todos, mas só será novo SE REALMENTE FORMOS NOVOS!!



Autor: Edmilton C. Furtado

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

17 Sinais de que Você Nunca vai ter Dinheiro na sua Vida


SEM DINHEIRO SEMPRE????
Sabe aquela sensação maravilhosa de estar com as contas em dia, saber que sua grana está bem investida e ainda ter o suficiente na mão para uma bela viagem de férias (ou para aquele projeto que não sai da sua cabeça)?
Existem várias maneiras de garantir que isso nunca aconteça. Eis algumas das principais estratégias para passar a vida inteira contando migalhas.

1. Sua única fonte de renda é seu salário ou o que você ganha como profissional autônomo.

Esse é um dos principais. Você trabalha, recebe uma grana e usa essa grana para viver. Todo mês. O problema é que virou normal viver assim, no automático, mês a mês. Aí você se convence de que, se todo mundo faz isso, então tá tudo certo.

2. Você acha que empreender ou investir dinheiro são algo arriscado.

Dizem que empreender é arriscado, mas não há risco maior que depositar o controle da vida financeira da sua família nas mãos do seu chefe ou diretor, das políticas trabalhistas imprevisíveis da empresa ou de uma carteira flutuante de clientes. O mais arriscado é seguir dependendo de emprego em um mundo que está mudando completamente. No fundo, o que é arriscado não é empreender ou investir, mas fazer um ou outro sem conhecimento e planejamento suficientes.

3. Você caiu no conto da felicidade pelo consumo.

Criou o hábito de trocar dinheiro por bem-estar? Ora, de que adianta ter grana se não for para comer em restaurantes bacanas, torrar em baladas iradas (agregando valor ao camarote), trocar de carro, comprar uma casa maior, viajar para o exterior ou adquirir o último modelo de iPhone, não é? Precisar ostentar símbolos de riqueza material ou comprar coisas para aplacar a angústia existencial, a insegurança ou a ansiedade são caminhos seguros... para a ruína financeira.

4. Você está atolado(a) em dívidas.

Bom, esse eu nem preciso comentar. Juros de cheque especial e de cartão de crédito são a porta do inferno. É por isso que os principais bancos quebram recordes de lucratividade ano a ano. E você não.
Sem Dinheiro

5. Você gasta tudo o que ganha.

Aí um dia você recebe uma promoção. Ou conquista mais alguns clientes. Naturalmente, seu padrão de vida também sobe. Não vai mais almoçar no Burger King; agora é Outback. Nada de Praia Grande: agora é Maresias! Ou Leblon. Ou Ibiza. Afinal, a vida é curta. (E o dinheiro, pelo jeito, também será).

6. Você confunde ricos de verdade com novos ricos.

Novos ricos são ex-classe média com dinheiro. Deslumbrados, têm o hábito de postar regularmente nas redes sociais fotos de pratos de comida, do carro novo ou de destinos de turismo de gosto duvidoso. Ricos de verdade são discretos, preferem a sobriedade à ostentação. Conhecem o jogo do dinheiro, suas armadilhas e ilusões. (Sim, em ambos os casos, há exceções).

7. Você se enche de bens que obrigam você a trabalhar cada vez mais - para sustentá-los.

No Oriente, dizem que não é você que possui seus bens; são eles que possuem você. Daí os movimentos de minimalistas e as diferentes tendências de simplificar e desacelerar a vida. Se você tem menos bens, sobra mais espaço e energia para você dedicar ao que realmente importa.

8. Você não tem familiaridade com a dinâmica dos juros compostos e dos ativos financeiros.

Não, isso não é coisa de economista. É algo que todos nós deveríamos aprender na escola - algo muito mais prático e importante que a Fórmula de Bhaskara. Ao contrário de seus bens passivos (que tiram dinheiro do seu bolso, mês a mês), juros compostos e ativos financeiros fazem seu dinheiro trabalhar por você - mesmo quando você estiver dormindo. Seu dinheiro precisa estar a serviço do tipo de vida que você quer viver, e não o contrário: uma vida toda engessada por tudo o que você faz para ganhar dinheiro.

9. Você troca tempo por dinheiro.

Tempo é seu ativo mais escasso. Tem um limite de quanto você consegue trabalhar. Trabalhar demais deixa você exausto, doente, ou pode até te matar. Fora que a vida fica uma merda. Então chega um ponto em que, se você é assalariado ou autônomo, não tem mais como ampliar a renda se continuar simplesmente trocando tempo por dinheiro. Precisa encontrar um outro jeito para ter mais tempo e, mesmo assim, ampliar sua renda.

10. Você não dedica seu tempo, seus recursos e seus talentos para administrar seu patrimônio e gerar múltiplas fontes de renda.

Não tem milagre. Para fugir de viver na penúria, você precisa entender como funciona o jogo do dinheiro e aperfeiçoar sua forma de jogar. Entre uma viagem de cruzeiro (passivo) e investir em um pequeno imóvel para você alugar e completar seu orçamento mensal (ativo), por exemplo, o que lhe parece mais atraente?

11. Você acha a gerente do banco simpática.

Não, não, não. Ela é representante de uma instituição que vai te sugar até a medula se você deixar. Os produtos financeiros dos bancos de varejo não são investimentos de verdade. São para crentes e ignorantes. Poupança, CDBs, Letras, Títulos, Fundos, Seguros, Planos de Previdência Privada e Capitalização que você contrata nas agências de bancos como Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil, por exemplo, escondem 'pegadinhas' e taxas escandalosas, que tornam esses "investimentos" um excelente negócio. Para o banco, é claro.

12. Você não investe em si mesmo(a).

Livros, cursos, retiros, processos de coaching, mentoria, consultoria e terapia são caros e tomam muito tempo. É verdade. O problema é que a alternativa - a ignorância - é muito pior. A ignorância te faz dependente do salário, do patrão, do gerente do banco, do cliente, do professor, do político, do mercado, da crise, da TV Globo, do governo. De todos os investimentos, o de maior retorno é investir em ampliar, cada vez mais, sua competência para a ação consciente e consistente.

13. Você vive uma vida de manada.

Tem medo de fazer diferente de todo mundo. Aceita dicas de investimento de vizinhos e familiares que nunca tiveram um puto na vida. Fica babando na propaganda da televisão. Vai e volta do trampo no mesmo horário que todo mundo, aí fica preso(a) no trânsito. Viaja só nos finais de semana, férias e feriados, quando é tudo muito mais caro, porque quem manda no seu calendário são seu emprego e a escola das crianças. Não faz planejamento e compra tudo de última hora.

14. Você bota a culpa no Petê.

Ou no Temer. Ou no Trump. É gostoso, porque aí você vira uma pobre vítima das circunstâncias e se exime de qualquer responsabilidade. Pode passar a vida reclamando com os amigos na mesa do bar, ao invés de encarar o cagaço e tolerar a frustração de pensar, estudar, planejar e executar a partir do que está efetivamente a seu alcance.

15. Você acredita que quem é rico deu sorte na vida, é fútil, materialista ou desonesto.

Você está programando seu mundo interno, sua energia e linguagem não-verbal para repelir dinheiro. Afinal, se você realmente acredita que ricos são pessoas más ou superficiais, cercadas de bajuladores, não é isso que você quer para você, não é? Desprezar ou invejar os ricos são formas de se manter prisioneiro(a) de uma paisagem de escassez.

16. Você acredita que dinheiro é sujo.

Talvez você tenha levado um grito, quando era criança, porque pegou em dinheiro e depois colocou a mão na boca. De fato, cédulas e moedas carregam micro-organismos que podem te contaminar. Mas moedas e notas não são dinheiro; são apenas duas de suas possíveis formas materiais. Já pensou nisso? Hoje em dia, na verdade, pouquíssimas transações são feitas com 'dinheiro vivo'. O dinheiro, em si, vai muito além das notas e moedas e mesmo dos bitcoins ou algarismos nos computadores de sistemas bancários. Dinheiro é uma energia de troca e materialização, que organiza relações. Então, ainda que a falta ou o excesso de dinheiro possa corromper, o dinheiro, em si, não é nem sujo nem limpo. A sujeira, neste caso, está nos olhos de quem vê.

17. Você ainda não se deu conta de que o mercado de trabalho vai mudar mais nos próximos 10 anos do que mudou nos últimos séculos.

Em um cenário de inteligência artificial, machine learning e automatização exponenciais, empregos deverão desaparecer. A realidade emergente convida cada um de nós a se reinventar. E, sobretudo, a desenvolver a capacidade de 'se virar' diante de circunstâncias sempre cambiantes. Algo que, definitivamente, não se aprende na escola. Então, uma boa forma de se condenar a viver sem grana é fechar os olhos e continuar fazendo as coisas como você sempre fez.
Texto: Retirado do Linkedin
Autor: 

André Camargo

Sou Mestre em Psicologia pela USP e autor dos livros "O Poodle de Schopenhauer" e "Trabalho: Propósito, Impacto e Realização" (a ser lançado em breve). Atuo como coach, escritor e empreendedor digital.

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