Dirigido por Joseph Kosinski. Com: Jeff Bridges, Garrett Hedlund, Olivia Wilde, Bruce Boxleitner, Beau Garrett, Anis Cheurfa, Cillian Murphy, Michael Sheen.
Lançado em 1982, Tron – Uma Odisséia Eletrônica entrou para a história do Cinema ao se tornar o primeiro filme a usar amplamente efeitos criados em computador, seja em cenas completamente concebidas virtualmente ou em seqüências que combinavam cenários digitais e atores de carne-e-osso. Já seu roteiro era uma bagunça que não fazia o menor sentido, mas isto não fez a menor diferença para os espectadores da época, que ficaram fascinados diante do visual inovador da produção. Inacreditáveis 28 anos depois, eis que surge esta continuação, que, apropriadamente, mais uma vez investe com muito mais dedicação em seus efeitos visuais do que em sua história.
Escrito por Edward Kitsis e Adam Horowitz (ambos da série Lost) a partir de argumento concebido ao lado de Brian Klugman e Lee Sternthal, Tron – O Legado tem início sete anos depois dos acontecimentos vistos no original. Presidente bem-sucedido da Encom, Kevin Flynn (Bridges) desaparece certa noite, deixando órfãos seu filho Sam e a empresa, que, 21 anos depois, está prestes a trair todos os princípios do sujeito ao lançar um produto defeituoso criado por Edward Dillinger (Cillian Murphy, o espantalho do Batman), herdeiro do vilão do primeiro filme. É então que Sam descobre o paradeiro do pai, que se encontra preso na Grade – o mundo virtual que vinha criando e que agora é dominado por CLU (também Bridges), o programa desenvolvido por Flynn para cuidar daquele universo.
É notario o esforço para manter o nível e ritmo do original. Mas o mais importante é perceber como a Grade surge como uma clara evolução do mundo virtual habitado por Tron, CLU, Sark e pelo implacável MCP naquele filme: sim, há (muitos) novos personagens, ambientes e veículos, mas os velhos Reconhecedores (as naves em forma de “M”) e as motos de luz voltam em versões 2.0 que respeitam os designs originais ao mesmo tempo em que os modernizam – e até mesmo a arena em que a corrida/combate é disputada ganha novos níveis, tornando o confronto mais emocionante e dinâmico. Tome nota é um dos pontos altos do filme
Já a trama, embora mais coesa do que aquela que amarrava Uma Odisséia Eletrônica, permanece rasa, ainda que ganhe pontos importantes ao permitir que Jeff Bridges surja em três versões diferentes: como o Kevin Flynn de cerca de 30 anos de idade e sua encarnação envelhecida e também como o programa CLU. Claramente divertindo-se ao compor o velho Flynn como uma espécie de Mestre Jedi hippie (suas gírias denunciam sua idade), o ator é responsável pelos melhores momentos da produção, já que o jovem Garrett Hedlund, como Sam, exibe pouco carisma e nenhuma expressividade. Enquanto isso, Olivia Wilde ( uma das belas doutoras da Série Dr House), belíssima, comprova ter uma forte presença em cena mesmo presa a uma personagem que lhe oferece poucas oportunidades dramáticas – e, com isso, o destaque no elenco secundário fica por conta de Michael Sheen, que, investindo numa composição estranhíssima, rouba a cena ao viver o ambíguo Zuse como uma espécie de drag queen albina que cita Casablanca com a mesma desfaçatez com que executa passos de dança gratuitos e divertidos.
Mas é mesmo em seus aspectos técnicos que Tron – O Legado merece todos os elogios: com um design de produção ambicioso e coeso (percebam como os servidores da Encom exibem a mesma luz vermelha dos vilões do primeiro longa), o filme ainda impressiona graças aos seus excepcionais efeitos visuais – que falham apenas, é preciso dizer, no rejuvenescimento de Bridges, que, como o jovem Flynn, parece um boneco de cera, que poderia ser tornar nada convincente, se não fosse por esse bom ator. Da mesma forma, a trilha sonora composta pela dupla Daft Punk mostra-se acertada por trazer uma natureza eletrônica que, mais uma vez, remete à produção de 82 sem, com isso, abrir mão de sua originalidade.
Se voce puder assistir em 3D não perca a oportunidade, os efeitos foram feitos para esse tipo de exibição e quem assisti ao filme de forma normal (como eu) sai com o seguinte pensamento "É muito mais divertido em 3D". Em Belém temos apenas no Shopping da doca e no Pátio.
Esse blog é dedicado as pessoas que gostam de boas leituras e que sempre estão atrás de programas culturais que envolvam entretenimento e cultura. Sejam Bem Vindos e Aproveitem!!!! Edmilton C. Furtado
domingo, 2 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Qual a importância da descoberta de bactéria anunciada pela Nasa?
A Agência Espacial Americana (Nasa) anunciou no Dia da Astronomia, quinta-feira (2), que pesquisadores encontraram, em um lago da Califórnia, Estados Unidos, bactéria que incorpora o arsênio - um veneno letal para a maioria dos seres vivos - no DNA. O que, diziam empolgados os cientistas, terá impacto na busca de formas de vida extraterrestre. Mas por quê?
Em busca de uma explicação científica e compreensível para leigos, o Yahoo! entrevistou Carlos Alexandre Wuensche, professor titular e responsável pela linha de pesquisa em cosmologia do obersvatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O astrofísico é apaixonado pela astrobiologia, ciência que estuda a vida fora da Terra, desde 2004. E, com exclusividade, responde as principais dúvidas sobre o tema:
Yahoo! - Qual a importância da descoberta?
Carlos Alexandre Wuensche - O principal é que está confirmado, mas tem gente que contestou a pesquisa, que existem outras possiblidades de a vida se rearranjar, diferentemente do que conhecíamos até agora. A gente sabia que os seres vivos eram compostos por carbono, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, fósforo e enxofre. A supresa está nessa bactéria, no lugar do fósforo, usar arsênio. Para entender, imagine que o DNA é uma escada. O fósforo é a lateral da escada, neste caso, no lugar dele, há o arsênio. Além disso, trata-se do inesperado porque o arsênio é um veneno para a maioria das espécies.
Y! - Por que alguns pesquisadores contestam a descoberta?
CAW - Quem contesta diz que o arseniato no lugar do fosfato deveria gerar uma reação química que desmontaria a estrutura do DNA. Mesmo assim, a descoberta é fantástica porque deve haver uma reação que a gente não conhece que estabiliza o DNA composto com arseniato. Agora, os pesquisadores estão procurando outras bactérias em lugares ricos em arsênio para checar se existem outras semelhantes.
Y! - Mas já existia hipótese de vida baseada em outros elementos químicos, não é?
CAW - Um artigo, publicado em 2003, falava da hipótese de vida baseada em silício. O problema é que ele possui uma série de limitações físicas. No lugar da água - que permite que aconteçam processos químicos que dão origem à vida -, deve existir nitrogênio, amônia ou metano líquido. Mesmo assim, um fator complica essa criação. O silício trabalha em temperatura abaixo de zero, em por volta de -200 ºC. O metabolismo nessa condição é mais lento e a energia é baixa, tornando essa formação mais complicada. Sem contar que nitrogênio, amônia ou metano líquido são menos abundantes que a água.
Y! - Por que os pesquisadores relacionaram a descoberta com a chance de encontrar vida fora da Terra?
CAW - Porque, até agora, a gente procurava algo parecido com o que conhecemos na Terra. Com a descoberta, há uma versatilidade para procurar vida fora do planeta. Pode ser que perdemos a chance de encontar vida fora do planeta, por não saber que certeza se existia desse tipo. Mas os pesquisadores não começaram o estudo, no lago da Califórnia, de olho nisso. Eles estudavam o lugar por ser muito salino e, mesmo assim, existirem bactérias vivendo bem lá. Sem querer, ao ver que o DNA incorpora o arsênio, surgiu a surpresa.
Y! - Quais as principais dificuldades em encontrar vida fora da Terra?
CAW - Desconsiderando encontrar vida inteligente, já que outra civilização teria que enviar um sinal para cá e a gente captar, pode ser que resquícios de bactérias que já existiram ou bactérias vivas sejam encontradas em Marte ou nas luas de Júpiter. Na Terra, mais de 99% dos organismos vivos são bactérias. Em Marte, por exemplo, há uma grande quantidade de gás metano. Sabe-se que o elemento pode ser derivado de respiração vegetal e o nitrogênio, por exemplo, de decomposição de sistemas vivos. Então, o subsolo do planeta pode estar repleto de bactérias ou, outra hipótese, é que alguma atividade geológica como vulcões gera o gás. O solo do planeta será escavado e analisado em busca de bactérias. A melhor maneira é ir até os planetas, luas, etc. Mas as distâncias entre eles e a Terra são muito grandes. Para chegar ao sistema estelar mais próximo de nós, o Alfa Centauri, seriam necessários 176 mil anos viajando na velocidade do ônibus espacial (28 mil km/h).
Y! - Por que por telescópio ainda não encotramos vida extraterrestre, já que podemos analisar os compostos de corpos celestes?
CAW - A gente tem que ter a sorte de apontar para o lugar certo. Além disso, para se ter uma ideia, de 500 planetas encontrados fora do Sistema Solar apenas no máximo seis são parecidos com a Terra. Talvez, a próxima geração de satélites seja capaz de ver mais longe e analisar os elementos químicos desses planetas.
Y! - Apesar de todos esses obstáculos, acredita-se que ainda encontraremos vida em outro lugar que não seja a Terra? Aliás, por que os cientistas insistem nas luas de Júpiter?
CAW - Pensando de maneira bem ortodoxa, se eu tiver que apostar uma garrafa de um bom vinho, diria que encontraríamos vida simples como bactérias dentro do Sistema Solar. Só não saberia dizer quando, pois seria um chute. Pode demorar 100 anos ou dez. As luas de Júpiter alimentam esperanças por terem um tamanho parecido com o da Terra e uma temperatura média acima de 0ºC, que consegue manter a água líquida - um ambiente bacana para as bactérias aparecerem. Uma vida mais complexa já é outra história. Primeiro, pois como surgiu a vida na Terra continua sendo um mistério. Aliás, esse é o pulo do gato. Depois, a evolução é algo mais complicado ainda. Envie uma bactéria para o espaço. É capaz que ela sobreviva em uma rocha por anos. Um ser humano morreria por vários motivos, falta de oxigênio, radiação, infecção.
Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil
Em busca de uma explicação científica e compreensível para leigos, o Yahoo! entrevistou Carlos Alexandre Wuensche, professor titular e responsável pela linha de pesquisa em cosmologia do obersvatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O astrofísico é apaixonado pela astrobiologia, ciência que estuda a vida fora da Terra, desde 2004. E, com exclusividade, responde as principais dúvidas sobre o tema:
Yahoo! - Qual a importância da descoberta?
Carlos Alexandre Wuensche - O principal é que está confirmado, mas tem gente que contestou a pesquisa, que existem outras possiblidades de a vida se rearranjar, diferentemente do que conhecíamos até agora. A gente sabia que os seres vivos eram compostos por carbono, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, fósforo e enxofre. A supresa está nessa bactéria, no lugar do fósforo, usar arsênio. Para entender, imagine que o DNA é uma escada. O fósforo é a lateral da escada, neste caso, no lugar dele, há o arsênio. Além disso, trata-se do inesperado porque o arsênio é um veneno para a maioria das espécies.
Y! - Por que alguns pesquisadores contestam a descoberta?
CAW - Quem contesta diz que o arseniato no lugar do fosfato deveria gerar uma reação química que desmontaria a estrutura do DNA. Mesmo assim, a descoberta é fantástica porque deve haver uma reação que a gente não conhece que estabiliza o DNA composto com arseniato. Agora, os pesquisadores estão procurando outras bactérias em lugares ricos em arsênio para checar se existem outras semelhantes.
Y! - Mas já existia hipótese de vida baseada em outros elementos químicos, não é?
CAW - Um artigo, publicado em 2003, falava da hipótese de vida baseada em silício. O problema é que ele possui uma série de limitações físicas. No lugar da água - que permite que aconteçam processos químicos que dão origem à vida -, deve existir nitrogênio, amônia ou metano líquido. Mesmo assim, um fator complica essa criação. O silício trabalha em temperatura abaixo de zero, em por volta de -200 ºC. O metabolismo nessa condição é mais lento e a energia é baixa, tornando essa formação mais complicada. Sem contar que nitrogênio, amônia ou metano líquido são menos abundantes que a água.
Y! - Por que os pesquisadores relacionaram a descoberta com a chance de encontrar vida fora da Terra?
CAW - Porque, até agora, a gente procurava algo parecido com o que conhecemos na Terra. Com a descoberta, há uma versatilidade para procurar vida fora do planeta. Pode ser que perdemos a chance de encontar vida fora do planeta, por não saber que certeza se existia desse tipo. Mas os pesquisadores não começaram o estudo, no lago da Califórnia, de olho nisso. Eles estudavam o lugar por ser muito salino e, mesmo assim, existirem bactérias vivendo bem lá. Sem querer, ao ver que o DNA incorpora o arsênio, surgiu a surpresa.
Y! - Quais as principais dificuldades em encontrar vida fora da Terra?
CAW - Desconsiderando encontrar vida inteligente, já que outra civilização teria que enviar um sinal para cá e a gente captar, pode ser que resquícios de bactérias que já existiram ou bactérias vivas sejam encontradas em Marte ou nas luas de Júpiter. Na Terra, mais de 99% dos organismos vivos são bactérias. Em Marte, por exemplo, há uma grande quantidade de gás metano. Sabe-se que o elemento pode ser derivado de respiração vegetal e o nitrogênio, por exemplo, de decomposição de sistemas vivos. Então, o subsolo do planeta pode estar repleto de bactérias ou, outra hipótese, é que alguma atividade geológica como vulcões gera o gás. O solo do planeta será escavado e analisado em busca de bactérias. A melhor maneira é ir até os planetas, luas, etc. Mas as distâncias entre eles e a Terra são muito grandes. Para chegar ao sistema estelar mais próximo de nós, o Alfa Centauri, seriam necessários 176 mil anos viajando na velocidade do ônibus espacial (28 mil km/h).
Y! - Por que por telescópio ainda não encotramos vida extraterrestre, já que podemos analisar os compostos de corpos celestes?
CAW - A gente tem que ter a sorte de apontar para o lugar certo. Além disso, para se ter uma ideia, de 500 planetas encontrados fora do Sistema Solar apenas no máximo seis são parecidos com a Terra. Talvez, a próxima geração de satélites seja capaz de ver mais longe e analisar os elementos químicos desses planetas.
Y! - Apesar de todos esses obstáculos, acredita-se que ainda encontraremos vida em outro lugar que não seja a Terra? Aliás, por que os cientistas insistem nas luas de Júpiter?
CAW - Pensando de maneira bem ortodoxa, se eu tiver que apostar uma garrafa de um bom vinho, diria que encontraríamos vida simples como bactérias dentro do Sistema Solar. Só não saberia dizer quando, pois seria um chute. Pode demorar 100 anos ou dez. As luas de Júpiter alimentam esperanças por terem um tamanho parecido com o da Terra e uma temperatura média acima de 0ºC, que consegue manter a água líquida - um ambiente bacana para as bactérias aparecerem. Uma vida mais complexa já é outra história. Primeiro, pois como surgiu a vida na Terra continua sendo um mistério. Aliás, esse é o pulo do gato. Depois, a evolução é algo mais complicado ainda. Envie uma bactéria para o espaço. É capaz que ela sobreviva em uma rocha por anos. Um ser humano morreria por vários motivos, falta de oxigênio, radiação, infecção.
Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil
Matéria e antimatéria podem ser criadas do nada
Sob as condições adequadas - que incluem um feixe de laser de ultra-alta intensidade e um acelerador de partículas de dois quilômetros de extensão - pode ser possível criar algo do nada.
É o que garante Igor Sokolov e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O grupo desenvolveu novas equações que descrevem como um feixe de elétrons de alta energia, combinado com um intenso pulso de laser, pode rasgar o vácuo, liberando seus componentes fundamentais de matéria e antimatéria, e desencadear uma cascata de eventos que gera pares adicionais detectáveis de partículas e antipartículas.
Não é a primeira vez que cientistas afirmam que um super laser pode criar matéria do nada. De um nada que não é exatamente ausência de tudo, mas uma sopa fervilhante de ondas e campos de todos os tipos, onde partículas virtuais surgem e desaparecem o tempo todo.
Em 2008, um artigo publicado na revista Science descreveu como a matéria se origina de flutuações do vácuo quântico.
"Agora nós pudemos calcular como, a partir de um único elétron, podem ser produzidas várias centenas de partículas. Acreditamos que isso acontece na natureza, perto de pulsares e estrelas de nêutrons," afirma Igor Sokolov, um dos autores do estudo.
Foi um grupo de brasileiros que demonstrou recentemente que uma estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico.
Na base de todos estes trabalhos está a idéia de que o vácuo quântico não é exatamente o nada.
"É melhor dizer, acompanhando o físico teórico Paul Dirac, que um vácuo, ou um nada, é a combinação de matéria e antimatéria - partículas e antipartículas. Sua densidade é tremenda, mas não podemos perceber nada delas porque seus efeitos observáveis anulam-se completamente," disse Sokolov.
Em condições normais, matéria e antimatéria destroem-se mutuamente assim que entram em contato uma com a outra, emitindo raios gama, que já se imaginou aproveitar para construir um laser de raios gama.
"Mas sob um forte campo eletromagnético, este aniquilamento, que tipicamente funciona como um ralo de escoamento, pode ser a fonte de novas partículas," explica John Nees, coautor do estudo. "No curso da aniquilação, surgem fótons gama, que podem produzir elétrons e pósitrons adicionais."
Um fóton gama é uma partícula de luz de alta energia. Um pósitron é um anti-elétron, uma partícula gêmea do elétron, com as mesmas propriedades, mas com carga positiva.
Reação em cadeia
Os que os cientistas calculam é que os fótons de raios gama produzirão uma reação em cadeia que poderá gerar partículas de matéria e antimatéria detectáveis.
Em um experimento, preveem eles, um campo de laser forte o suficiente irá gerar mais partículas do que as injetadas por meio de um acelerador de partículas.
No momento, não existe nenhum laboratório que tenha todas as condições necessárias - um super laser e um acelerador de partículas - para testar a teoria.
Mas, para Sokolov, o tema já é fascinante o suficiente do ponto de vista filosófico.
"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência," afirma ele. "Ela está profundamente incorporada não apenas nos fundamentos da física teórica, mas também da nossa percepção filosófica de tudo - da realidade, da vida, e até mesmo da questão religiosa sobre se o mundo poderia ter vindo do nada."
Recentemente, físicos do LHC conseguiram capturar antimatéria pela primeira vez - veja também CERN dá mais um passo no estudo da antimatéria.
Bibliografia:
Pair Creation in QED-Strong Pulsed Laser Fields Interacting with Electron Beams
Igor Sokolov, Natalia Naumova, John Nees, Gérard Mourou
Physical Review Letters
December 2010
Vol.: 105 (19)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.105.195005
É o que garante Igor Sokolov e seus colegas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O grupo desenvolveu novas equações que descrevem como um feixe de elétrons de alta energia, combinado com um intenso pulso de laser, pode rasgar o vácuo, liberando seus componentes fundamentais de matéria e antimatéria, e desencadear uma cascata de eventos que gera pares adicionais detectáveis de partículas e antipartículas.
Criar matéria do nada
Não é a primeira vez que cientistas afirmam que um super laser pode criar matéria do nada. De um nada que não é exatamente ausência de tudo, mas uma sopa fervilhante de ondas e campos de todos os tipos, onde partículas virtuais surgem e desaparecem o tempo todo.
Em 2008, um artigo publicado na revista Science descreveu como a matéria se origina de flutuações do vácuo quântico.
"Agora nós pudemos calcular como, a partir de um único elétron, podem ser produzidas várias centenas de partículas. Acreditamos que isso acontece na natureza, perto de pulsares e estrelas de nêutrons," afirma Igor Sokolov, um dos autores do estudo.
Foi um grupo de brasileiros que demonstrou recentemente que uma estrela de nêutrons pode acordar o vácuo quântico.
O que é o nada?
Na base de todos estes trabalhos está a idéia de que o vácuo quântico não é exatamente o nada.
"É melhor dizer, acompanhando o físico teórico Paul Dirac, que um vácuo, ou um nada, é a combinação de matéria e antimatéria - partículas e antipartículas. Sua densidade é tremenda, mas não podemos perceber nada delas porque seus efeitos observáveis anulam-se completamente," disse Sokolov.
Em condições normais, matéria e antimatéria destroem-se mutuamente assim que entram em contato uma com a outra, emitindo raios gama, que já se imaginou aproveitar para construir um laser de raios gama.
"Mas sob um forte campo eletromagnético, este aniquilamento, que tipicamente funciona como um ralo de escoamento, pode ser a fonte de novas partículas," explica John Nees, coautor do estudo. "No curso da aniquilação, surgem fótons gama, que podem produzir elétrons e pósitrons adicionais."
Um fóton gama é uma partícula de luz de alta energia. Um pósitron é um anti-elétron, uma partícula gêmea do elétron, com as mesmas propriedades, mas com carga positiva.
Reação em cadeia
Os que os cientistas calculam é que os fótons de raios gama produzirão uma reação em cadeia que poderá gerar partículas de matéria e antimatéria detectáveis.
Em um experimento, preveem eles, um campo de laser forte o suficiente irá gerar mais partículas do que as injetadas por meio de um acelerador de partículas.
No momento, não existe nenhum laboratório que tenha todas as condições necessárias - um super laser e um acelerador de partículas - para testar a teoria.
Mas, para Sokolov, o tema já é fascinante o suficiente do ponto de vista filosófico.
"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência," afirma ele. "Ela está profundamente incorporada não apenas nos fundamentos da física teórica, mas também da nossa percepção filosófica de tudo - da realidade, da vida, e até mesmo da questão religiosa sobre se o mundo poderia ter vindo do nada."
Recentemente, físicos do LHC conseguiram capturar antimatéria pela primeira vez - veja também CERN dá mais um passo no estudo da antimatéria.
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"A questão básica do que é o vácuo, o que não é o nada, vai além da ciência." [Imagem: iStockphoto/Evgeny Kuklev/Umich] |
Bibliografia:
Pair Creation in QED-Strong Pulsed Laser Fields Interacting with Electron Beams
Igor Sokolov, Natalia Naumova, John Nees, Gérard Mourou
Physical Review Letters
December 2010
Vol.: 105 (19)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.105.195005
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Não tem Festa de Ano Novo na Estação????
Caros o governo Ana Júlia cometeu vários absurdos e para fechar com Chave de ouro esse desastroso governo, não teremos a tradicional queima de fogos e nem festa de Réveillon na estação das docas. Festa tradiconal a mais de 10 anos na cidade.
Este ano, a Estação das Docas não realizará a já tradicional festa de Réveillon. A dificuldade na captação de recursos para a promoção do evento impossibilitou o mesmo, segundo a diretoria da festa. Desta forma, informamos os horários de funcionamento do complexo no feriado de Ano Novo:
31/12 – das 12 às 16 horas
01/01 – das 10 às 3 horas
![]() |
Festa de Ano Novo - Estação Docas |
Caros o governo Ana Júlia cometeu vários absurdos e para fechar com Chave de ouro esse desastroso governo, não teremos a tradicional queima de fogos e nem festa de Réveillon na estação das docas. Festa tradiconal a mais de 10 anos na cidade.
Este ano, a Estação das Docas não realizará a já tradicional festa de Réveillon. A dificuldade na captação de recursos para a promoção do evento impossibilitou o mesmo, segundo a diretoria da festa. Desta forma, informamos os horários de funcionamento do complexo no feriado de Ano Novo:
31/12 – das 12 às 16 horas
01/01 – das 10 às 3 horas
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
A Filosofia Ontem e Hoje
A filosofia tem sido representada muitas vezes pela imagem de uma mulher mais ou menos séria, altiva e bonita que gera ao seu redor sentimentos desencontrados: de atração e dificuldade, de anseio e admiração, desejo e recusa.
Talvez a culpa não seja de seu porte digno, nem de sua roupa, mas sim do texto que, às vezes, leva na mão, ao que muitos tacham de incompreensível ou inútil, por não responder às suas necessidades imediatas ou ao programa de vida diário. Tudo isso responde à realidade da Filosofia Antiga, ou é uma deformação gerada pela longa viagem que sua imagem realizou no tempo?
Perguntemo-nos: gostaríamos de ser feliz, não ter carências, ser fortes na adversidade, ser livres e bons? Gostaríamos de ter uma vida plena e perfeita, viver divinamente?
Pois tudo isso e muito mais são dons da sabedoria e a Filosofia é o amor à Sabedoria.
Acabamos de descobrir a pólvora mais uma vez, sabemos o que procuramos, mas a questão é: sabemos como encontrar? Porque desejar não é difícil, o difícil é encontrar, e será tão mais difícil se não colocarmos os meios, se não formos responsáveis com nossos desejos mais íntimos. O absurdo ou paradoxo humano mais freqüente é procurar algo e caminhar na direção contrária, assim é como nos perdermos, nos sentimos longe da meta, desorientados e sós.
E ainda nos perguntamos: essa sabedora ou vida perfeita e plena, está fora de nós? É algo que podemos conseguir? Não, não é possível! O fim mais nobre da vida não pode depender das circunstâncias, tem que depender de nós mesmos. Ao não poder controlar as circunstâncias nem os outros estaríamos nas mãos de nossa namorada, marido, pais, amigos, instituições, forças da natureza... O mundo teria que ser a nossa medida, e não, não é!
Ortega dizia (e muitos o escutaram): "Eu sou eu e minhas circunstâncias."
Façamos um simples esquema:
Circunstâncias ------- Eu
Dependência --------- Autonomia
Escravidão ----------- Liberdade
Sofrimento ---------- Felicidade
Mal ------------------- Bem
Ignorância ----------- Sabedoria
A Filosofia é o caminho que leva das circunstâncias ao Eu mesmo, da Ignorância à Sabedoria. Não é um instrumento, pois nasce no coração humano, não é exterior ao filósofo, é Amor (ou um desejo muito forte) que nasce no filósofo, não vem de fora, nem de Platão, nem de Sócrates, ou de Aristóteles, eles são somente um exemplo, algo que pode estimular-nos. A filosofia de cada um é seu Amor à perfeição da vida que é a Sabedoria. A Sabedoria está no Universo, mas nasce e se expressa no Sábio como um modelo, que pode ser seguido, mas não transferido.
A ignorância, entretanto, nasce de mim, da minha falta de Eu, de minha falta de ser. Logo, Como me aproximo da Sabedoria? Transformando-me pelo caminho do Amor à Sabedoria, pelo caminho da Filosofia. O instrumento sou eu, e me transformo servindo ao Amor, servindo à Filosofia. Aproximarmo-nos da Filosofia é aproximarmo-nos de nosso coração, de nossos desejos mais profundos, para a verdadeira meta da Vida. Nosso problema é, sobretudo, de atitude, de disposição equivocada e, também da falsa imagem do que é Filosofia.
Talvez a culpa não seja de seu porte digno, nem de sua roupa, mas sim do texto que, às vezes, leva na mão, ao que muitos tacham de incompreensível ou inútil, por não responder às suas necessidades imediatas ou ao programa de vida diário. Tudo isso responde à realidade da Filosofia Antiga, ou é uma deformação gerada pela longa viagem que sua imagem realizou no tempo?
Perguntemo-nos: gostaríamos de ser feliz, não ter carências, ser fortes na adversidade, ser livres e bons? Gostaríamos de ter uma vida plena e perfeita, viver divinamente?
Pois tudo isso e muito mais são dons da sabedoria e a Filosofia é o amor à Sabedoria.
Acabamos de descobrir a pólvora mais uma vez, sabemos o que procuramos, mas a questão é: sabemos como encontrar? Porque desejar não é difícil, o difícil é encontrar, e será tão mais difícil se não colocarmos os meios, se não formos responsáveis com nossos desejos mais íntimos. O absurdo ou paradoxo humano mais freqüente é procurar algo e caminhar na direção contrária, assim é como nos perdermos, nos sentimos longe da meta, desorientados e sós.
E ainda nos perguntamos: essa sabedora ou vida perfeita e plena, está fora de nós? É algo que podemos conseguir? Não, não é possível! O fim mais nobre da vida não pode depender das circunstâncias, tem que depender de nós mesmos. Ao não poder controlar as circunstâncias nem os outros estaríamos nas mãos de nossa namorada, marido, pais, amigos, instituições, forças da natureza... O mundo teria que ser a nossa medida, e não, não é!
Ortega dizia (e muitos o escutaram): "Eu sou eu e minhas circunstâncias."
Façamos um simples esquema:
Circunstâncias ------- Eu
Dependência --------- Autonomia
Escravidão ----------- Liberdade
Sofrimento ---------- Felicidade
Mal ------------------- Bem
Ignorância ----------- Sabedoria
Caminho Filosófico
A Filosofia é o caminho que leva das circunstâncias ao Eu mesmo, da Ignorância à Sabedoria. Não é um instrumento, pois nasce no coração humano, não é exterior ao filósofo, é Amor (ou um desejo muito forte) que nasce no filósofo, não vem de fora, nem de Platão, nem de Sócrates, ou de Aristóteles, eles são somente um exemplo, algo que pode estimular-nos. A filosofia de cada um é seu Amor à perfeição da vida que é a Sabedoria. A Sabedoria está no Universo, mas nasce e se expressa no Sábio como um modelo, que pode ser seguido, mas não transferido.
A ignorância, entretanto, nasce de mim, da minha falta de Eu, de minha falta de ser. Logo, Como me aproximo da Sabedoria? Transformando-me pelo caminho do Amor à Sabedoria, pelo caminho da Filosofia. O instrumento sou eu, e me transformo servindo ao Amor, servindo à Filosofia. Aproximarmo-nos da Filosofia é aproximarmo-nos de nosso coração, de nossos desejos mais profundos, para a verdadeira meta da Vida. Nosso problema é, sobretudo, de atitude, de disposição equivocada e, também da falsa imagem do que é Filosofia.
Por Delia Steinberg Guzmán
Co-diretora Internacional da Escola de Filosofia Nova Acrópole
domingo, 17 de outubro de 2010
Cirio 2010

Novamente em outubro a cidade se enfeita e o clima muda em Belém. Novamente as ruas ficaram lotadas e cheias de devoção e respeito a padroeira dos Paraenses. Novamente milhares de pessoas vão as ruas e cumprem suas promesas e renovam suas crenças e convicções.
Esse renovar de convições também acontece durante e depois da procissão por aqueles que não estão ali para simplesmente acompanhar a santa. Esses são os voluntarios que auxiliam a cruz vermelha. Este ano esse número ultrapassou o marca das 10 mil pessoas.
Oque move esses voluntarios? Acredito que seja uma forma diferente de devoção. Uma devoção a um pulsar da alma que se realizar ao ajuda o próximo. Afinal teria algum sentido para a nossa mentalidade comum de auxiliar alguém quando poderia estar ali para simplesmente agradeçer a uma benção divina? Infelizmente vivemos em um mundo onde o trabalho voluntario é pouco entendido e principalmente vivido.
Durante o Cirio a quantidade de pessoas assistidas pela cruz vermelha é enorme. Não é um trabalho facil e em alguns momentos é bastante conturbado. Mas toda a dificuldade e cansaço fisico é esquecido quando se faz necessário entrar em ação e salvar alguém e retira-lá do meio da multidão.
A resposta da maioria dos voluntarios, depois da batalha da procissão, foi de se sentir, apesar de esgotado, renovado.
Essa renovação, esse poder de conquistar novas energias da onde não sabiamos que tinhamos advém única e exclusivamente da capacidade humana de se lançar ao socorro do próximo. Talvez esse seja o nosso verdadeiro poder que é trazido junto com a satisfação do dever cumprido. E que possamos aprender mais está lição do mês de outubro, que podemos ser mais do que meros espectadores não apenas em uma procissão mas por que não da nossa vida e que sair da etapa de mero espectador é que vai fazer com quem possamos ser muito mais do que enxergamos hoje.
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Se você for aos cemitérios de Belém nas segundas feiras, vai encontrar diversos devotos acendendo velas em determinados túmulos, realizando...