quinta-feira, 25 de julho de 2013

Evolução do Wolverine.


A evolução visual do Wolverine

De carcaju amarelo a zumbi, conheça os estilos que marcaram a história do mutante

Natália Bridi ( Retirado do site do OMELETE)
24 de Julho de 2013

Para ser o melhor naquilo que faz, "mesmo que não seja nada agradável",
Wolverine já desfilou os mais variados figurinos. Inspirado pelos traços do
 carcaju - animal que vive em zonas frias da Sibéria, Escandinávia, Alasca e Canadá
o visual do mutante criado por Len Wein, John Romita Herb Trimpe passou
por uma paleta de cores variadas, perdeu mangas e ganhou pelos ao longo do anos.
Logan também já apareceu disfarçado com um tapa-olho, perdeu uma mão, encarnou um dos Cavaleiros do Apocalipse e acabou aos pedaços como zumbi. Confira a evolução visual do Wolverine, nos quadrinhos, no cinema e na TV:
1974 - Uniforme Amarelo Original
Wolverine 1974Wolverine 1974
Na sua primeira aparição em The Incredible Hulk #180/ 181, o Wolverine, imaginado por John Romita e desenhado por Herb Trimpe, tinha uma máscara com o nariz preto e bigodes. Originalmente, Len Wein, o cocriador do personagem, pretendia que as garras fossem fixas nas luvas e não retráteis.
1975 - Uniforme Amarelo Clássico
Wolverine 1975Wolverine 1975
Wolverine se juntou aos X-Men em Giant-Size X-Men #1. Reza a lenda que Gil Kane errou a mão na hora de desenhar a máscara do Wolverine na capa, dando ao herói orelhas no estilo do Batman e olhos brancos. O desenhista Dave Cockrum teria gostado da mudança e adaptou as páginas internas da revista para incorporar o novo visual do mutante. O uniforme voltaria a ser usado na década de 90, nos quadrinhos e na série animada dos X-Men.
1977 - Unifome Fang
Wolverine 1977
Em Uncanny X-Men #107Dave Cockrum achou que seria divertido, no seu último trabalho na série, desenhar um uniforme que fosse dar trabalho para o próximo artista da HQ. Na história, depois que sua roupa é destruída, Wolverine rouba o uniforme de Fang, membro da Guarda Imperial Shi'ar. O uniforme amarelo e marrom com detalhes feitos de ossos e caveiras foi usado em apenas duas edições. Uma versão deste mesmo traje seria apareceria anos depois no corpo de X-23, a clone de Wolverine criada em 2003.
1980 - Uniforme Marrom
Wolverine 1980
John Byrne levou o seu próprio design ao uniforme do mutante em Uncanny X-Men #139. Um ano antes, o desenhista já havia removido as mangas do uniforme, deixando expostos os característicos pelos do carcaju. Com algumas variações, o uniforme seria usado por quase toda a década de 80, aparecendo em clássicos como Eu, Wolverine (a saga japonesa desenhada por Frank Miller e escrita por Chris Claremont em 1982, base para Wolverine - Imortal). O uniforme também aparece, com variações, na série Wolverine: Origins de 2006, criada por Daniel Way e Steve Dillon, e em animações como X-Men: Evolution.
1981 - Traje Civil
Wolverine 1981Wolverine 1981
No arco Dias de Um Futuro Esquecido, publicado em Uncanny X-Men #141Chris ClaremontJohn Byrne e Terry Austin mostram um Wolverine do futuro envelhecido por fios grisalhos e usando calça, camiseta e jaqueta de aviador.
1988 - Uniforme Negro
Wolverine 1988Wolverine 1988
Quando estreou a sua série mensal, Wolverine ganhou uma roupa preta e pintura facial de John Buscema. Porém, na Uncanny X-Men o mutante continuava com o uniforme marrom.
1989 - Caolho
Wolverine 1989Wolverine 1988
Em Wolverine Vol. 2 #4, Logan se torna o bartender Caolho e começa a trabalhar como agente secreto em Madripoor, a ilha asiática do universo Marvel. Um simples tapa-olho bastou para encobrir a verdadeira identidade do mutante.
1991 - Azul e Dourado
Wolverine 1991
Durante o arco desenhado por Jim Lee, a partir de Uncanny X-Men #275, os X-Men ganharam uniformes inspirados no figurino da formação original do time de mutantes. Wolverine voltou ao traje marrom para o lançamento de X-Men #1.
1991 - Arma X
Wolverine 1991Wolverine 1991
Na década de 90, os mistérios sobre Wolverine começaram a ser desvendados. Em Marvel Comics Presents #72, o mutante aparece pela primeira vez com o seu visual de rato de laboratório, com cabos e fios pelo corpo.
1992 - Amarelo Clássico II
Wolverine 1992Wolverine 1992
Depois da saída de Chris ClaramontJohn Byrne voltou a colaborar com Jim Lee, queanunciou orgulhoso a volta do "verdadeiro" uniforme. Na versão de Lee para o traje clássico, as orelhas foram alongadas e o cinto comum deu lugar ao tradicional X. Além dos quadrinhos, o uniforme de Lee também aparece em X-Men: The Animated Series.
1992 - Equipe X
Wolverine 1992Wolverine 1992
Em X-Men Vol. #5, Wolverine relembra a primeira vez em que enfrentou Omega Red ao lado de Dentes-de-Sabre (então Victor Creed) e Maverick, marcando a primeira aparição das forças especiais no universo X-Men. O uniforme consiste em uma roupa preta coberta de cintos e bolsos em amarelo. O time também aparece em X-Men Origens: Wolverine, com uma formação diferente (e sem os uniformes), e nas animações X-Men: Animated Series e Wolverine and the X-Men.
1994 - Garras de Osso
Wolverine 1994Wolverine 1994
Em X-Men #25, Magneto extrai o Adamantium do corpo de Wolverine, revelando que seus ossos estavam apenas cobertos pelo metal e que o mutante já havia nascido com as garras.
1995 - Era do Apocalipse
Wolverine 1995Wolverine Apocalipse
Quando Legião, o filho de Xavier, viaja no tempo e acidentalmente mata o próprio pai, ele transforma dramaticamente a realidade dos X-Men. Em um mundo dominado por Apocalipse, Logan passa a chamar a si mesmo de Arma X e usa uma uma variação vermelha e azul do uniforme amarelo clássico. A mudança mais significativa, porém, é a ausência da mão esquerda do mutante, desintegrada pelas rajadas ópticas de Ciclope. Ainda assim, o Wolverine maneta manteve as suas garras.
1996 - Selvagem
Wolverine 1996Wolverine Selvagem
Depois de passar quase dois anos com as garras de osso, os fãs estavam começando a ficar ansiosos pela volta do Adamantium. Em Wolverine #100, o mutante recebeu novamente o tratamento de metal, mas seu corpo rejeitou o material, criando uma versão selvagem de Logan. Algumas edições depois, ele passou a usar uma bandana para cobrir o rosto. O arco foi rejeitado pelos fãs e o visual foi prontamente abandonado.
2000 - Morte
Wolverine 2000Wolverine 2000
Durante o arco Apocalyse: Os Doze, Wolverine é capturado e transformado no Cavaleiro da Morte de Apocalipse. O traje azul tem traços medievais e é ornado por caveiras de demônios e uma capa vermelha. Uma espada serve de acessório.
2000 - Filmes
Wolverine 2000Wolverine 2000Wolverine 2003
A versão de Bryan Singer apresentou o mutante nas versões civil (com calça, camisa/regata e jaqueta de courou) e uniformizada (couro preto com detalhes amarelos), sempre sem a máscara. Os figurinos dos filmes seguintes - X-Men 2 e X-Men 3 - O Confronto Final - seguiram na mesma linha, com pequenas variações. Além das garras, que despontam das juntas e não da metade da mão, a maior diferença do carcaju cinematográfico em relação aos dos quadrinhos está na altura. O personagem passou de nanico, com o seu 1,60m, para o alto dos 1,90m de Hugh Jackman.
2000 - X-Men Evolution
Wolverine 2000
O uniforme da série animada tem como base o traje marrom e coloca Logan para salvar o dia de preto, laranja e botas longas.
2001 - Origem
Wolverine Origem
A minissérie criada por Paul Jenkins e Andy Kubert nos apresentou a James Howlett, o menino doente que passava seus dias de camisola no final de 1800 até que uma tragédia dá início a transformação do menino frágil no famoso mutante.
2001 - Ultimate
Wolverine 2001Wolverine 2001
Na versão da Marvel para os novos leitores, Wolverine adotou o amarelo e preto como cores.
2001 - Couro
Wolverine 2001Wolverine 2001
Gran Morrinson e Frank Quitely alinharam o visual dos quadrinhos com o filme em New X-Men #114, dando a Logan um uniforme de couro preto com detalhes em amarelo.
2002 - Evolution II
Wolverine 2002
A terceira temporada de X-Men:Evolution introduziu um novo traje, seguido a estética dos filmes: preto, amarelo e nada de máscara.
2003 - Ultimate II
Wolverine 2003Wolverine Ultimate
Wolverine ganhou uma variação do uniforme original do universo Ultimate, acrescentando mais detalhes ao traje.
2004 - Astonishing
Wolverine 2004Wolverine 2004
A versão de Joss Whedon e John Cassady representou um retorno ao visual original do mutante, com um traje azul e amarelo e a máscara com orelhas menores. Um uniforme parecido também aparece na animação Wolverine and the X-Men, de 2009.
2005 - Zumbi
Wolverien zumbiWolverine Zumbi
Na versão zumbi do universo Marvel, na Terra-2149, todos os heróis e vilões foram infectados com o vírus dos mortos-vivos. O visual consiste em um Wolverine sem fator de cura, perdendo os pedaços a cada conflito.
2008 - X-Force
Wolverine 2008Wolverine 2008
Apesar de manter o uniforme Astonishig, Wolverine também passou a usar um traje preto e cinza nas missões da X-Force.
2008 - Velho Logan
Wolverine 2008Wolverine 2008
Em Wolverine Vol. 3 #67, Mark Millar Steve McNiven se inspiraram em Clint Eastwood e Os Imperdoáveis para mostrar um Wolverine velho, com os cabelos curtos, em um futuro sem heróis. Aposentado, ele aceita soltar suas garras mais uma vez.
2009 - Origens
Wolverine 2009
Regata branca, calça e uma eventual jaqueta de couro formam o traje oficial de Wolverine no seu primeiro filme solo.
2011 - Anime
Wolverine 2011Wolverine  2011
Na versão para a animação japonesa da Marvel, Logan aparece em Marvel Anime: Wolverine com um visual civil, marcado por uma camisa/jaqueta vermelha (inspirado no visual do Wolverine Caolho de 1989). Já em Marvel Anime: X-Men, o mutante ganha um visual mais pesado em azul, preto e amarelo.
2013 - Imortal
Wolverine 2013
Para a versão cinematográfica da saga japonesa do herói, o diretor James Mangold preferiu dispensar o uniforme marrom dos quadrinhos, deixando Logan apenas de calça e sem camisa.

sábado, 8 de junho de 2013

Liberte a sua vida do supérfluo (Stefano D’Anna)

Liberte a sua vida do supérfluo (Stefano D’Anna)


O objetivo deste artigo é ajudá-lo a trazer de volta para sua vida "A alegria de viver" - o gozo alegre da existência como a condição natural do homem e como o seu direito de nascimento. Existe uma maneira de sair do labirinto e de escapar da prisão auto-criada de angústia metafísica humana e do sentido moderno de desespero: livre-se de qualquer coisa supérflua. O segredo de uma jornada de vida agradável é viajar leve.

Uma loja mal gerenciada

Nossa vida se parece com uma loja mal gerenciada, está superlotada com muitos artigos e os ítens estão com preços de forma aleatória. As coisas que são de grande valor, nós vendemos mais barato, mas o lixo tem etiquetas de preços ridiculamente alta. Continuar desta maneira, significa fracasso certo ...
Devemos assumir esta loja e fazer um nova gestão. Devemos trazer a luz de nossa atenção qualquer canto e recesso em nossa vida, devemos fazer um inventário do que é necessário e o que não é, se livrando do supérfluo; eliminando o lastro físico e emocional. Veremos que tudo o que não é parte da liberdade, da integridade e da realidade irá desaparecer e somente o que é digno e importante vai permanecer.

Devemos fazê-lo porque a nossa energia é limitada e se usarmos para coisas desnecessárias, não poderemos usar para acessar as zonas mais elevadas do nosso ser, onde habita a criatividade, idéias inovadoras, soluções de beleza, de vitória, de um sentido de grandeza e de ausência de todos os limites

Uma vida superlotada

Observe a sua vida: olhe para dentro e para fora de si mesmo, olhe para o seu guarda-roupa, abra suas gavetas, explore sua geladeira e com um mínimo de atenção e observação imparcial você vai descobrir que há superlotação, onde quer que você olhe, uma variedade de tecidos, vestuário, vestidos, trajes, roupas e objetos de todos os tipos que só ocupam espaço. E se você observar o seu Ser e fazer um inventário do que você vê, você vai encontrar a superlotação de sentimentos, desejos, gostos, desgostos, pensamentos pessimistas, fantasias, esperanças, ambições, segredos, memórias dolorosas, medos, incertezas, atrações conflitantes, desejos opostos, amores e ódios, aversões, e acima de tudo um lastro de sentimentos desagradáveis​​, emoções negativas e imaginações destrutivas.

Um senso de discernimento

A fim de aliviar a sua vida, você precisa usar a discriminação para determinar o que é essencial e o que é supérfluo, o que é útil e o que é inútil, o que é real e o que é falso e enganoso. Isso requer que uma pessoa desenvolva um senso de discernimento, a fim de estar ciente do que está em primeiro lugar em sua existência.

Diógenes e a Filosofia Cínica

No século 5 antes de Cristo, uma antiga escola de filósofos gregos, conhecidos como os Cínicos, acreditavam viver uma vida simples em harmonia com a natureza e livre de todos os bens. Eles rejeitavam todos os desejos convencionais de riqueza, poder, sexo e fama.
O líder e modelo dos filósofos Cínicos foi Diogene de Sinope (atual Turquia), que levou esta filosofia ao extremo, habitando em um barril nas ruas de Atenas.
Há muitos anedotos sobre este homem. O mais famoso deles é sobre seu encontro com Alexandre, o Grande. Quando Alexandre foi até Diogenes,  atraído por sua fama de grande filósofo, encontrou-o inativo, fora de seu barril, tomando banho de sol. Quando Alexandre perguntou se ele poderia fazer algo por ele, Diógenes respondeu: saia de frente da luz do sol! Alexandre ficou tão impressionado que disse: "na verdade, se eu não fosse Alexandre eu desejaria ser Diógenes".

Ele disse que andava ao redor de Corinto com uma lâmpada acesa durante o dia, à procura de "um ser humano" e, evidentemente, não encontrava nenhum. Diógenes é também um bom exemplo de que a frugalidade pode estender nossa expectativa de vida. Ele morreu em seu barril, com a idade de 96 no mesmo dia que Alexandre, o Grande.

Diogenes e Alexandre.



A Álgebra da felicidade

Estamos convencidos desde a infância que mais é melhor do que menos, que a adição é melhor do que a redução. Por uma questão de fato, a capacidade de alcançar poder, lucidez e felicidade trabalham da maneira exatamente oposta.
A abstinência do asceta, a solidão do eremita e a frugalidade do monge, revelam ser a expressão da mesma inteligência - aspectos diferentes do um, a busca atemporal que já foi ligada às disciplinas marciais e a vigília do guerreiro.

Especialmente na educação, pensamos que adicionar conteúdo e noções de multiplicação é a verdadeira essência do nosso crescimento psicológico e intelectual. Na realidade, a verdadeira educação consiste em eliminar mais do que adicionar. Eliminar o medo, os preconceitos e quaisquer limites, juntamente com as idéias não originais, concepções obsoletas e esquemas mentais é muito mais importante do que memorizar qualquer noção particular. Conhecer a si mesmo não tem paralelo com qualquer outro conhecimento.
Um primeiro e simples passo, um bom começo para iluminar sua vida e seu corpo, pode se dar com o início da limpesa de sua geladeira, prometendo a si mesmo que logo depois de limpá-la, você vai passar mais adiante e se livrar de tudo que é inútil.

Os próprios guerreiros macedônios, considerados por toda a antiguidade como sendo os modelos incomparáveis ​​de bravura e força, eram de frugalidade lendária. Eles dormiam sobre a terra nua e mesmo em tempos de resistência extrema e enquanto empreendiam os esforços mais difíceis, comiam apenas um punhado de azeitonas. E, no entanto, eles foram incansáveis, os mais temíveis dos guerreiros e um verdadeiro pesadelo para seus inimigos.

Ao investigar mais descobri que Arrian, um dos historiadores que escreveu as façanhas de Alexandre, o Grande, em seu livro "Anabasis Alexandrou ',  resumiu as regras alimentares e o segredo de sua energia ilimitada em uma única frase: "... ele tinha sido treinado para ser frugal:. no café da manhã, uma marcha antes do amanhecer, para o jantar, uma refeição leve"

Você vai descobrir que a eliminação deliberada de algo supérfluo – a evasão de apenas uma grama de alimento ou abstinência de apenas um minuto de sono é poderoso, lançando sérias dúvidas sobre todo o sistema de crenças do  homem e eu equilíbrio artificial.

O conto de fadas dos Sábios Magos.

Eu tenho um conto de fadas, é uma fábula que você nunca ouviu falar sobre uma terra imaginária no extremo, com toda abundância que o coração de um homem poderia desejar. A palavra escassez não existia no seu pensamento ou na sua língua. No entanto, os seus habitantes eram irremediavelmente infelizes. Nada parecia ser capaz de trazer alegria para sua existência sombria, nada podia trazer um alívio momentâneo de seu permanente estado de tristeza.

Um dia, os sábios assistentes se reuniram e decidiram aplicar um remédio excepcional. Eles proibiram qualquer possível fonte ou manifestação de felicidade e "dolce vita", tornando ilegal até mesmo a menor exaltação do espírito. Discotecas, bares, restaurantes ao ar livre, salas de música e teatros foram fechados.  A televisão voltou a ser preto-e-branco e foi autorizado a transmitir apenas cinza e insuportável tédio ou horror. As pessoas foram separadas por sexo na escola e no trabalho, os contatos entre machos e fêmeas foram restritos em todos os sentidos. As mulheres foram obrigadas a cobrir suas cabeças e esconder seus corpos. Uma unidade especial da polícia foi criada para impedir qualquer contato entre os jovens, que foram proibidos de dar um beijo ou um abraço, ou qualquer carinho fora da câmara nupcial.

O contrabando de Felicidade

Foi o que exatamente aconteceu de acordo com os planos dos sábios magos. Proibir a felicidade incentivou e impulsionou seu contrabando. E foi assim que se tornou uma arte refinada, um caso proibido, tudo era fora da lei, beber álcool era proibido, olhar para qualquer expressão possível de um prazer mundano era proibido. Com isso, as pessoas perseguiam a felicidade com uma incessante, obstinada e tenaz determinação. O que era dado como certo em qualquer outro lugar, como beber um copo de vinho ou de ter um compromisso social ou romântico, neste país ganhou o sabor do proibido e o aroma inigualável da tentação e do pecado. Como aconteceu com a proibição do álcool nos Estados Unidos, o contrabando de felicidade, embora arriscada, tornou-se uma atividade popular que era impossível parar ou evitar. "La alegria de viver", o prazer alegre de existência, atingiu novas alturas desconhecidas nas capitais do mundo de requinte e bom gosto.

Por sua incessante atividade filantrópica, os sábios assistentes não receberam nenhum agradecimento. Pelo contrário, tornaram-se objeto da hostilidade dos cidadãos. Eles suportaram com paciência essas atitudes hostis, tolerando uma explosão de revoltas, foram perseverantes em suas ações repressivas e conscientes de que negar a felicidade para o povo era a única maneira de fortalecer e promover a sua busca por esse prazer.

Uma sensação de formigamento vibrando

Se você começar a eliminar o supérfluo de sua vida, você vai logo reconhecer a sensação de felicidade. É um sentimento que significa ser completo, unido e inteiro, que recebemos através da escuta do corpo quando ele ressoa com prazer e alegria como uma criança. É um formigamento, sensação de vibração sob a pele que sentimos na nossa infância e que quase todos os adultos esqueceram.
O adulto é uma criança que perdeu a capacidade de sonhar e de se alegrar. Essa sensação abaixo da pele, perdida ou ignorada por muitos, é a mais preciosa. É o indicador físico de sua integridade, é uma sensação de plenitude, uma emoção que pode ser sentida somente por um homem que se livrou do fardo inútil das coisas.


Stefano D’Anna - Autor de a Escola dos Deuses.

Mais uma vez, o Amor...


Mais uma vez, o Amor...

E lá se vai mais um dia dos namorados; como o comércio é temático e colore as nossas cidades, circulamos por alguns dias no meio de inúmeros cupidos, corações vermelhos,  fotos  de  casais  apaixonados... e voltamos nossa atenção para o amor, embora não para entendê-lo, mas sim para desfrutar dele, como emoção súbita que quebra a monotonia e introduz um sabor diferente, mais ou menos intenso, mais ou menos duradouro, na nossa vida.

Alguns  filósofos, seres com mania de querer entender as coisas, em vez de apenas saboreá-las, costumavam dizer que o amor é a busca daquilo que nos falta; com esse pensamento em mente, eu saí por aí olhando um pouco para o mundo e para mim mesma, e a catalogar quantas coisas nos faltam. Na vitrine da perfumaria, cheia  de imagens de amor, eu vi muitas rosas tristes, morrendo precocemente, amontoadas num vaso, sem água fresca, sem ar. Serão trocadas amanhã; afinal, elas têm preço, não tem valor; não há tempo para pensar em vasos... é tempo de pensar em amor! O homem maltrapilho recolhe as moedas que o jovem apressado lhe dá, e fica, alguns segundos, perplexo, olhando para elas; talvez não quisesse apenas moedas ou principalmente moedas, mas um olhar, um sorriso que lhe lembrasse que ele existe para alguém. A placa de trânsito, vandalizada, se equilibra pateticamente numa só perna, tentando, com a dignidade possível, cumprir ainda sua função: sinalizar o caminho para os homens que correm atrás do amor.

o Amor está morto?

Os homens passam uns pelos outros sem uma palavra ou olhar: o que dizer a um estranho? Com um pouco mais  de tempo, talvez percebessem que o outro é só mais uma frente de batalha contra o mesmo inimigo: a dor, a ignorância, o medo, a impotência ante a adversidade; com um pouco mais de tempo, olhariam talvez para o outro e diriam, ainda que silenciosamente: “E aí, companheiro? Como foi com a preguiça e a tristeza, hoje? E a motivação, e os sonhos, tudo ok? Força aí, parceiro!” Mas que bobagem, não há tempo para isso; há que chegar a algum lugar e despejar sobre o eleito do nosso coração todas as nossas expressões ruidosas de amor. Há que atravessar um caminho mudo de amor, passando por ruas e casas e animais e coisas e gente vazia de amor. Passar rápido, de cabeça baixa, deixando um rastro seco para trás, pois há que relembrar a alguém o quanto o amamos, entenda-se, o quanto nos deve, pois tanto “sentimento” não pode ficar sem contrapartida...

Peço desculpas ao publicitário, à moça da perfumaria, ao rapaz da floricultura, a todos, enfim, pois os filósofos são meio desmancha-prazeres. Se lhes falam de amor, imaginem, querem saber o que é isso, e, uma vez razoavelmente entendido, querem usar para valer; não se sentam, lânguidos, em bancos de praças, chorando pelos amores perdidos... Pedir amor a um filósofo é como dar, a uma criança, uma grande caixa de lápis de cor. “Pinte só o que é seu, querida!” E ela te sorrirá com um sorriso matreiro e encantador, e sairá pintando muros, ruas, pontes... sairá colorindo a vida.

Lúcia Helena Galvão

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