sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Não tem Festa de Ano Novo na Estação????


Festa de Ano Novo - Estação Docas
     
 Caros o governo Ana Júlia cometeu vários absurdos e para fechar com Chave de ouro esse desastroso governo, não teremos a tradicional queima de fogos e nem festa de Réveillon  na estação das docas. Festa tradiconal a mais de 10 anos na cidade.
        Este ano, a Estação das Docas não realizará a já tradicional festa de Réveillon. A dificuldade na captação de recursos para a promoção do evento impossibilitou o mesmo, segundo a diretoria da festa. Desta forma, informamos os horários de funcionamento do complexo no feriado de  Ano Novo:



31/12 – das 12 às 16 horas


01/01 – das 10 às 3 horas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Filosofia Ontem e Hoje

        A filosofia tem sido representada muitas vezes pela imagem de uma mulher mais ou menos séria, altiva e bonita que gera ao seu redor sentimentos desencontrados: de atração e dificuldade, de anseio e admiração, desejo e recusa.

      Talvez a culpa não seja de seu porte digno, nem de sua roupa, mas sim do texto que, às vezes, leva na mão, ao que muitos tacham de incompreensível ou inútil, por não responder às suas necessidades imediatas ou ao programa de vida diário. Tudo isso responde à realidade da Filosofia Antiga, ou é uma deformação gerada pela longa viagem que sua imagem realizou no tempo?

       Perguntemo-nos: gostaríamos de ser feliz, não ter carências, ser fortes na adversidade, ser livres e bons? Gostaríamos de ter uma vida plena e perfeita, viver divinamente?

       Pois tudo isso e muito mais são dons da sabedoria e a Filosofia é o amor à Sabedoria.

      Acabamos de descobrir a pólvora mais uma vez, sabemos o que procuramos, mas a questão é: sabemos como encontrar? Porque desejar não é difícil, o difícil é encontrar, e será tão mais difícil se não colocarmos os meios, se não formos responsáveis com nossos desejos mais íntimos. O absurdo ou paradoxo humano mais freqüente é procurar algo e caminhar na direção contrária, assim é como nos perdermos, nos sentimos longe da meta, desorientados e sós.

      E ainda nos perguntamos: essa sabedora ou vida perfeita e plena, está fora de nós? É algo que podemos conseguir? Não, não é possível! O fim mais nobre da vida não pode depender das circunstâncias, tem que depender de nós mesmos. Ao não poder controlar as circunstâncias nem os outros estaríamos nas mãos de nossa namorada, marido, pais, amigos, instituições, forças da natureza... O mundo teria que ser a nossa medida, e não, não é!

     Ortega dizia (e muitos o escutaram): "Eu sou eu e minhas circunstâncias."
     Façamos um simples esquema:

Circunstâncias ------- Eu

Dependência --------- Autonomia

Escravidão ----------- Liberdade

Sofrimento ---------- Felicidade

Mal ------------------- Bem

Ignorância ----------- Sabedoria
Caminho Filosófico

         A Filosofia é o caminho que leva das circunstâncias ao Eu mesmo, da Ignorância à Sabedoria. Não é um instrumento, pois nasce no coração humano, não é exterior ao filósofo, é Amor (ou um desejo muito forte) que nasce no filósofo, não vem de fora, nem de Platão, nem de Sócrates, ou de Aristóteles, eles são somente um exemplo, algo que pode estimular-nos. A filosofia de cada um é seu Amor à perfeição da vida que é a Sabedoria. A Sabedoria está no Universo, mas nasce e se expressa no Sábio como um modelo, que pode ser seguido, mas não transferido.



         A ignorância, entretanto, nasce de mim, da minha falta de Eu, de minha falta de ser. Logo, Como me aproximo da Sabedoria? Transformando-me pelo caminho do Amor à Sabedoria, pelo caminho da Filosofia. O instrumento sou eu, e me transformo servindo ao Amor, servindo à Filosofia. Aproximarmo-nos da Filosofia é aproximarmo-nos de nosso coração, de nossos desejos mais profundos, para a verdadeira meta da Vida. Nosso problema é, sobretudo, de atitude, de disposição equivocada e, também da falsa imagem do que é Filosofia.

Por Delia Steinberg Guzmán

Co-diretora Internacional da Escola de Filosofia Nova Acrópole




domingo, 17 de outubro de 2010

Cirio 2010



Novamente em outubro a cidade se enfeita e o clima muda em Belém. Novamente as ruas ficaram lotadas e cheias de devoção e respeito a padroeira dos Paraenses. Novamente milhares de pessoas vão as ruas e cumprem suas promesas e renovam suas crenças e convicções.




Esse renovar de convições também acontece durante e depois da procissão por aqueles que não estão ali para simplesmente acompanhar a santa. Esses são os voluntarios que auxiliam a cruz vermelha. Este ano esse número ultrapassou o marca das 10 mil pessoas.

Oque move esses voluntarios? Acredito que seja uma forma diferente de devoção. Uma devoção a um pulsar da alma que se realizar ao ajuda o próximo. Afinal teria algum sentido para a nossa mentalidade comum de auxiliar alguém quando poderia estar ali para simplesmente agradeçer a uma benção divina? Infelizmente vivemos em um mundo onde o trabalho voluntario é pouco entendido e principalmente vivido.
Durante o Cirio a quantidade de pessoas assistidas pela cruz vermelha é enorme. Não é um trabalho facil e em alguns momentos é bastante conturbado. Mas toda a dificuldade e cansaço fisico é esquecido quando se faz necessário entrar em ação e salvar alguém e retira-lá do meio da multidão.
A resposta da maioria dos voluntarios, depois da batalha da procissão, foi de se sentir, apesar de esgotado, renovado.
Essa renovação, esse poder de conquistar novas energias da onde não sabiamos que tinhamos advém única e exclusivamente da capacidade humana de se lançar ao socorro do próximo. Talvez esse seja o nosso verdadeiro poder que é trazido junto com a satisfação do dever cumprido. E que possamos aprender mais está lição do mês de outubro, que podemos ser mais do que meros espectadores não apenas em uma procissão mas por que não da nossa vida e que sair da etapa de mero espectador é que vai fazer com quem possamos ser muito mais do que enxergamos hoje.


domingo, 30 de maio de 2010

O que nos Ensina Platão sobre o Amor?

O amor é um dos aspectos mais importantes de nossa vida e está presente em nossas conversas. Existem inúmeros filmes e canções sobre amores felizes e infelizes. Inúmeras vezes, as lágrimas ou a emoção nos embargam por razões de amor. Entretanto, o homem e a mulher de nossa época não concebem o amor como uma disciplina pendente, como algo para aprender, é somente um sentimento espontâneo: a paixão ou o desejo sexual. E, nas consultas a psicólogos, as perguntas mais comuns sobre o amor se referem a: como podemos ser amados? Nunca a: como podemos aprender a amar? Mas, a que chamamos amor? O amor é desejo sexual? É algo mais? É o mesmo que amar aos pais, aos filhos, aos amigos, a nosso companheiro, companheira? E o amor ao nosso cão, gato ou periquito? E o amor a nós mesmos é somente egoísmo? O tema é muito mais vasto do que nos sugere a primeira impressão. Platão dizia que o céu se move por amor. Dante, por acaso, argumentava como Platão quando dizia que era o amor que movia o sol e as estrelas? É o mesmo amor de uma pessoa que amar o trabalho, a Pátria? E o amor à justiça, à ciência, à arte? E o amor a Deus e o amor de Deus?Eros, o amor, é o tema do diálogo "O Simpósio", ou mais conhecido como "O Banquete", obra deste enorme filósofo que foi Platão. Platão nos situa num típico banquete grego, com suas duas partes: primeiro a comida em comum e logo a bebida em comum que era a desculpa para que o anfitrião oferecesse um entretenimento de caráter estético como o canto, a dança, a música, ou um diálogo de idéias, com seus discursos, reflexões. Neste caso, tratava-se de um banquete em que os convidados de Agaton, poeta que havia triunfado no último debate literário, proferiram um elogio do amor.Assim que acalmado o coro de admirações que havia suscitado o florido elogio a Agaton, Sócrates se desculpa humildemente de não pronunciar um discurso por não ser capaz de competir com os demais. Diz: "Eu acreditava tontamente que é necessário dizer a verdade a respeito do que se elogia, mas pelo visto não é assim e o que importa é acumular elogios exagerados, atribuindo ao amor o maior e mais belo que se possa encontrar, sem preocupar-se se é verdade."Com seu diálogo, Sócrates faz reconhecer a Agaton que suas palavras eram bastante ocas, pois escondiam contradições dentro de sua beleza e persuasão. Dizia Agaton que o amor era belo, bom e que ansiava, desejava, tendia ao belo, mas todo desejo representa anseio de algo, que é algo que não se tem, e que se apetece ter, ou o temos e talvez não sabemos se amanhã estará conosco e desejamos tê-lo sempre.Portanto, se Eros aspira ao belo não pode ser o mesmo belo, mas necessitado de beleza. E, portanto, não é um deus, pois não é possível um deus sem beleza. Esta refutação pode parecer ríspida, mas Sócrates a faz com humildade, e confessa que a ele ocorreu o mesmo, que ele acreditava que o amor era belo e bom, e foi Diótima, uma sacerdotisa que respondeu às suas inquietudes.Se o amor não é belo nem bom, será feio e mau? Certamente que não. O não ser belo nem bom não implica necessariamente ser feio e mau, como o não ser sábio não implica necessariamente ser ignorante. Entre beleza e feiúra, bondade e maldade - como entre sabedoria e ignorância há meio termo, e este é o caso do amor. Por ele, não tem que considerar, como faz a opinião comum, como um grande deus, já que não se pode negar aos deuses a beleza e a bondade. Não é um deus, nem um mortal, é um grande daimon, um intermediário entre deuses e mortais. A idéia é simples, o amor é o caminho, o elo de união com aquilo que chamamos perfeito, divino, formoso, serve de união e comunicação enchendo o vazio que existe entre o visível e o invisível. Por amor somos capazes de fazer e viver aquilo que o corpo biológico não pode conceber, é o heróico, por exemplo: por amor alguém deixa sua tranqüilidade e comodidade e entrega sua vida a serviço dos demais, seja curando enfermos, ensinando crianças. A atitude de serviço pode começar por varrer o chão, saber escutar ou resolver um problema ecológico, social, ou pôr um pouco de beleza física, de cortesia, são inspirações da consciência, do coração que não vem do materialismo egoísta, mas do amor.Em seguida, Diótima passa a descrever um mito sobre o amor. Quando nasceu Afrodite, os deuses celebraram com um banquete, e entre outros estava também o deus Poros, o filho de Inventiva, que significa o que tem recursos, abundância. Veio a mendigar na sala do festim Penia, a pobreza, a indigência. Poros, embriagado de néctar, o licor dos imortais, saiu do jardim a espalhar, com o sonho, os eflúvios. Estendido estava quando avistou Penia, a qual pensou que o melhor era aproveitar a oportunidade que lhe era oferecida e procurar um filho de Poros: Eros. Concebido neste dia do nascimento de Afrodite, o amor está sempre no cortejo da deusa. E por ser Afrodite extremamente bela, corresponde ao amor o ser amante do belo. De sua mãe tem, em primeiro lugar, o andar sempre em apuros, e por sua aparência não é, contra o que pensa a maioria, nada delicado e belo, pelo contrário, anda sempre esfomeado, descalço, eternamente dormindo no chão, sem outra cama que o chão, os caminhos ou os umbrais das portas. Não o encontraremos nem nos palácios, nem nos bancos, nem nas caixas fortes, não precisa de dinheiro, é humilde. De seu pai, em troca, tem o andar sempre à espreita do belo e do bom que não possui, e ser valente, perseverante e arrojado, apaixonado pela inteligência, fecundo em recursos, incomparável feiticeiro. Quem não reconhece nestas qualidades a força que o amor desperta em nós?Além do mais o amor anseia possuir um bem com a intenção de que dure para sempre. O amor se converte em apetite de imortalidade, e como consegue? A resposta tem grandes pretensões moralizantes ou metafísicas, mas arranca por inteiro o processo natural do amor físico. A natureza alcança a perpetuação com a procriação, com os filhos. A procriação é o único caminho da natureza para perpetuar-se. As rosas não são eternas, mas a cada primavera temos seu perfume limpo, jovem. Platão aplica esta mesma lei para a natureza espiritual: o anseio de geração não se limita ao corpo, mas tem sua analogia na alma. E, além do mais, a fecundidade da alma é muito superior à do corpo, e se manifesta, sobretudo, em obras de pensamento, arte, poesia e inventos de toda espécie. As pessoas dotadas dessa fecundidade - da alma -, se enamoram do belo - é o amor de um artista por sua criação ou de um mestre por seu discípulo - e por amor alguém se esforça em conduzir a pessoa, a pedra ou a idéia até a máxima perfeição, desenvolvendo todas as possibilidades latentes. É a idéia do amor como uma "paidéia" ou atividade formativa.A partir deste momento, a conversação alça vôo e começam a soar palavras de alta tensão: "mistério", "iniciação"... Há uma via a seguir para chegar à contemplação do belo em si. Mas se requer uma iniciação, uma subida através de etapas dialéticas: primeiro nasce o amor à beleza corporal, é uma educação estética, se ama um corpo, e mais além se vê que o belo não está circunscrito a um só corpo, é ver que a beleza de um corpo é irmã gêmea da do outro, e não só os seres humanos, mulheres e homens são belos, há beleza em tudo, na natureza: animais, montanhas e nuvens. Chega, em segundo, lugar o amor e a beleza das almas, a beleza moral, à conduta e é uma beleza muito mais preciosa. Assim, alguém prefere uma alma bela a um corpo belo, um bom caráter a uns olhos verdes, um coração sábio a umas longas pernas. Existe uma beleza interior e tem mais alta estima que a física. A partir de agora já é capaz de reconhecer o belo em todas as atividades e leis e se desenvolve o amor ao conhecimento, amar as projeções do espírito, da ciência, das artes e chegar ao supremo: o amor ao belo, que se oferece, de repente, quando se recorreu ao caminho anterior. De repente, se verá, como um relâmpago, uma beleza de natureza maravilhosa.A iniciação tem sido lenta e gradual, e a revelação, ao contrário é instantânea. Platão somente diz: "Beleza que existe eternamente, e nem nasce nem morre, nem mingua nem cresce; beleza que não é bela por um aspecto e feia por outro; nem agora bela e depois não; nem tampouco bela aqui e feia em outro lugar, nem bela para alguns e feia para outros. Nem poderá tampouco representar-se esta beleza como se representa, por exemplo, um rosto ou umas mãos, ou outra coisa alguma pertencente ao corpo, nem como um discurso ou como uma ciência, mas que existe eternamente por si mesma e consigo mesma. A sacerdotisa disse que este é o momento da vida, que mais que qualquer outro o homem deve viver: a contemplação da beleza em si." E o que já não é possível, pois pertence à ordem do êxtase místico, é descrevê-lo, é êxtase, pois transcende, é sair fora de nossa pequenez e entregar-se ao mar imenso do belo.A filosofia é o caminho de retorno até a reconquista de nossa natureza: uma vida harmônica e o amor à sabedoria conduzem ao triunfo do melhor que há em nós. A filosofia é uma loucura divina, é amor à sabedoria. O filósofo está possuído por um deus, em estado de perpétuo entusiasmo, buscando o belo que é o bom e é o justo, e por isso o filósofo deprecia tudo aquilo que os demais se dedicam com tanto zelo, seja dinheiro, fama ou poder. E pela mesma razão acham que são loucos, porque para a maioria passa despercebida a possessão divina, este amor por todos, por tudo, pela vida. O conhecimento não é, em Platão, frio jogo racionalista de conceitos. A metafísica de Platão é uma metafísica de Eros.Eros, como a alma e como o filósofo, pertence a esta linhagem de seres intermediários entre o mundo das idéias e o das coisas materiais, e cuja missão consiste em por em comunicação ambos os mundos. Por amor platônico se entende até hoje o amor espiritual, o amor que nos transcende, amor impossível dizem, mas não, é o amor que faz possível os impossíveis, que nos faz sentir irmãos, acima das diferenças.Por quê? Essa é a pergunta do filósofo. Por que Platão insiste em que temos que aprender a amar? É preciso aprender a AMAR, porque no nosso mundo falta muito Amor, e é preciso voltar a estender a mão e oferecer algo para comer, para sobreviver, e além de um sonho, um Ideal. É preciso um Amor que nos faça vencer o medo de dar, dar generosamente o melhor que temos, dar com carinho, dar um sorriso, dar dinheiro que quase é o mais simples, atenção, tempo, fé, confiança, o que seja..., mas DAR. Necessitamos do amor que nos limpe do barro do materialismo, esse que não fala de receber, de ser amados, há que se descontaminar, e ao dar e esvaziarmo-nos, entrará de novo não só o canto dos pássaros e dos rios, mas as vozes dos que sofrem, e amá-los, e com eles amar a história, não a dos conflitos mas a das uniões, já basta de guerras! É preciso o amor que deixa os demais viver em liberdade. Há guerras, porque nós temos esquecido de AMAR com maiúsculas. AMAR as esperanças, as nossas e as dos demais, os versos que nunca escrevemos, mas escreveremos, os beijos que não demos mas daremos, as orações que não pudemos pronunciar, mas que voltaremos a por os joelhos em terra e os olhos nas estrelas e nascerá o sentido sagrado da vida, o AMOR que nos faz sentir e encontrar de novo a Deus

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