quarta-feira, 13 de julho de 2011

Netuno é o fim do ciclo.

Hoje o planeta Netuno completa sua primeira órbita desde que foi descoberto em 23 de setembro de 1846. A história da descoberta de Netuno é uma das mais interessantes, no aspecto das ciências.


Em 1771, o astrônomo britânico William Herschel e sua irmã Caroline descobriram o planeta Urano. Depois de várias observações, a órbita de Urano foi estabelecida, de modo que suas efemérides (a posição dele no céu em qualquer tempo) foram estabelecidas com base na teoria da gravitação de Newton. Acontece que Urano teimava em não seguir essas efemérides, ora se adiantando, ora se atrasando da posição prevista.
 
Em 1821, o astrônomo francês Alexis Bouvard, estudando o comportamento anômalo de Urano, propôs que havia um outro corpo celeste, com um tamanho compatível com Urano, que o estava atrasando e adiantando em sua órbita. Vinte anos depois, com base nessa hipótese, o francês Urbain Le Verrier e o inglês John Couch Adams, ambos matemáticos e astrônomos calcularam de forma independente a posição de Urano considerando também a perturbação gravitacional de um outro corpo.


Adams conseguiu que o diretor do Observatório de Cambridge começasse a busca por Netuno em agosto de 1846, mas nada foi encontrado até setembro. Neste meio tempo Le Verrier enviou uma carta ao Observatório de Berlin com as posições calculadas. Coube a um estudante sugerir ao astrônomo alemão Johann Gottfried Galle que comparasse os desenhos da região apontada por Le Verriet, observada algum tempo atrás, com as novas observações.

Na noite do mesmo dia que a carta chegou ao observatório, Galle descobriu Netuno a apenas um grau da posição prevista por Le Verrier e 12 graus da posição prevista por Adams em 23 de setembro de 1846.

Decidiu-se que ambos mereciam o crédito pela descoberta, mas uma onda revisionista recente propôs que Adams não merecia o mesmo crédito de Le Verrier. Apesar de ter sido descoberto por Galle, o primeiro a ver Netuno foi Galileu Galilei em dezembro de 1612 enquanto observava Júpiter. Em janeiro de 1613 ele teria anotado que essa “estrela” teria se mexido em relação às observações anteriores, mas não desconfiou que poderia ser um planeta e não continuou a observá-lo.

Rotações Netuno
Para comemorar a primeira órbita completa desde sua descoberta, o telescópio espacial Hubble obteve novas imagens de Netuno. A combinação dessas quatro imagens mostra uma rotação completa do gigante gasoso, em 16 horas. Comparando essas imagens com outras anteriores, é possível notar um aumento no número de nuvens feitas de cristais de metano. Como o eixo de Netuno está inclinado de 29 graus, ele passa por mudanças de estações, como a Terra. Em Netuno cada estação dura quase 40 anos, atualmente é verão no hemisfério sul e as nuvens estão migrando para o Norte.
 
Autor: Cássio Barbosa é doutor e pós-doutor em astronomia e leciona na Universidade do Vale do Paraíba. Sempre comprometido com ensino e divulgação, neste espaço traz as últimas novidades dos céus de maneira descomplicada e descontraída.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada


Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
 
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Jovens Apáticos

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.


O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.


Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.


Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Autora: ELIANE BRUM


Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).

E-mail: elianebrum@uol.com.br


Twitter: @brumelianebrum
ELIANE BRUM

domingo, 10 de julho de 2011

Reencontro - Por Lúcia Helena Galvão

Eis-nos aqui novamente...
Frente ao palco rotativo
do velho teatro do mundo,
ressurgem antigos atores,
renovados, fortes, vivos.

Atendendo ao chamado da Vida,
estamos no palco de novo.
Vemos, em nossos abraços,
novos corpos que enlaçam
almas velhas conhecidas.


Olhares tão familiares
estampam-se novamente
em faces rejuvenescidas...
Eis-nos de novo em cena!


Voltando a narrar grandes feitos,
voltando a entoar nossos cantos,
sentimos vibrar, em cada peito,
o clarim de nosso Clã...

Nosso laço ancestral,
laço de “sangue espiritual”
que já correu tantas veias,
que já ferveu ante a Glória,
renovado sobre a Terra,
acorre ao chamado da História
e aguarda, ante o Portal,
de prontidão e presente.


Antes que soe a hora
de voltar aos bastidores,
com as nossas almas limpas
e nossas missões cumpridas,
e não reste, na memória
desses marcantes momentos
mais que um vago sentimento,

Queria dizer-vos agora
que honra é estar entre vós !
Compartilhar, lado a lado,
a cada novo início,
nossos cantos e sorrisos,
nosso esforço e sacrifício...

Flutuar sobre os abismos
atraídos para cima
por misterioso magnetismo...
Uma grandiosa saga
que não se vive a sós.

Quão nobre é compor vossa estirpe,
Aprendizes de heróis!

domingo, 3 de julho de 2011

Dia dos Namorados

Amor é um Colar de Contas Coloridas.

           Estando a poucos dias de celebrarmos o Dia dos Namorados, fica quase inevitável refletirmos sobre o Amor. É claro que nesta data acabamos falando do seu caráter mais físico, presente na ligação entre duas pessoas; mas há que perceber que o Amor se manifesta muito além do físico, se expressa principalmente através da ligação entre corpo e alma, da união entre céu e terra.


O Amor Verdadeiro

            Se perguntássemos a pessoas diversas, em contextos variados, veríamos a manifestação do Amor por meio de vários atributos, como contas de um longo colar. Amor é cuidado, generosidade, beleza, pureza, doação, ternura, amizade, união... Quando vemos o cuidado de um pai com seu filho, vemos o Amor; quando vemos um ato puro, vemos o Amor; quando vemos um olhar doce, vemos o Amor. E cada um destes atributos é o próprio Amor que se manifesta, e é por meio do contato com cada um deles, desta soma, que o Amor pode ser percebido como “um”.
Dia dos Namorados

           Diz Aristóteles que “a função do Amor é levar o Homem à perfeição”. Com isso ele quer dizer que o Amor tem como única intenção levar-nos ao melhor de nós mesmos, conduzir-nos ao verdadeiro “Ser Humano”. Assim, se queremos que o Amor se manifeste em nossas vidas e na Humanidade, precisamos buscar alcançar este melhor em nós, e ser verdadeiramente generosos ao desejar que todos os demais também encontrem em si. E, quem sabe, no dia em que todos nós caminharmos na mesma direção, possamos ser, também, contas coloridas de um longo colar, unidos pelo Amor.

Retirado do site: http://www.acropole.org.br/

A Marcha do Universo

         Um fenômeno interessante tem aparecido nos noticiários há algum tempo: marchas. Trata-se de uma mobilização de um grupo de pessoas, geralmente bastante numeroso, com a finalidade de reivindicar algum direito ou chamar a atenção para alguma questão de ordem social ou política. Esse grupo ocupa as ruas e avenidas, total ou parcialmente, e caminha em direção a um destino dentro da cidade (ou cidades, já que alguns desses movimentos ocorrem simultaneamente em diversas cidades), daí o nome marcha.



O Universo
          Naturalmente, qualquer movimento gera reações e é normal algumas vozes se levantarem contra e a favor do objeto de uma marcha. O que ocorre, infelizmente, na maioria desses casos, é que não há um diálogo aberto e em busca de uma ideia unificadora e justa, mas ataques sucessivos de ambos os lados, chegando ao extremo de ofensas pessoais nos meios impressos e eletrônicos. Ou seja, uma mobilização em nome da tolerância torna-se o palco das maiores demonstrações de intolerância e agressividade.

         Quando caminharemos em direção a uma verdadeira fraternidade universal? Quando colocaremos em marcha os motores de nossas virtudes e pisaremos sobre o nosso egoísmo, nossos vícios e nossos defeitos? Assim como o sol e as estrelas marcham todos os dias pelos céus de todas as cidades, coloquemo-nos em marcha, unidos, rumo ao bem, à justiça e à verdade.

Retirado do site: http://www.acropole.org.br/

Sobre o fim das Etapas.

Há Momentos na vida que temos que saber e visualizar o fim das etapas de nossas vidas e começo de outras. Percebendo essas excelentes fases não vamos perder as grandes oportunidades que a vida nos dá.

TEXTO DE PAULO COELHO


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo

Nova Ciclos Nova Visão sobre nós mesmos


se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã...

Todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego
que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".


Novos Ciclos
Antes de começar um capítulo novo preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,sem aquela pessoa...

Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio,pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho,por incapacidade, ou por soberba.

Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

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