quarta-feira, 13 de julho de 2011

Netuno é o fim do ciclo.

Hoje o planeta Netuno completa sua primeira órbita desde que foi descoberto em 23 de setembro de 1846. A história da descoberta de Netuno é uma das mais interessantes, no aspecto das ciências.


Em 1771, o astrônomo britânico William Herschel e sua irmã Caroline descobriram o planeta Urano. Depois de várias observações, a órbita de Urano foi estabelecida, de modo que suas efemérides (a posição dele no céu em qualquer tempo) foram estabelecidas com base na teoria da gravitação de Newton. Acontece que Urano teimava em não seguir essas efemérides, ora se adiantando, ora se atrasando da posição prevista.
 
Em 1821, o astrônomo francês Alexis Bouvard, estudando o comportamento anômalo de Urano, propôs que havia um outro corpo celeste, com um tamanho compatível com Urano, que o estava atrasando e adiantando em sua órbita. Vinte anos depois, com base nessa hipótese, o francês Urbain Le Verrier e o inglês John Couch Adams, ambos matemáticos e astrônomos calcularam de forma independente a posição de Urano considerando também a perturbação gravitacional de um outro corpo.


Adams conseguiu que o diretor do Observatório de Cambridge começasse a busca por Netuno em agosto de 1846, mas nada foi encontrado até setembro. Neste meio tempo Le Verrier enviou uma carta ao Observatório de Berlin com as posições calculadas. Coube a um estudante sugerir ao astrônomo alemão Johann Gottfried Galle que comparasse os desenhos da região apontada por Le Verriet, observada algum tempo atrás, com as novas observações.

Na noite do mesmo dia que a carta chegou ao observatório, Galle descobriu Netuno a apenas um grau da posição prevista por Le Verrier e 12 graus da posição prevista por Adams em 23 de setembro de 1846.

Decidiu-se que ambos mereciam o crédito pela descoberta, mas uma onda revisionista recente propôs que Adams não merecia o mesmo crédito de Le Verrier. Apesar de ter sido descoberto por Galle, o primeiro a ver Netuno foi Galileu Galilei em dezembro de 1612 enquanto observava Júpiter. Em janeiro de 1613 ele teria anotado que essa “estrela” teria se mexido em relação às observações anteriores, mas não desconfiou que poderia ser um planeta e não continuou a observá-lo.

Rotações Netuno
Para comemorar a primeira órbita completa desde sua descoberta, o telescópio espacial Hubble obteve novas imagens de Netuno. A combinação dessas quatro imagens mostra uma rotação completa do gigante gasoso, em 16 horas. Comparando essas imagens com outras anteriores, é possível notar um aumento no número de nuvens feitas de cristais de metano. Como o eixo de Netuno está inclinado de 29 graus, ele passa por mudanças de estações, como a Terra. Em Netuno cada estação dura quase 40 anos, atualmente é verão no hemisfério sul e as nuvens estão migrando para o Norte.
 
Autor: Cássio Barbosa é doutor e pós-doutor em astronomia e leciona na Universidade do Vale do Paraíba. Sempre comprometido com ensino e divulgação, neste espaço traz as últimas novidades dos céus de maneira descomplicada e descontraída.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
 
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Jovens Apáticos

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Autora: ELIANE BRUM


Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

E-mail: elianebrum@uol.com.br


Twitter: @brumelianebrum
ELIANE BRUM

domingo, 10 de julho de 2011

Reencontro - Por Lúcia Helena Galvão

Eis-nos aqui novamente...
Frente ao palco rotativo
do velho teatro do mundo,
ressurgem antigos atores,
renovados, fortes, vivos.

Atendendo ao chamado da Vida,
estamos no palco de novo.
Vemos, em nossos abraços,
novos corpos que enlaçam
almas velhas conhecidas.


Olhares tão familiares
estampam-se novamente
em faces rejuvenescidas...
Eis-nos de novo em cena!


Voltando a narrar grandes feitos,
voltando a entoar nossos cantos,
sentimos vibrar, em cada peito,
o clarim de nosso Clã...

Nosso laço ancestral,
laço de “sangue espiritual”
que já correu tantas veias,
que já ferveu ante a Glória,
renovado sobre a Terra,
acorre ao chamado da História
e aguarda, ante o Portal,
de prontidão e presente.


Antes que soe a hora
de voltar aos bastidores,
com as nossas almas limpas
e nossas missões cumpridas,
e não reste, na memória
desses marcantes momentos
mais que um vago sentimento,

Queria dizer-vos agora
que honra é estar entre vós !
Compartilhar, lado a lado,
a cada novo início,
nossos cantos e sorrisos,
nosso esforço e sacrifício...

Flutuar sobre os abismos
atraídos para cima
por misterioso magnetismo...
Uma grandiosa saga
que não se vive a sós.

Quão nobre é compor vossa estirpe,
Aprendizes de heróis!

domingo, 3 de julho de 2011

Dia dos Namorados

Amor é um Colar de Contas Coloridas.

           Estando a poucos dias de celebrarmos o Dia dos Namorados, fica quase inevitável refletirmos sobre o Amor. É claro que nesta data acabamos falando do seu caráter mais físico, presente na ligação entre duas pessoas; mas há que perceber que o Amor se manifesta muito além do físico, se expressa principalmente através da ligação entre corpo e alma, da união entre céu e terra.


O Amor Verdadeiro

            Se perguntássemos a pessoas diversas, em contextos variados, veríamos a manifestação do Amor por meio de vários atributos, como contas de um longo colar. Amor é cuidado, generosidade, beleza, pureza, doação, ternura, amizade, união... Quando vemos o cuidado de um pai com seu filho, vemos o Amor; quando vemos um ato puro, vemos o Amor; quando vemos um olhar doce, vemos o Amor. E cada um destes atributos é o próprio Amor que se manifesta, e é por meio do contato com cada um deles, desta soma, que o Amor pode ser percebido como “um”.
Dia dos Namorados

           Diz Aristóteles que “a função do Amor é levar o Homem à perfeição”. Com isso ele quer dizer que o Amor tem como única intenção levar-nos ao melhor de nós mesmos, conduzir-nos ao verdadeiro “Ser Humano”. Assim, se queremos que o Amor se manifeste em nossas vidas e na Humanidade, precisamos buscar alcançar este melhor em nós, e ser verdadeiramente generosos ao desejar que todos os demais também encontrem em si. E, quem sabe, no dia em que todos nós caminharmos na mesma direção, possamos ser, também, contas coloridas de um longo colar, unidos pelo Amor.

Retirado do site: http://www.acropole.org.br/

A Marcha do Universo

         Um fenômeno interessante tem aparecido nos noticiários há algum tempo: marchas. Trata-se de uma mobilização de um grupo de pessoas, geralmente bastante numeroso, com a finalidade de reivindicar algum direito ou chamar a atenção para alguma questão de ordem social ou política. Esse grupo ocupa as ruas e avenidas, total ou parcialmente, e caminha em direção a um destino dentro da cidade (ou cidades, já que alguns desses movimentos ocorrem simultaneamente em diversas cidades), daí o nome marcha.



O Universo
          Naturalmente, qualquer movimento gera reações e é normal algumas vozes se levantarem contra e a favor do objeto de uma marcha. O que ocorre, infelizmente, na maioria desses casos, é que não há um diálogo aberto e em busca de uma ideia unificadora e justa, mas ataques sucessivos de ambos os lados, chegando ao extremo de ofensas pessoais nos meios impressos e eletrônicos. Ou seja, uma mobilização em nome da tolerância torna-se o palco das maiores demonstrações de intolerância e agressividade.

         Quando caminharemos em direção a uma verdadeira fraternidade universal? Quando colocaremos em marcha os motores de nossas virtudes e pisaremos sobre o nosso egoísmo, nossos vícios e nossos defeitos? Assim como o sol e as estrelas marcham todos os dias pelos céus de todas as cidades, coloquemo-nos em marcha, unidos, rumo ao bem, à justiça e à verdade.

Retirado do site: http://www.acropole.org.br/

Sobre o fim das Etapas.

Há Momentos na vida que temos que saber e visualizar o fim das etapas de nossas vidas e começo de outras. Percebendo essas excelentes fases não vamos perder as grandes oportunidades que a vida nos dá.

TEXTO DE PAULO COELHO


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo

Nova Ciclos Nova Visão sobre nós mesmos


se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã...

Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego
que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".


Novos Ciclos
Antes de começar um capítulo novo preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,sem aquela pessoa...

Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio,pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho,por incapacidade, ou por soberba.

Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cotação humana está em alta

Há um conceito em economia chamado “custo de oportunidade”. Ele é definido como o valor associado à melhor alternativa não escolhida. Exemplo: se um produtor tem a oportunidade de fabricar dois bens, A e B, e opta por A, ele está afirmando através dessa escolha que é mais vantajoso produzir A. Então, ele “paga” o custo de oportunidade de deixar de produzir B. Ou seja, o custo de oportunidade seria o preço a se pagar por ter escolhido outro caminho.




Mas o que isso tem a ver com Filosofia? Tem tudo a ver! Quantas vezes não nos vimos, no decorrer de nossas vidas, em frente a uma bifurcação, com caminhos que nos levarão a destinos diferentes? É nesses momentos em que vale a pena ponderar os valores de cada rota a ser traçada, o destino ao qual se chegará... Pois, no momento em que tomarmos nossa decisão, estamos afirmando: “este caminho que escolhi é mais fecundo, mais proveitoso, melhor do que o outro que deixei para trás”.


Felicidade

E isso vale também para as pequenas escolhas que fazemos no dia-a-dia: cumprimentar uma pessoa ou não? Descarregar nossos problemas no próximo, ou não deixar que eles nos afetem e oferecer um sorriso aos que nos rodeiam? Perdoar ou cultivar um sentimento de remorso? São essas pequenas escolhas que nos mostram o que valorizamos mais, e quais são os nossos “custos de oportunidade”. E não podemos perder qualquer oportunidade de construir um mundo novo e melhor.

Fonte: Retirado do Site http://www.acropole.org.br/

X-MEN: PRIMEIRA CLASSE

X-MEN: Primeira Classe

Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman

Elenco: James McAvoy (Professor Xavier), Jason Flemyng (Azazel), Michael Fassbender (Magneto), Nicholas Hoult (Hank McCoy (Fera)), Edi Gathegi (Darwin), Bill Milner, Kevin Bacon, Lucas Till (Alexander Summers (Destrutor)), Caleb Landry Jones (Sean Cassidy (Banshee)), Álex González (Maré Selvagem), Jennifer Lawrence (Mística), Morgan Lily (Jovem Mística).

Sinopse: Conta a história do épico início da saga dos X-Men e sua relação com importantes eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem ao mundo, e antes de Charles Xavier e Erik Lensherr assumirem os nomes de Professor X e Magneto, havia dois jovens descobrindo seus poderes. Nada de arqui-inimigos: naquela época, eles eram amigos íntimos e trabalhavam juntos com outros mutantes (algo familiar, algo novo) para impedir uma Terceira Guerra entre as superpotências mundiais. Porém, nem todos tinham o mesmo ponto de vista e suas diferentes escolhas darão origem a dois grupos distintos, a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.


X-MEN: Primeira Classe
Confesso que como fã de Hq não estava nem um pouco satisfeito com a passagem dos herois mutantes pelas telonas. A Triologia X-Men e a Origem de Wolverine foram decepcionantes. Não pelo aspecto de produção ou por estar fora da cronólogia dos quadrinhos mas por esquecer a essencia dos personagens seus dramas e sonhos.

É justamente no Primeira Classe que finalmente fazem jus aos herois. Continuamos fora da cronologia (nada é perfeito) mas podemos ver que a essencia dos personagens e em especial da dupla principal Xavier e Magneto se mantem e direciona o filme do inicio ao fim. Uma verdade deve ser colocada aqui a dupla de roterista é a mesma do filme THOR, logo sabemos que esses profissionais tem a preocupação de manter o espirito dos herois e vilões acesos durante o filme.

Além de ser um filme que envolve do inicio ao fim podemos percebem bem a questão sobre quem vive um ideal que unifica e quem vive buscando vingança. Essa vai ser a grande diferença entre Xavier e Magneto, mas vamos ao filme.

Quando as primeiras imagens chegaram  na internet e mostraram os uniformes amarelos ( igual ao dos HQ) muitos pensavam que uma bomba estava vindo. Mas a direção deu o tom certo que além do roteiro envolvente com boas sequências de ação temos doses boas e sem exageros de humor e suspense.

Uma cena que me chama bem a atenção é no inicio do filme quando Erik Lehnsherr manifesta seus poderes e é chamada a sala do Vilão Sebastian Shaw (Bacon), na tomada temos um angulo que mostra os dois personagens e com Shaw ameaçando Erik. E ao virar a cena temos a mesma tomada mas do angulo contrario mostrando a sala como um todo, dai temos a visão real do perigo que o futuro magneto estava correndo e da personalidade de Shaw. Excelente.

personalidade Sombria


O roteiro ainda se torna mais envolvente por colocar os mutantes se envolvendo na guerra fria entre EUA e USS. Como pano de fundo para o climax do filme temos a crise de misseis, além de situar no tempo (1960) a aventura da uma dose bem interessante realidade a ficção.

O filme se desenvolve bem mostrando a duas infancias/Adolescencia dos personagens principais. Enquanto Xavier tinha o amor da familia e uma vida de prazeres e dedicação aos estudos, temos magneto em um campo de concentração e depois caçando os nazista que mataram sua familia.



Esse contra ponto entre os dois personagens que é levado do inicio ao fim da projeção da a tônica deste Primeira Classe. Vivido po James McAvoy temos um Charles Xavier que já demostra carisma e espirito de agregar pessoas. É Responsavel por mostrar a sensibilidade do personagen com humanos e mutantes. Duas cenas chamam a atenção quando chora ao ter acesso a uma lembrança de um membro da equipe a ainda agradeçe e quando se preocupa com um soldado humano atacado pela ira de magneto. Esse futuro professor Xavier foi bem construido mostrando o seu lado de idealista ao querer a coexistência pacifica entre humanos e mutantes apesar de seus próprios estudos mostram que na historia sempre houveram conflitos entre uma raça menos evoluida com sua substituta. Nos quadrinhos Xavier sabe disso e esse é o motivo da criação da escola para Jovens Superdotados, além de ser um lar para essa minoria desprezada é a fonte de educação para mostrar para sociedade que os mutantes podem contribuir com ela. No filme temos um Xavier alegre e preocupada com a Paz.

POr outro lado temos o bom ator Michael Fassbender, tendo a dificil tarefa de levar de forma mais viril um dos maiores vilões dos quarinhos e que foi interpretado pelo excelente Ian Mckellen na triologia X-MEN. Devo dizer que se saiu bem. Na verdade magneto não chega a ser um dos vilões clássicos dos quadrinhos, no sentido de querer dominar o mundo etc..... Não, ele apenas quer sua raça seja protegida e como teve a sua experiência de minoria como judeu em um campo de concentração sabe oque Homo Sapiens pode fazer quando é movido pelo preconceito. Essa falta de confiança na humanidade, que contrapoem com a esperança de Xavier gera bons dialogos no filme. Ao contrario dos filmes anteriores onde na maioria os dialogos não acrescentam nada, temos aqui como um ponto forte entre os dois personagens e ajuda a definir suas posições.

Mesmo Objetivo - Visões Diferentes


São essas caracteristicas que deixam o Primeira Classe como o melhor da série mutante, o respeito a essencia de seus personagens. Além dos dramas de xavier e Magneto ainda temos dos Personagens Mistica, Fera e Claro do Vilão Sebastian Shaw.


Kevin Bacon é Sebastian Shaw
Kevin Bacon dar uma energia bem interessante ao personagem desde o primeiro momento convence como um vilão excentrico e que realmente coloca em ameaça os herois. Como Chefe do clube do inferno usa sua influência para tentar iniciar a guerra nuclear que vai selecionar apenas os FILHOS DO ATOMO e levar a extinção os menos evoluidos. Com o Shaw de Bacon temos de volta os sim Vilões Clássicos com suas excentricidades, planos mirabolantes, ajudantes fantasticos e claro super poderes.

Divisão de Valores
Existe uma cena no final da moeda que mostra bem a divisão de valores e mentalidade entre Xavier e Magneto. A Moeda é acompanhada pela camera e no seu final de trajeto se sabe que a amizade entre os dois não existe mais. Esses dois personagens são interessantes a historia sempre nos traz aqueles que lutam pela igualdade e fraternidade entre as raças e aqueles que querem a supremacia da raça classificada como minoria em detrenimento (destruição) da maioria. temos nos próprio EUA dois persoagens que lembram Xavier e Magneto. Mather Luther King e Malcom X, enquanto o primeiro pregava que um ser humano deveria ser julgado pelo valor do seu carater e não pela cor da sua pele o outro defendia que a violência era uma forma de preservação.

Dentro de nós temos também essa divisão há momentos que entendemos a unidade entre todos e buscamos isso atraves da vida, do entusiasmo e da amizade, mas infelizmente existe momento em que focamos apenas em nossas dores e frustrações e acabamos aleijando essa nossa parte mais joven, sensivel e unificadora.

Ao sair do cinema ( ao contrario dos filmes anteriores) não sai com a impressão de que era um filme para efeitos especiais, visto que esse é um dos pontos fracos de First Class, mas de um entretenimento de qualidade é o melhor da serie mutante no cinema e espero que a continuação mantenha o charme do primeiro.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Acima de tudo ...O AMOR.

Carta de São Paulo aos Corintios....Capitulo 13.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.


E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.


O Amor é Complemento
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
O AMOR

domingo, 8 de maio de 2011

Thor - o Filme!!!!!

THOR


Ficha Técnica:
Direção: Kenneth Branagh


Elenco: Colm Feore, Chris Hemsworth (Thor), Rene Russo (Frigga), Ray Stevenson (Volstagg), Stellan Skarsgård, Kat Dennings, Tom Hiddleston (Loki), Idris Elba (Heimdall), Anthony Hopkins (Odin), Natalie Portman (Jane Foster), Matthias Schweighöfer, Joshua Dallas (Frandal), Jaimie Alexander (Sif)

 Sinopse: O deus Thor inicia uma antiga guerra no reino celeste de Asgard, devido à sua arrogância. Acaba sendo exilado na Terra por seu pai, Odin, como punição. Uma vez aqui ele descobre o que é ser um verdadeiro heroi, e de quebra tem que enfrentar um dos maiores vilões de seu mundo, que decide invadir a Terra.


Comentários:


Desde que Marvel resolveu assumir os filmes de seus super-herois, os resultados foram excelentes, não apenas para os Fãs que tiveram filmes dignos de seus herois mas também em bilheteria. O Primeiro filme da Marvel Studios foi o Homem de Ferro com Robert Downey Jr, dai já podemos notar a qualidade de produção e fidelidade aos Hqs. Evitando aos fãs filmes como Quarteto Fantástico e Demolidor....Sofriveis.


A mais recente produção lançada da Marvel é Thor, que vem nessa onda pré-vingadores como Homem de ferro 2 e Hulk. Tanto que no final do filme após os créditos temos a esperada cena que gera a expectativa para as próximas produções.


O filme conta com boas doses de humor e cenas de ação bem envolventes, mas infelizmente tropeça no seu roteiro, e devo dizer que fora feito por 5 profissionais, mais como já é de praxe em filmes de hollywood, quanto mais roterista pior.
Loki e Thor

É muito dificil que em filmes com tendencias comercias como este, que todos os bons atores que se apresentam sejam bem aproveitados, por melhor que seja o roteiro do filme, como por exemplo em Batman Begins a função do Morgan Freeman que toda a vez que assisto me lembra aquele personagem do 007 que só vem apresentar as armas. No filme Thor as sacrificadas são Natalie Portman e Rene Russo.

Natalie como Jane Foster apenas é o par romântico do Heroi em quanto Rene Russo como mãe do Deus do trovão aparece em cenas pontuais e desnecessarias no filme.

Agora sobre o trio princial Odin - Thor - Loki, podemos dizer que sim o filme gira bem em torno desses personagens.

O longa nos apresenta ao poderoso Odin (Hopkins), que, depois de derrotar os Gigantes do Gelo, cria seus dois filhos, Thor (Hemsworth) e Loki (Hiddleston), com a preocupação de ensinar-lhes a importância de se preservar a paz a todo custo. Porém, ao perceber que o primeiro se tornou um jovem impulsivo e arrogante, Odin decide bani-lo para a Terra, destituindo-o de seus poderes – uma idéia que abre espaço para que seus inimigos gelados, aliados a um traidor, planejem seu assassinato e a tomada do poder. Enquanto isso, Thor conhece a mortal Jane Foster (Portman), uma cientista que logo se encanta pelo deus nórdico, e atrai a atenção da SHIELD, que há alguns filmes vem montando uma equipe de heróis.
Thor movido pela Vaidade

As cenas mais belas do filme ficam por conta da Bela Asgard,com suas gigantescas torres douradas, escadarias que não parecem ir a lugar algum e que tem no dourado sua cor padrão – em outras palavras, é absurdo e grandioso o bastante para cumprir exatamente a função de evocar um universo de deuses. Com uma bela ponte de cristal (ponte do arco iris) que parece levar aos limites de um mar que se abre para toda a galáxia. No final dessa ponte tem a esfera giratoria que transporta os personagens para os demais reinos do universo com a terra e o reino dos gigantes do gelo. Infelizmente (e de forma contraditoria) a ponte do arco-iris (burraco de minhoca ou  ponte de Einstein-Rosen ) levam apenas aos cenários mais pobres e tristes como uma cidadezinha no meio do deserto ou a terra dos gigantes de gelo que é cinza e escura.

Chris Hemsworth exibe imenso carisma na pele do herói, também explorando com talento as oportunidades de fazer humor. Da mesma maneira, Tom Hiddleston se esforça para criar um vilão complexo e multifacetado, se saindo admiravelmente bem até ser sabotado pelo roteiro final da projeção, quando, então, se transforma em mais um antagonista unidimensional e tolo. E se Anthony Hopkins consegue evocar com economia a dor de Odin ao ser obrigado a punir o filho.

O Roteiro peca bastante quando não consegue mostrar a mudança do heroi, ficamos com aquela sensanção do tipo " Oque foi que aconteceu para ele mudar?". O Heroi muda por ter conhecido uma mortal? pela convivencia com os humanos?.


Essa é uma perda lamentavel pois oque deixa os Hq's de Thor belos e inspiradores é justamente o fato de um deus arrogante aprender a lição da humildade e da proteção aos mais fracos, na terra ele aprende a lutar pelos demais e não por sua vaidade como em Asgard, esse é a grande lição do Pai de todos para seu filho e infelizmente no longa não fica claro e nem em destaque.

O roteiro também prejudica o vilão da historia que começa muito bem e de forma complexa, com seus dramas,medos e nunca sabemos que lado ele esta. Mas no final se mostra como o clássico vilão de historias em quadrinhos. Confesso que gostei mais do Loki até 15 minutos antes do final do filme do que em todas as aventuras de Thor que Li.
Loki - Boa interpretação prejudicada pelo Roteiro

O roteiro faz uma série de referências aos outros filmes e heróis da Marvel (e que inclui até mesmo uma curiosa ponta de Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), É divertido a presença naquele universo de Tony Stark – embora não se preocupe em explicar por que o Homem de Ferro não é imediatamente chamado para combater um robô gigante que obviamente se encontraria em sua área de especialidade.





Apesar de um filme pipoca não podemos notar que sempre encanta o simbolismo que há por trás dos famosos super herois. Nesse caso de um deus que sofre da vaidade e precisa aprender a lição da humildade e do que realmente deve ser o grande motor das batalhas: Os demais - A Humanidade. Temos um vilão que sofre também de" males Humanos"  como inveja e cobiça. O deus tem que vim ao mundo inferior (do homens) tomar consciência novamente de sua parcela divina e fazer por merece-lá, se torna digno de novo, depois disso voltar ao plano superior mais antes de entrar novamente no divino (asgard) deve enfrentar sua contraparte negativa em um combate mortal. Onde no final prevaleçe apenas o amor.

Gostei do Filme,não é um Homem de Ferro, mas diverte e se olharmos com carinho, poderemos ver um pouco da nossa própria saga nele.



Thor o Filme








O Mito da Caverna

Mito da Caverna

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A feminilização no ambiente da pré-escola

A feminilização no ambiente da pré-escola.



Pre escola

             Mochila completa, tênis amarrado, uniforme colorido, lancheira na mão. O menino animado, sorridente, brinca com os objetos como se fossem caminhões encantados que carregam “seu mundo”: desde areia – agora proibida para não sujar sua roupa – aos heróis invisíveis que mudam de poderes tanto quanto mudam os objetos à frente. O homem-aranha, o super-homem, o super-sei-lá-o-quê são invocados e despachados conforme a necessidade, conforme a imaginação. O trator, pequeno demais para carregar qualquer coisa maior que uma moeda, é o mais poderoso e mágico ser fantástico nesse universo das coisas que aparecem e desaparecem, guerreiam e caminham juntas. A "Ferrari", materialização do sonho do pai, corre mais rápido que o X-Man. Mas é hora de sair do colorido do seu mundo de encantos para entrar no carro e partir para o seu primeiro dia de aula. Alguns brinquedos, heroicamente, conseguem permanecer ao seu lado enquanto o motor é acionado.

            Do outro lado, sorrisos maternos (às vezes paternos) tentam em vão esconder a dor de perceber que o filho será cuidado por outras mãos, talvez não tão carinhosas, talvez não tão compreensivas. A lembrança das notícias dos telejornais da noite cuidam de incrementar o sofrimento.

Fica comigo...

          Em meio a todos esses sentimentos conflitantes e a correria dos compromissos profissionais suspensos por uma longa e angustiante hora, a dupla sai de casa. Logo chegam à escola e as dúvidas insistem em ressurgir: elas, as professoras, se aproximam. Orientam a mãe quanto ao número da sala. Sorriem para o menino, perguntam seu nome, fazem-lhe carinhos. Tornam o ambiente acolhedor. Os medos da mãe se abrandam por seu filho, mas não desaparecem, pois observa outras crianças que choram, que esperneiam. Algumas correm para o parquinho, parece que já conhecem os melhores lugares, são "antigos" na casa.

          O menino, com olhar triste, diz: "mãe, fica comigo". Ela, por um instante, recebe dos céus a recompensa por anos de atenção, carinho, brigas, choros, sorrisos e sonhos. Não há nada no mundo mais significativo que esse olhar inocente cheio de dengos e de pequenos medos. O tempo parece parar. Ele a ama. A mãe, com um sorriso, diz que depois voltará para buscá-lo e que ele precisa ficar ali, pois as professoras são muito legais e há muitas crianças para brincar. Dos dois lados, lágrimas. As dela, contidas por enquanto.

Os super-heróis e a Ferrari precisam ficar em casa?

         Depois de alguns dias e choros, o menino já está acostumado com o novo ambiente. Corre para o parquinho. Esquece de dizer "tchau" à mãe. Tudo parece ter entrado em seus eixos como a vida deve ser. No entanto, algumas coisas ocultas jamais serão notadas. Não há na parede da sala nenhum trator. Algumas identificações com suas fantasias, brincadeiras e sonhos ficaram de lado. Os super-heróis ficaram em casa. Os incríveis poderes de aparecer e desaparecer, de voar, carregar e de erguer estão no quarto. Talvez estejam na sala de estar enquanto a mãe não tropeçar neles e os levar para a caixa dos brinquedos.

           A escola não parece ser lugar para essas coisas "tão violentas". Nas paredes das salas e dos corredores, com pequenas imperfeições na perspectiva dos desenhos, está o incrível mundo maravilhoso do açúcar cor-de-rosa. Tudo parece adocicado. Nuvens branquinhas sorrindo. Fadas voando com suas asinhas transparentes. Ursinhos de pelúcia e seus intermináveis sorrisinhos fofinhos. Uma infinidade de outros diminutivos. A doçura do acolhimento. A Ferrari, bem, o Rubinho que me perdoe, mas a Ferrari aqui na escola, nem em segundo lugar. Essa escola é das mulheres. A professora, a faxineira, a cantineira, a inspetora, a professora auxiliar, a de Artes, a de Música, a de Inglês, aquela outra mulher que cuida de não sei bem o quê. Todas mulheres. Quando um homem surge, é porque vem buscar alguma coisa, carregar alguma caixa. Trazer uma TV. Os olhares de todos os cantos o constrangem. Precisa sair logo, é quase um invasor.

Apenas para meninas?

O despertar dos símbolos e a reflexão


            Esse relato não é uma crítica, não é símbolo de nenhuma bandeira, de nenhum movimento. Não é o retrato de todas as escolas. Não serve para algumas pré-escolas das nossas cidades. É tão somente um convite à reflexão. Um despertar para que se acolham pequenos símbolos, pequenos detalhes que, com muito bom senso, possam representar ou servir de objetos de identificação da masculinidade dos pequenos "rubinhos" e dos pequenos "super-eu-consigo" e dos "X-sou-bom".

            A escola pode e deve acolher a masculinidade e a feminilidade presentes em todas as crianças, considerar, incentivar e despertar as diferenças. Pode e deve ressaltar o quanto são complementares, jamais excludentes. Deve criar um ambiente para permitir que, em cada criança, possa haver um equilíbrio maior entre as características humanas presentes neles e nelas, do acolher e do brigar, do empurrar e do abraçar, do lutar e do unir-se. Pois não são características pertencentes ao homem ou a mulher, mas a todo ser humano, homem e mulher, que incansavelmente precisam ser e estar no mundo e, de preferência, harmoniosamente juntos. São representações da busca pelo novo, da ousadia, do saber impor-se e do saber dizer não quando se quer dizer não, saber dizer sim quando realmente for a melhor resposta. Tais posturas frente ao mundo são frutos não do masculino ou do feminino, mas do equilíbrio entre eles. E são fundamentalmente necessários para futuros homens e mulheres conscientes de seus papéis na sociedade.

— Pai, na minha sala tem um tratorzão gigantão maior que esse daqui ó....

— Uau! que legal né, meu filho?

— É. Minha escola é bem legal.

             E a convivência harmoniosa do “mundo feminino” com o “mundo masculino”, possivelmente um e outro estereotipados num primeiro momento, servirá de solo fértil para o crescimento da convivência, da tolerância, do respeito e, principalmente, do aceitar-se e completar-se mutuamente.

Exercício das trocas entre meninos e meninas

          Mais tarde, homens e mulheres saberão respeitar os espaços e idiossincrasias de cada um, pois terão aprendido, desde muito cedo, que podem conviver em harmonia. Cada um saberá, com melhor propriedade, considerar internamente suas forças de ataque e de defesa, de acolhimento e de afastamento, de aceitar e rejeitar, e, principalmente, de ser íntegro, completo. Pois meninos e meninas carregam em si o masculino e o feminino que só se desenvolvem completa e saudavelmente no exercício das trocas. Muito provavelmente esse crescimento não será mérito da escola, mas, certamente, terá ocorrido com sua contribuição.



Harmonia Meninos e Meninas

(Revista Profissão Mestre. n. 52, janeiro, 2004, p.12-14.)

MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante. Seus textos encontram-se no site www.marcosmeier.com.br e seus livros no www.kapok.com.br.

Elogie do Jeito Certo

              Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante[1]. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.


              O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

              O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

              Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

              As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

             A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

Elogie o Esforço

            No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

             Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

             Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

            Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

           Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.


Grande Educador - Marcos Meier


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Parque Barigui

Parque Barigui

Academia ao Ar Livre
            
           O Barigui é um dos maiores e o mais freqüentado parque de Curitiba. Sábados, domingos e feriados o parque é um dos principais pontos de encontro da cidade e, durante a semana, é muito comum as caminhadas em volta do lago. São muitas as opções de entretenimento e lazer no Barigui.


Belas àrvores


Possui uma área de 1,4 milhão m², que fazia parte da sesmaria do capitão-povoador Mateus Leme. Foi transformado em parque em 1972, segundo o projeto do arquiteto Lubomir Ficinski.

Parque

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jardim Botânico - Curitiba

Jardim Botânico de Curitiba
              O Jardim Botânico de Curitiba foi inaugurado em 1991, com uma área de 245 mil m². Seus jardins geométricos e a estufa de três abóbadas tornaram-se um dos principais cartões postais de Curitiba.


Belo Jardim e atrás a Estufa

              A estufa abriga plantas características da mata atlântica do Brasil. Sua arquitetura, em estrutura metálica e estilo art-noveau, foi inspirada em um palácio de cristal que existiu em Londres, no século 19. Os paraenses vão adorar a estufa, pois no seu centro existem belos açaiceiros, fruto tipica do Pará.

            O Jardim Botânico conta ainda com o Museu Botânico Municipal, trilhas em bosque de araucárias, lago, quadras esportivas e um velódromo. Em volta da estufa está o espaço cultural Frans Krajcberg com exposição permanente de 114 esculturas do artista e ambientalista.



Aproveite o Jardim Botânico

          O Jardim Botânico é um dos mais belos cartões postais de Curitiba. Aproveitem e não deixe de visitar.

Museu da Estação - Paraná


Museu Ferroviario
                 Instalado na antiga estação ferroviária de Curitiba, o Museu Ferroviário expõe várias peças históricas e suas instalações buscam reproduzir o antigo funcionamento da estação. Hoje as instalações da estação fazem parte do Shopping Estação.



Replica da Maria Fumaça

           Não deixe de visitar o Museu. Ele está hoje dentro de um Shoping Center. Existe um belo acervo de itens da época da estação ferroviaria e replicas e maquetes de trens e sistemas viarios.


Acervo rico de Itens da Estação

Museu do Expedicionário - Paraná

Pracinhas no alto da Casa do Expedicionário.

       
               Museu do Expedicionário, criado em 1946, ilustra a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, em especial, a participação dos soldados paranaenses.

               Possui farto material histórico, incluindo muitas ilustrações, mapas, livros e documentos da época. Estão expostos vários materiais bélicos e armamentos utilizados na guerra pela Força Expedicionária Brasileira, pela Força Aérea Brasileira e pela Marinha de Guerra do Brasil.

Avião do tipo P-46D Thunderbolt usado pela FAB na Segunda Guerra Mundial, expostos na  Praça do Expedicionário

              O Museu do Expedicionário é mantido pela Legião Paranaense do Expedicionário, órgão dos ex- combatentes que serviram na Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Grande Guerra.

Armamentos e Herois - Museu Expedicionário

           Na Praça do Expedicionário, local onde fica o museu, estão expostos um tanque de guerra, um avião Thunderbolt e outros equipamentos de guerra utilizados no conflito mundial.
Praça do Expedicionário
           Não deixe de visitar esse belo e historico lugar, feito com amor pelos próprios ex-combatentes e que guardar um pouco da coragem dos brasileiros na II guerra. Fato que infelizmente é esquecido da Maioria.

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A Moça do Táxi – Uma amante de Belém

Belém completa seus 400 anos, e nada melhor do que reforçamos nosso amor pela cidade. Esse amor e carinho pela capital da Amazônia, podemo...