terça-feira, 29 de julho de 2014

Frustrações Nossas de cada dia.


Hoje estamos em uma mundo, onde cada vez mais, se procura satisfazer a vida, ser feliz, VIVER O MOMENTO, mas ao mesmo tempo, parece que nunca estivemos tão frustados.

Pouca paciência no trânsito, com as crianças, no trabalho, enfim em qualquer lugar que estejamos parece que a síndrome da falta de paciência nos acompanha. E oque será que gera essa frustração interior? Será a falta de dinheiro para satisfazer nossos desejos matérias? a falta de um sentido de vida? ou simplesmente vivemos uma época de pessoas "fragilizadas" egoístas e vaidosas?

Carlos Castaneda (1925 - 1998)
Carlos Castaneda, escrito peruano, criou um personagem chamado Don Juan, que na verdade é um bruxo de origem indígena que o mesmo conheceu no deserto do México.Don Juan inicia Carlos Castaneda nos mistérios da vida e faz com que o mesmo enxergue a existência de um ponto de vista mais espiritual e buscando sempre uma evolução consciencial. Vamos ver abaixo oque o autor tem a nos ensinar sobre as frustrações e sua origem.


Místico Don Juan


Em O PODER DO SILÊNCIO, dom Juan explicar que "durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram por terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias".

Ainda quando buscamos vivenciar na prática o ensinamento de alguma religião, mantemos o hábito subconsciente de "arranjar" nossas conclusões de modo que elas se encaixem em nosso esquema de complacências, isto é, o conjunto de auto justificativas  pelas quais explicamos a nós mesmos nossa lentidão e preguiça na busca da verdade e em nossas tentativas de viver impecavelmente.

Quando nos irritamos com erros alheios, trata-se muitas vezes de uma válvula de escape da frustração que temos reprimido em nós diante do nosso próprio comportamento insatisfatório.

Frequentemente o erro de outra pessoa provoca um alívio na consciência pesada do ser humano espiritualmente preguiçoso.

Por outro lado, alguém que procure prejudicar-nos seriamente pode ser extremamente valioso como "pequeno tirano". Seu valor decorre do fato de que entre os maiores inimigos do guerreiro da sabedoria estão a vaidade e a auto-importância.

Quando uma pessoa visa prejudicar-nos de modo consciente e intencional, temos uma oportunidade ímpar de observar nosso próprio orgulho, nossa raiva, nossa frustração e nossa ingenuidade. São muitas as caras da auto-ilusão. Um "pequeno tirano" que tenha condições de colocar o guerreiro em risco e prejudicá-lo seriamente presta um serviço enorme e acelera o processo de auto-observação e purificação do buscador da verdade.

Carlos Castaneda, nos ensina a ver a vida como uma grande pedagogia, sem "mentalidade de vítima" e de buscadores de nós mesmos, entender que na verdade essas frustrações vem do fato de ainda não realmente acreditarmos que o sentido de vida está em nosso crescimento interno e na capacidade de se fazer crescer em cada dia e situação, ainda confundimos com coisas externas como bens materiais ou reconhecimento e aceitação. Criamos e "gostamos" desses pequenos tiranos e como a história nos ensina, onde existe tirania não existe liberdade.

Realmente como seres humanos buscamos a felicidade e a liberdade e segundo os ensinamentos de Don Juan elas estão dentro de nós quando realmente nos propomos a olhar, daí nos podemos perguntar..."Isso é difícil? isso é complicado? Se essa buscar for o verdadeiro sentido da vida porque da uma sensação de medo e insegurança?". Sim dá medo, mas quem não tem medo do desconhecido? e si aventurar ao desconhecido, esse sentimento só os homens livres podem ter.

Edmilton Furtado.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Onze Aforismos da Tradição Judaica

Onze Aforismos da Tradição Judaica

Texto original publicado por HPB na revista “The Theosophist” em 1885.



1) Nunca morre aquele que vive pela sabedoria.  

É imortal aquela  parte do ser humano que vivencia o conhecimento eterno.

2) O coração é o tesouro oculto do ser humano.

Está no coração o único templo verdadeiro. 

3) A sabedoria é uma árvore que cresce no coração.

E esta árvore deve crescer até que, como é da sua natureza,  dê frutos sem nada esperar em troca.

4) Reduzir o alimento prejudicial é melhor do que comer alimentos que fazem bem. 

Este princípio vale tanto para os alimentos físicos como para os alimentos emocionais e mentais.



5) Se você não pode obter o que deseja, fique satisfeito com aquilo que não precisa desejar. 

Uma  vida simples elimina as fontes de preocupação e sofrimento.

6) Não há riqueza comparável ao contentamento.

A felicidade está em nada desejar pessoalmente.

7) Um herói só se mostra em época de desgraças.

É diante das dificuldades que se revela o verdadeiro caráter de alguém.

8) O caminho para o Éden é difícil, mas os caminhos para Tope (o inferno) são fáceis.

 Muitas vezes o que é bom não é agradável e, freqüentemente, o que é agradável não é bom. O Éden e o inferno são imagens simbólicas: indicam estados de espírito vividos pela alma humana durante a vida física, e também entre duas encarnações.

9) Nenhuma crítica surtirá efeito sobre aquele que não critica a si mesmo. 

Sábio é aquele que aprende com seus erros.

10) Não é correto que um homem lamente o que perdeu. Ao invés disso,  deve cuidar bem daquilo que ainda permanece com ele.

O desapego, a perseverança e a responsabilidade são três princípios básicos para levar uma vida correta.

Sem Lamentações


11) Se quiser associar-se a alguém, mostre ao indivíduo um erro cometido por ele. Se reconhecer o erro, ele é confiável. Caso contrário, deixe-o de lado.  

A verdadeira amizade só pode ocorrer quando não há uma casca externa feita de orgulho e aparências. Como destacou Marco Túlio Cícero, a amizade não pode ser uma cumplicidade visando beneficiar interesses egoístas.



Texto Original no Site: Filosofiaesoterica

terça-feira, 22 de julho de 2014

O Caminho Elegante do Guerreiro

O caminho elegante do Guerreiro.

O Guerreiro caminho de maneira elegante pela Vida.  Não como forma de afetação mas como fruto de um laborioso trabalho de polimento das hostilidades de sua personalidade; indo do sangrento combate interno, da pedra rígida e cheia de pontas para a polida e brilhante pedra preciosa.

Lancelot do Lago.


A elegância é a expressão da conquista da Luz interior do guerreiro, que se manifesta como brilho no semblante nobre e sereno do seu rosto.


O Caminho elegante do guerreiro não é um rebusque de forma e linguagem, mas a simplicidade não fundamentada em modas presentes ou pretéritas. É o sonho de todo o guerreiro, mesmos aqueles guiados pela sua violência! Ainda que não o saibam! A Elegância é a Paz na Ação, a atitude pensada, a postura justa e bela. A Ação pelo BEM, pois o guerreiro se esmerila, mas nunca para.
O Caminho do Guerreiro é a simplicidade.


Texto de Ted Vale

Obrigado por enriquecer nosso Blog.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O Egito sob o Olhar de Napoleão.

O Egito sob o Olhar de Napoleão no Pará.

Deusa Nut


Após passar por Brasília e Fortaleza, a exposição O Egito sob o Olhar de Napoleão, na Coleção Itaú chega ao Museu de Arte de Belém, no Pará. A mostra, que conta com a curadoria de Vagner Porto, acontece entre os dias 16 de maio e 10 de agosto de 2014.
Esfinge como foi encontrada pelos soldados de Napoleão.

Organizada em cinco seções (Cartografia, Religião, Arquitetura, Egito Moderno e História Natural), a exposição traz gravuras, algumas com mais de 1 metro de altura, e uma seleção de 13 volumes da obra Description de l’Égypte – que descreve a expedição científica e militar liderada pelo general Napoleão Bonaparte, reconhecida como o mais importante estudo erudito europeu sobre o Egito antigo e moderno.
Vista interna - Templo de Tebas

A mostra conta ainda com um dos exemplares produzidos por Dominique Vivant Denon, com a cronologia dos principais eventos da campanha napoleônica e 13 telas com imagens dos livros, que podem ser manuseadas pelos visitantes.

Ao percorrer essas fascinantes gravuras podemos ter duas boas percepções. A grandiosidade que foi o Egito, com seus monumentos e suas obras que até hoje nos causam a sensação de mistério e de não conseguir compreender em totalidade como eles conseguiram ser tão eficientes como civilização não apenas no aspecto físico mais moral e religioso. A outra impressão é o espanto de boa parte da comitiva de Napoleão não somente por encontrar tanto fascínio e precisão nas obras que nos restaram conhecer mas em especial, por sentir que um dia fomos grandes e que agora não passávamos de  monumentos decaídos. A paixão com que foi desenhado e narrado essa aventura no Egito são realmente inspiradoras.
O Egito sob o Olhar de Napoleão, na Coleção Itaú
sexta 16 de maio a domingo 10 de agosto de 2014
terça a sexta, das 10h às 18h
sábado, domingo e feriados, das 10h às 21h

Museu de Arte de Belém
Praça D. Pedro II, s/nº – Cidade Velha – Belém – PA

agendamento de grupos: 91 3114-1028 – setor de gestão educacional
Entrada franca

terça-feira, 1 de julho de 2014

O Grande Paradoxo

O Grande Paradoxo

Viver no Eterno e Vigiar o que é Momentâneo


Helena P. Blavatsky
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O texto abaixo foi publicado pela primeira vez
em 1887. É traduzido de “Collected Writings of
H.P. Blavatsky”, TPH, India/USA, volume VIII,
pp. 125-129. Título original: “The Great Paradox”.

Alguns estudantes consideram “O Grande Paradoxo”
um dos textos mais importantes da filosofia esotérica.

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O paradoxo parece ser a linguagem natural do Ocultismo.  Mais do que isso, ele parece penetrar profundamente no coração das coisas, e assim parece ser inseparável de qualquer tentativa de colocar em palavras a verdade, a realidade que está na base das aparências externas da vida.

E o paradoxo acontece não somente nas palavras, mas na ação, na própria conduta da vida. Os paradoxos do ocultismo devem ser vividos, não falados apenas. Aqui reside um grande perigo, porque é muito fácil perder-se na contemplação intelectual do caminho, e assim esquecer-se de que a estrada só pode ser conhecida quando se caminha por ela.

Um paradoxo assustador se apresenta ao estudante já no início e o confronta assumindo novas e estranhas formas em cada curva do caminho. Talvez esse estudante tenha procurado o caminho desejando uma orientação, uma regra sobre o que é certo para a conduta em sua vida.

Ele aprende que o alfa e o ômega, o começo e o final da vida é altruísmo; e ele sente a verdade da afirmação de que somente na profunda inconsciência do autoesquecimento a verdade e a realidade do ser podem revelar-se ao seu coração sedento.

O estudante aprende que esta é a lei única do ocultismo, ao mesmo tempo a ciência e a arte do viver, o guia para a meta que ele deseja alcançar. Ele está cheio de entusiasmo e entra bravamente na trilha da montanha. Então ele descobre que seus instrutores não encorajam seus voos ardentes de sentimento, seu anseio pelo Infinito que o faz esquecer de tudo - no plano externo e factual de sua vida e sua consciência. Pelo menos, se não eliminam seu entusiasmo, eles lhe apontam, como primeira e indispensável tarefa, vencer e controlar seu corpo. O estudante descobre que, longe de ser encorajado a viver nos pensamentos sublimes de seu cérebro e fantasiar que alcançou o éter onde está a verdadeira liberdade - com o  esquecimento de seu corpo, suas ações exteriores e sua personalidade - a ele são atribuídas tarefas muito mais terrenas. Toda a sua atenção e vigilância são requeridas no plano exterior; ele não deve nunca se esquecer de si mesmo, nunca descuidar de seu corpo, sua mente, seu cérebro. Ele deve aprender a controlar a expressão de cada detalhe, verificar a ação de cada músculo, dominar o mais leve movimento involuntário. A vida diária à sua volta e dentro dele mesmo é assinalada como objeto do seu estudo e da sua observação. Em vez de esquecer o que geralmente é chamado de banalidades, pequenos descuidos e erros acidentais da língua e da memória, ele é forçado a tornar-se, a cada dia, mais consciente desses lapsos até que, finalmente, eles parecem envenenar o ar que ele respira e sufocá-lo; até que ele parece perder a visão,  e o contato,  com o grande mundo de liberdade pelo qual está lutando;  até que cada hora e cada dia parecem cheios do amargo sabor do eu,  e seu coração sente-se doente com a dor e a luta do desespero.  E a escuridão fica ainda mais profunda porque a voz interior grita incessantemente: “Esqueça de si mesmo. Cuidado, do contrário você se torna autocentrado -  e a erva gigante do egoísmo espiritual firmemente se enraizará em seu coração; cuidado, cuidado, cuidado!”

A voz leva seu coração até suas profundezas, porque ele sente que as palavras são verdadeiras. Sua batalha diária e contínua o ensina que estar autocentrado é a fonte do sofrimento, a causa da dor, e sua alma está cheia de desejo de liberdade.

Assim, o discípulo é tomado pela dúvida. Ele confia em seus instrutores, porque sabe que através deles fala a mesma voz que ele ouve em seu coração. Mas agora eles dizem palavras contraditórias; a voz interna, a única, recomenda esquecer de si mesmo totalmente, em prol da humanidade; a outra, a palavra falada por aqueles de quem ele busca orientação, recomenda primeiro dominar seu corpo, seu eu exterior.  E a cada hora ele vê mais claramente como é difícil aquela batalha com a Hidra, e vê sete cabeças crescerem novamente no lugar de cada uma que ele decepou.

No começo ele oscila entre as duas coisas, ora obedecendo a uma, ora obedecendo à outra. Mas logo ele aprende que isso é infrutífero. Porque o sentido de liberdade e leveza que no princípio vem quando ele deixa seu eu externo sem vigilância para que possa procurar internamente ar puro, logo perde sua intensidade e um choque repentino lhe revela que ele escorregou, e caiu, no caminho que vai montanha acima. Então, em desespero, ele se lança sobre a traiçoeira serpente do eu e luta para sufocá-la até a morte; mas seus anéis espiralados, sempre fugidios, evitam suas mãos; as tentações insidiosas de suas escamas brilhantes cegam sua visão e, novamente, ele se envolve no turbilhão da batalha que o vence dia a dia e que, finalmente, parece preencher o mundo inteiro e apaga tudo o mais, exceto sua consciência.

Ele está cara a cara com um paradoxo esmagador, cuja solução deve ser vivida antes que possa ser realmente entendida.

Em suas horas de meditação silenciosa, o estudante descobrirá que há um espaço de silêncio dentro de si, em que ele pode se refugiar dos pensamentos e desejos, do turbilhão dos sentidos, e das ilusões da mente. Mergulhando sua consciência profundamente em seu coração, ele pode alcançar este lugar - a princípio, somente quando ele está sozinho em silêncio e na escuridão. Mas quando a necessidade de silêncio cresce, ele o procurará mesmo no meio da batalha com o eu, e o encontrará. Ele apenas não deve abandonar seu eu exterior nem seu corpo. Deve aprender a retirar-se em sua cidadela quando a batalha se torna árdua; mas precisa fazê-lo sem perder de vista a batalha; sem se permitir fantasiar que assim ele vencerá. Essa vitória só se conquista quando tudo é silêncio fora e dentro da cidadela interior. Lutando desse modo, de dentro do silêncio, o estudante descobrirá que resolveu o primeiro grande paradoxo.

Mas o paradoxo ainda o segue. Quando ele consegue retirar-se para dentro de si mesmo, ele busca lá apenas refugiar-se da tempestade em seu coração. E quanto mais ele luta para controlar as ondas de paixão e desejo, mais ele compreende que gigantescos poderes ele jurou vencer. Ele ainda se sente, quando não está em silêncio, muito parecido com as forças da tempestade. Como sua força insignificante pode competir com esses tiranos de natureza animal?

Esta pergunta é difícil de responder em palavras diretas - caso haja uma resposta para ela. Mas a analogia pode apontar o caminho onde a solução será procurada.

Ao respirar, colocamos uma certa quantidade de ar nos pulmões e, com isto, podemos imitar em pequena escala o poderoso vento do céu. Podemos produzir uma fraca imagem da natureza: uma tempestade em copo d’água, uma brisa para soprar ou mesmo afundar um barco de papel. E podemos dizer: “Eu faço isso, isso é minha respiração”. Mas não podemos soprar nossa respiração contra um furacão, menos ainda prender o vento em nossos pulmões. No entanto, os poderes do céu estão dentro de nós; a natureza das inteligências que guiam a força do mundo estão unidas à nossa natureza, e se entendermos isso e nos esquecermos de nosso eu exterior, esses ventos poderão ser nossos instrumentos.

Assim é na vida. Enquanto o homem apegar-se ao seu eu exterior - e apegar-se a cada forma que ele assume quando sua “pele mortal” é deixada de lado - ele estará tentando afastar um furacão com o sopro de seus pulmões. Tal esforço é inútil e vão; porque os grandes ventos da vida, cedo ou tarde, o dominarão. Mas se ele mudar sua atitude  dentro de si mesmo, se ele agir sabendo que seu corpo, seus desejos, suas paixões e seu cérebro não são ele mesmo - embora ele esteja a cargo deles e seja responsável por eles -;  se tentar lidar com eles como partes da natureza, então poderá ter a esperança de tornar-se uno com as grandes marés do ser,  e de alcançar, finalmente,  o lugar pacífico do autoesquecimento.

Fonte: http://www.filosofiaesoterica.com/

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