quinta-feira, 12 de outubro de 2017

17 Sinais de que Você Nunca vai ter Dinheiro na sua Vida


SEM DINHEIRO SEMPRE????
Sabe aquela sensação maravilhosa de estar com as contas em dia, saber que sua grana está bem investida e ainda ter o suficiente na mão para uma bela viagem de férias (ou para aquele projeto que não sai da sua cabeça)?
Existem várias maneiras de garantir que isso nunca aconteça. Eis algumas das principais estratégias para passar a vida inteira contando migalhas.

1. Sua única fonte de renda é seu salário ou o que você ganha como profissional autônomo.

Esse é um dos principais. Você trabalha, recebe uma grana e usa essa grana para viver. Todo mês. O problema é que virou normal viver assim, no automático, mês a mês. Aí você se convence de que, se todo mundo faz isso, então tá tudo certo.

2. Você acha que empreender ou investir dinheiro são algo arriscado.

Dizem que empreender é arriscado, mas não há risco maior que depositar o controle da vida financeira da sua família nas mãos do seu chefe ou diretor, das políticas trabalhistas imprevisíveis da empresa ou de uma carteira flutuante de clientes. O mais arriscado é seguir dependendo de emprego em um mundo que está mudando completamente. No fundo, o que é arriscado não é empreender ou investir, mas fazer um ou outro sem conhecimento e planejamento suficientes.

3. Você caiu no conto da felicidade pelo consumo.

Criou o hábito de trocar dinheiro por bem-estar? Ora, de que adianta ter grana se não for para comer em restaurantes bacanas, torrar em baladas iradas (agregando valor ao camarote), trocar de carro, comprar uma casa maior, viajar para o exterior ou adquirir o último modelo de iPhone, não é? Precisar ostentar símbolos de riqueza material ou comprar coisas para aplacar a angústia existencial, a insegurança ou a ansiedade são caminhos seguros... para a ruína financeira.

4. Você está atolado(a) em dívidas.

Bom, esse eu nem preciso comentar. Juros de cheque especial e de cartão de crédito são a porta do inferno. É por isso que os principais bancos quebram recordes de lucratividade ano a ano. E você não.
Sem Dinheiro

5. Você gasta tudo o que ganha.

Aí um dia você recebe uma promoção. Ou conquista mais alguns clientes. Naturalmente, seu padrão de vida também sobe. Não vai mais almoçar no Burger King; agora é Outback. Nada de Praia Grande: agora é Maresias! Ou Leblon. Ou Ibiza. Afinal, a vida é curta. (E o dinheiro, pelo jeito, também será).

6. Você confunde ricos de verdade com novos ricos.

Novos ricos são ex-classe média com dinheiro. Deslumbrados, têm o hábito de postar regularmente nas redes sociais fotos de pratos de comida, do carro novo ou de destinos de turismo de gosto duvidoso. Ricos de verdade são discretos, preferem a sobriedade à ostentação. Conhecem o jogo do dinheiro, suas armadilhas e ilusões. (Sim, em ambos os casos, há exceções).

7. Você se enche de bens que obrigam você a trabalhar cada vez mais - para sustentá-los.

No Oriente, dizem que não é você que possui seus bens; são eles que possuem você. Daí os movimentos de minimalistas e as diferentes tendências de simplificar e desacelerar a vida. Se você tem menos bens, sobra mais espaço e energia para você dedicar ao que realmente importa.

8. Você não tem familiaridade com a dinâmica dos juros compostos e dos ativos financeiros.

Não, isso não é coisa de economista. É algo que todos nós deveríamos aprender na escola - algo muito mais prático e importante que a Fórmula de Bhaskara. Ao contrário de seus bens passivos (que tiram dinheiro do seu bolso, mês a mês), juros compostos e ativos financeiros fazem seu dinheiro trabalhar por você - mesmo quando você estiver dormindo. Seu dinheiro precisa estar a serviço do tipo de vida que você quer viver, e não o contrário: uma vida toda engessada por tudo o que você faz para ganhar dinheiro.

9. Você troca tempo por dinheiro.

Tempo é seu ativo mais escasso. Tem um limite de quanto você consegue trabalhar. Trabalhar demais deixa você exausto, doente, ou pode até te matar. Fora que a vida fica uma merda. Então chega um ponto em que, se você é assalariado ou autônomo, não tem mais como ampliar a renda se continuar simplesmente trocando tempo por dinheiro. Precisa encontrar um outro jeito para ter mais tempo e, mesmo assim, ampliar sua renda.

10. Você não dedica seu tempo, seus recursos e seus talentos para administrar seu patrimônio e gerar múltiplas fontes de renda.

Não tem milagre. Para fugir de viver na penúria, você precisa entender como funciona o jogo do dinheiro e aperfeiçoar sua forma de jogar. Entre uma viagem de cruzeiro (passivo) e investir em um pequeno imóvel para você alugar e completar seu orçamento mensal (ativo), por exemplo, o que lhe parece mais atraente?

11. Você acha a gerente do banco simpática.

Não, não, não. Ela é representante de uma instituição que vai te sugar até a medula se você deixar. Os produtos financeiros dos bancos de varejo não são investimentos de verdade. São para crentes e ignorantes. Poupança, CDBs, Letras, Títulos, Fundos, Seguros, Planos de Previdência Privada e Capitalização que você contrata nas agências de bancos como Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil, por exemplo, escondem 'pegadinhas' e taxas escandalosas, que tornam esses "investimentos" um excelente negócio. Para o banco, é claro.

12. Você não investe em si mesmo(a).

Livros, cursos, retiros, processos de coaching, mentoria, consultoria e terapia são caros e tomam muito tempo. É verdade. O problema é que a alternativa - a ignorância - é muito pior. A ignorância te faz dependente do salário, do patrão, do gerente do banco, do cliente, do professor, do político, do mercado, da crise, da TV Globo, do governo. De todos os investimentos, o de maior retorno é investir em ampliar, cada vez mais, sua competência para a ação consciente e consistente.

13. Você vive uma vida de manada.

Tem medo de fazer diferente de todo mundo. Aceita dicas de investimento de vizinhos e familiares que nunca tiveram um puto na vida. Fica babando na propaganda da televisão. Vai e volta do trampo no mesmo horário que todo mundo, aí fica preso(a) no trânsito. Viaja só nos finais de semana, férias e feriados, quando é tudo muito mais caro, porque quem manda no seu calendário são seu emprego e a escola das crianças. Não faz planejamento e compra tudo de última hora.

14. Você bota a culpa no Petê.

Ou no Temer. Ou no Trump. É gostoso, porque aí você vira uma pobre vítima das circunstâncias e se exime de qualquer responsabilidade. Pode passar a vida reclamando com os amigos na mesa do bar, ao invés de encarar o cagaço e tolerar a frustração de pensar, estudar, planejar e executar a partir do que está efetivamente a seu alcance.

15. Você acredita que quem é rico deu sorte na vida, é fútil, materialista ou desonesto.

Você está programando seu mundo interno, sua energia e linguagem não-verbal para repelir dinheiro. Afinal, se você realmente acredita que ricos são pessoas más ou superficiais, cercadas de bajuladores, não é isso que você quer para você, não é? Desprezar ou invejar os ricos são formas de se manter prisioneiro(a) de uma paisagem de escassez.

16. Você acredita que dinheiro é sujo.

Talvez você tenha levado um grito, quando era criança, porque pegou em dinheiro e depois colocou a mão na boca. De fato, cédulas e moedas carregam micro-organismos que podem te contaminar. Mas moedas e notas não são dinheiro; são apenas duas de suas possíveis formas materiais. Já pensou nisso? Hoje em dia, na verdade, pouquíssimas transações são feitas com 'dinheiro vivo'. O dinheiro, em si, vai muito além das notas e moedas e mesmo dos bitcoins ou algarismos nos computadores de sistemas bancários. Dinheiro é uma energia de troca e materialização, que organiza relações. Então, ainda que a falta ou o excesso de dinheiro possa corromper, o dinheiro, em si, não é nem sujo nem limpo. A sujeira, neste caso, está nos olhos de quem vê.

17. Você ainda não se deu conta de que o mercado de trabalho vai mudar mais nos próximos 10 anos do que mudou nos últimos séculos.

Em um cenário de inteligência artificial, machine learning e automatização exponenciais, empregos deverão desaparecer. A realidade emergente convida cada um de nós a se reinventar. E, sobretudo, a desenvolver a capacidade de 'se virar' diante de circunstâncias sempre cambiantes. Algo que, definitivamente, não se aprende na escola. Então, uma boa forma de se condenar a viver sem grana é fechar os olhos e continuar fazendo as coisas como você sempre fez.
Texto: Retirado do Linkedin
Autor: 

André Camargo

Sou Mestre em Psicologia pela USP e autor dos livros "O Poodle de Schopenhauer" e "Trabalho: Propósito, Impacto e Realização" (a ser lançado em breve). Atuo como coach, escritor e empreendedor digital.

domingo, 30 de outubro de 2016

Dia dos Finados - O Culto das Almas

Se você for aos cemitérios de Belém nas segundas feiras, vai encontrar diversos devotos acendendo velas em determinados túmulos, realizando orações e agradecendo graças alcançadas: o nome desse evento é o "Culto das Almas", que não é aprovado pela Igreja mas que possui vários adeptos pela cidade. Vamos entender um pouco mais sobre essa manifestação popular e também fazer uma reflexão sobre a morte e sua relação com nossas vidas.
Belo Mausoléu - Santa Isabel/Belém 
Não se sabe como se originou esse tipo de adoração nos cemitérios da cidade, em especial o de Santa Isabel e o da Soledade. Não existe um horário definido, mas a maior concentração de fieis é no final da tarde, entre 17 e 18 horas. O Culto consiste em solicitar uma graça ao túmulo do “santo popular”, como são conhecidos esses que atendem aos pedidos, mesmo não pertencendo à hierarquia de santos da igreja católica, e o devoto deve ir em 7(outros dizem 9) segundas feiras para agradecer/solicitar graças, acendendo velas ou depositando água mineral no espaço destinado às oferendas, espaço esse já feito pelos cemitérios para que não tenhamos prejuízo aos túmulos. Muitos desses “santos populares” possuem orações próprias.

Anjo e a Alma - Santa Isabel/Belém

Os túmulos visitados são de pessoas que tiveram uma vida em sua maioria normal - Donas de casa, crianças e grandes personalidades da cidade -, mas que sofreram alguma morte trágica ou simplesmente tiveram uma vida de serviço aos mais pobres e/ou de uma retidão exemplar.

Túmulo Dr Camilo Salgado - Santo Popular/Belém


Temos como exemplo o Doutor Camilo Salgado, médico paraense, nascido em 22 de maio de 1874 e falecido em 2 de março de 1938. Em vida foi médico generalista, ou seja, tratava de várias doenças e foi um dos fundadores da Sociedade Médico-cirúrgica do Pará, em 15 de agosto de 1914 e da faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, em 1919, sendo o primeiro presidente dessa instituição. Também foi vereador, governador interino e professor - em outras palavras, uma figura pública bastante conhecida. Sua fama era de sempre atender de bom grato os pacientes, sendo conhecido na cidade como um homem bom e preocupado com a saúde dos mais carentes. Após a sua morte, iniciou-se os comentários que fulano ou beltrano, quando estavam doentes e solicitaram ajuda ao caridoso doutor, conseguiram sua cura. Também há relato de operações espirituais orientadas por Camilo Salgado. A mesma fama também se refere ao Doutor Crasso Barbosa(1886-1919), mas em menor grau.

Moça do Táxi - Santa Popular/Belém


Outro caso famoso é de Severa Romana, que em 2 de julho de 1900 foi morta violentamente pelo amigo do companheiro dela que tentou manter relações sexuais à força com a mesma, crime que gerou grande comoção na cidade, pois a mesma estava grávida de 7 meses e manteve a fidelidade ao marido, por isso em seu túmulo está escrito “Assassinada em defesa de sua honra”. Temos também o caso singelo de Preta Domingas, mulher negra, escrava que cuidou com muito carinho do filho de um aristocrata da cidade e, quando o menino se fez homem, ergueu um belo túmulo para aquela que em sentimento foi sua mãe. A mesma faleceu em 25 de março de 1871.

Pequeno Templo para a criança Bianca Cunha (1978-1984)




Possíveis origens históricas.
Em civilizações antigas existia o culto aos antepassados, como era o caso em Roma, onde se orava e solicitava proteção aos ancestrais e em alguns momentos do ano (em especial no início de maio) se orava para que os espíritos se mantivessem afastados. "LARES" era o nome dado aos espíritos dos antepassados na Roma antiga. O culto tinha um caráter privado, com o fogo especial acesso e mantido pelo chefe da família e outro aspecto público, com procissões e oferendas nos túmulos dos mortos. Essa tradição, com a queda do império romano, pode ter se degenerado até o atual culto aos mortos que temos em diversas partes do mundo.

O Historiador Jean-Claude Schmitt, em “os vivos e os mortos na sociedade medieval”, relata que a igreja europeia definiu a segunda-feira como um dia ideal para rezar para as almas que sofriam no inferno e no purgatório pois, segundo se pensava, o ritmo das almas era parecido com o dos homens no que se refere ao calendário semanal. Acreditava-se que o sofrimento daquelas ganhava um descanso no sábado para domingo e reiniciava na noite de domingo para segunda; sendo assim, seria preferível rezar por elas no momento em que recomeçava seu suplício. Desse modo, começou um movimento na Europa para visita aos túmulos durante as segundas, acender velas, realizar orações e oferendas em missas, e essa tradição no decorrer dos séculos migrou para o continente latino-americano.

Santos Populares por Cemitério

- Santa Isabel, fundado em 1890, possui os seguintes santos: Josephina Conte, Doutor Camilo Salgado, Crasso Barbosa, Severa Romana.

- São Jorge, fundado na década de 60, possui os seguintes santos: Menina Diene Helen e os irmãos Marivaldo e Marinaldo do Nascimento

- Soledade, fundado em 1850, após um surto de febre amarela, cólera e varíola que matou mais de 30 mil pessoas na cidade. Possui os seguintes santos: Raimundinha Picanço, Preta Domingas, Crianças como Zezinho, Antônio e Cícero, escrava Anastácia.

Uma breve interpretação.


O Culto das almas não é aprovado pela igreja, tanto a católica quanto a Evangélica. Alguns setores do espiritismo aprovam e entendem como válida a relação dos devotos com seus santos populares, e outros mais ligados à doutrina original de Kardec indicam que as energias enviadas dos devotos para os “santos” apenas alimentam formas astrais de desencarnados, dessa forma, apenas mantendo neste plano entes que não deveriam estar mais conosco e que por consequência não são beneficentes para nenhum dos envolvidos. Enfim, deixamos o leitor livre para o entendimento do culto, mas o que podemos aprender com essa relação com os mortos?

Podemos notar que os cemitérios, neste contexto, ganham um novo ar, novo conceito, não mais de apenas “armazenador de lembranças” ou de corpos sem vida, mas um espaço de milagres, fé e esperança. Parece uma ironia, numa época tão materialista quanto a nossa, justamente em um local destinado à morte e à dor podemos reencontrar e reascender a chama da esperança. Nestes locais podemos encontrar verdadeiros “santuários” que representam seres sagrados e poderosos. Assim reinterpretamos a morte, tornando-a novamente o que para muitos sempre foi…VIDA. E por que não podemos dizer "vida e santidade"?...
Boas reflexões neste dia dos finados.


Santa Popular Josephina Conte - A moça do táxi



Anjo e a Alma - Santa Isabel/Belém

Representação da dor - Santa Isabel/Belém

Autor: Edmilton Furtado

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A Moça do Táxi – Uma amante de Belém


Belém completa seus 400 anos, e nada melhor do que reforçamos nosso amor pela cidade. Esse amor e carinho pela capital da Amazônia, podemos notar em diversos setores da cidade, em grandes personagens da nossa história e também nos contos populares. E para reforçar essa ideia vamos refletir sobre a Moça do Táxi.

Josephina Conte - A moça do Táxi
Essa é uma das estórias de assombração mais divulgadas em Belém, e não é por menos, afinal, aqui a moça do Táxi, tem nome e sobrenome. Mas antes disso, vamos resumir um pouco dessa lenda urbana paraense.

“... Um dia qualquer do ano. Porém sempre na mesma data. A moça faz sinal para o táxi, geralmente de quatro portas, sentando-se atrás.  Solicita ao motorista que vá ao bairro da Cidade Velha. Pede para ir devagar pelo largo da Sé (Praça Frei Caetano Brandão); volteia o largo do Carmo, faz questão de ir ao porto do Sal, dirige-se em seguida ao Arsenal da Marinha, solicitando sempre marcha lenta.

Nesse momento o motorista, já desconfiado, interrogar a moça sobre o destino final da viagem, mas a mesma apenas solicita que fique dando voltas nos pontos turísticos da cidade, e em especial, Cidade Velha e Bairro de Nazaré.

No final, ela desce do táxi em frente a uma residência no bairro de Nazaré (em outras versões ela pega o táxi em Nazaré e desce no cemitério Santa Izabel), e solicita que seja cobrada a corrida no outro dia.

No dia seguinte, pela manhã, o motorista foi ao endereço dado pela moça.

 - Bom dia! Mora aqui o Senhor fulano?

 - Bom dia! Sim, mora. O que o senhor deseja?

 - Vim cobrar uma corrida de táxi da filha dele.

 - Mas ele não tem filha, ou melhor, nós não temos, porque sou esposa dele.

 - Não é possível, não tenho porque lhe mentir....

 - Ontem uma moça assim, correu toda a cidade em meu carro e me mandou cobrar aqui, dizendo ser filha do senhor fulano e que o passeio era o seu presente de aniversário (ou então refere-se à corrida casa-cemitério ou vice –versa).

Neste momento na sala, o motorista vê o retrato da moça, e a reconhece.

 - Não é possível, essa moça era nossa filha, mas ela já morreu há tanto tempo...E realmente, o pai costumava lhe dar de presente uma volta de táxi pela cidade.

O motorista começa a ficar muito nervoso. Já não se interessava nem em cobrar a corrida. Só quer esclarecer se a moça que pegou o seu carro estava viva ou não.

O caso é solucionado pela chegada do marido, que afirma a morte da moça, prontificando-se a leva-lo ao cemitério. E lá, mostra o túmulo, onde o motorista vê um retrato igual ao que havia na casa…”

Trecho da história, retirado do livro “Visagens e Assombrações de Belém”, do Jornalista Walcyr Monteiro.
Viagens e Assombrações de Belém

A identidade da moça do Táxi, já foi revelada há muito tempo, ela está relacionada a Josephina Conte.

Filha de Nicolau Conte, imigrante Italiano, dono da Sapataria Boa Fama. Josephina nasceu em 19 de abril de 1915, era uma moça de classe privilegiada da Grande Belém, e estudava no colégio Santo Antônio. No dia de seu aniversário, seu pai costumava dar de presente um passeio de táxi pela cidade, e dessa passavam bons momentos juntos e assim foi por toda a década de 20.

Naquela época os táxis eram chamados de chofer e também eram um meio de ostentação, pois o valor do carro de aluguel, não era barato.


Praça Batista campos - Belém Antiga
A cidade vivia o final do ciclo da borracha, que deixou Belém, como uma das cidades mais desenvolvidas do país, onde contava com tecnologias que não existiam em cidades do sul e sudeste, como por exemplo o Cinema Olympia (o mais antigo do Brasil em funcionamento), inaugurado em 21 de abril de 1912, o belo Teatro da Paz, inspirado no teatro Scala de Milão, o mercado do Ver – o – Peso a maior feira livre da América Latina, Palácio Antônio Lemos, Praça Batista Campos, dentre outros.

Praça Batista Campos - Anos 20


Era uma Belém bucólica mas com ares de cidade Europeia, A “Paris N’América”, como se intitulava. Não era difícil entender, o porquê do presente do pai, era de um passeio por uma Belém saudosa e majestosa. Amor e admiração pela cidade que unia pai e filha.
Belém Antiga

Josephina, sempre fora descrita como uma moça bela, com rosto angelical, alegre e com um perfume de rosas, que deixava os ambientes onde estava sempre mais delicados. Aos 16 anos, sofreu forte pneumonia, onde veio a falecer em 16 de agosto de 1931. Na verdade a morte dela é cercada de muito mistério, uns relatam tuberculose, e outras fontes da própria família, já afirmaram que a radiografia dela indicava objetos pontiagudos parecidos com alfinetes em seus pulmões, fato reforçado por uma colega da escola Santo Antônio, que afirmava que ela estava triste com o pai, por tê-la proibido de ir em um baile com os amigos.

Bem, a verdade dos fatos, foi que a garota com aspecto angelical e com um perfume suave de rosas, havia deixado esse plano para, 2 anos após seu falecimento, entrar para o imaginário paraense.

Começou a circular pela cidade, a notícia que uma bela moça, que solicitava um táxi, e após entrar no mesmo, sumia, deixando apenas um delicado perfume de rosas. Conta um dos familiares de Josephina, que durante um almoço de família, apareceu um taxista, cobrando uma corrida, e informando que era da filha do casal, o taxista só parou de cobrar a corrida, quando viu o retrato e as explicações dos pais que a filha já não existia mais. A corrida foi paga, e dessa forma nasceu a lenda da moça do táxi.

Em 1997, a irmã de Josephina Itália Conte, já com 89 anos, concedeu uma entrevista para TV Liberal, onde afirmava que jamais houve cobrança de corridas pela cidade, e que seus pais morreram sem nunca saber da estória da moça do táxi. Outros familiares, em especial um sobrinho de Itália, discordam das informações dadas a emissora, e assim temos mais um mistério nessa interessante lenda.

Bom, o que sabemos é de uma bela história de um amor de pai e filha, e do ensinamento repassado, da admiração pela cidade. Todas as aparições de Josephina, mostram que ela, apenas que rever os locais por onde viverá, ou seja, a sua única intenção é ver Belém. Andar pelos túneis de mangueiras, ver as luzes e o brilho nas ruas, ver as praças e saber que ainda são lindas, que são belas, que trazem um passado forte e vitorioso. Mas Belém está suja, esquecida pelas autoridades, tem algo para ver? Sim, tem. Basta que tenhamos o mesmo olhar da moça do táxi, um olhar de admiração e carinho por essa terra, e como estamos vivos, trazer esse sentimento para nossas ações do dia a dia.

Viva Belém pelos seus 400 anos, Viva a moça do Táxi!
Autor: Edmilton Furtado

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O que faz um herói?

 
Olá!
 
Você sabe o que Harry Potter, Katniss Everdeen e Frodo - personagens de histórias fantásticas - tem em comum?
Eles são considerados heróis e possuem uma legião de fãs pelo mundo, mas oque será que faz com que muitos de nós se identifiquem com esses personagens?

 Joseph Campbell, que foi um grande estudioso dos símbolos da humanidade, nos ensina sobre o mito do herói. Símbolo este que todos carregados e desejamos em nossas almas.

Veja o vídeo onde explica o Herói de mil faces.

 
https://youtu.be/Hhk4N9A0oCA

 
Veja o vídeo abaixo, e descubra o herói dentro de você.



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ocultismo Prático - Trecho



Segue um bela mensagem da Mestra Helena Petrovna Blavtsky
Aprende que não há cura para o desejo, que não há cura para a busca de recompense, que não há cura para o sofrimento de estar ansioso por algo, a não ser fixando a visão e a audição naquilo que ‘e invisível e inaudível.
O homem tem de acreditar na sua capacidade inata de progredir; não deve se atemorizar ao considerar a grandeza de sua natureza superior nem se deixar arrastar pelo seu eu inferior ou material.
Todo o passado nos mostra que as dificuldades não devem servir de desculpa para o desanimo, muito menos para o desespero, de outro modo o mundo não teria as muitas maravilhas da civilização.
A força de vontade para seguir adiante ‘e a primeira necessidade daquele que escolheu seu caminho. Onde pode ela ser encontrada? Olhando-se ao redor não ‘e difícil ver onde outros homens encontraram sua força. A sua fonte ‘e a convicção profunda.
Abstém-se porque ‘e correto o abster-se – não para te conservares limpo.
O homem que luta contra si mesmo e vence a batalha só pode fazê-lo quando sabe que naquela luta ele está fazendo aquilo que vale a pena ser feito.
“Não resistas ao mal”, isto ‘e, não te queixes nem te irrites com as vicissitudes inevitáveis da vida. Esquece de ti mesmo (servindo aos outros). Se os homens maltratam, perseguem ou enganam os seus semelhantes, por que resistir? Na resistência criamos males ainda maiores.
O trabalho imediato, qualquer que seja, tem implícito o clamor do dever, e a sua relativa importância ou não-importância não deve ser, em absoluto, considerada.
O melhor remédio para o mal não ‘e a repressão, mas a eliminação do desejo, e isso pode ser melhor alcançado mantendo-se a mente constantemente fixa em coisas divinas. O conhecimento do Eu Superior ‘e solapado quando se deixa a mente comprazer-se com os objetos dos sentidos desgovernados.
Nossa própria natureza ‘e tão vil, orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia de seus próprios apetites, julgamentos e opiniões, que se as tentações não a dominassem, ela se deterioraria irremediavelmente; portanto somos tentados até o fim para que possamos conhecer a os mesmos e ser humildes. Sabe-se que a maior das tentações ‘e não ter tentação alguma, por esse motivo alegra-te quando elas te assaltarem, e com resignação, paz e constância, resiste a elas.
Sente que tu não tens que fazer nada para ti mesmo, mas que certas tarefas são designadas para ti pela Divindade, as quais tu tens que cumprir. Deseja Deus, e não algo que Ele possa proporcionar-te.
HPB

Tudo o que deva ser feito, tem de ser feito, mas não com o propósito de satisfazer-se com o fruto da ação.
Se todas as ações de uma pessoa forem executadas com a plena convicção de que não tem qualquer valor para o agente, mas que devem ser efetuadas simplesmente porque tem de ser feitas – em outras palavras, porque está em nossa natureza agir – então a personalidade egoísta em nós se enfraquecera cada vez mais, até que chegue a apaziguar-se, permitindo ao conhecimento revelar o Eu Verdadeiro a brilhar em todo seu esplendor. Não se deve permitir que a alegria ou a dor afaste a pessoa de seu firme propósito.
Até que o Mestre te escolha para vir a Ele, esteja com a Humanidade, trabalhando de modo altruísta pelo seu progresso e evolução. Somente isto pode trazer verdadeira satisfação.
O conhecimento aumenta na proporção de seu uso – isto ‘e, quanto mais ensinamos mais aprendemos. Portanto, Buscador da Verdade, com a  de uma criancinha e a vontade de um Iniciado, compartilha daquilo que tens com aquele que nada possui para conforta-lo em sua jornada.
Um discípulo tem de reconhecer de maneira inequívoca que a própria ideia de direitos individuais nada mais ‘e que a manifestação da natureza venenosa da serpente do eu. Ele jamais deverá considerar outro homem como alguém passível de ser criticado ou condenado, nem tampouco poderá o discípulo elevar sua voz em autodefesa ou desculpa.
Nenhum homem ‘e teu inimigo; nenhum homem ‘e teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.
Não mais se deve trabalhar para ganhar benefício, temporal ou espiritual, mas tão somente para cumprir a lei da existência que ‘e a justa vontade de Deus.”

Trecho retirado do livro Ocultismo Prático.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Frustrações Nossas de cada dia.


Hoje estamos em uma mundo, onde cada vez mais, se procura satisfazer a vida, ser feliz, VIVER O MOMENTO, mas ao mesmo tempo, parece que nunca estivemos tão frustados.

Pouca paciência no trânsito, com as crianças, no trabalho, enfim em qualquer lugar que estejamos parece que a síndrome da falta de paciência nos acompanha. E oque será que gera essa frustração interior? Será a falta de dinheiro para satisfazer nossos desejos matérias? a falta de um sentido de vida? ou simplesmente vivemos uma época de pessoas "fragilizadas" egoístas e vaidosas?

Carlos Castaneda (1925 - 1998)
Carlos Castaneda, escrito peruano, criou um personagem chamado Don Juan, que na verdade é um bruxo de origem indígena que o mesmo conheceu no deserto do México.Don Juan inicia Carlos Castaneda nos mistérios da vida e faz com que o mesmo enxergue a existência de um ponto de vista mais espiritual e buscando sempre uma evolução consciencial. Vamos ver abaixo oque o autor tem a nos ensinar sobre as frustrações e sua origem.


Místico Don Juan


Em O PODER DO SILÊNCIO, dom Juan explicar que "durante nossas vidas ativas nunca temos a chance de ir além do nível da mera preocupação, porque desde tempos imemoriais a rotina dos afazeres diários nos entorpeceu. É apenas quando nossas vidas quase se encontram por terminar que nossa preocupação com o destino começa a assumir um caráter diferente. Começa a fazer-nos ver através da neblina das ocupações diárias".

Ainda quando buscamos vivenciar na prática o ensinamento de alguma religião, mantemos o hábito subconsciente de "arranjar" nossas conclusões de modo que elas se encaixem em nosso esquema de complacências, isto é, o conjunto de auto justificativas  pelas quais explicamos a nós mesmos nossa lentidão e preguiça na busca da verdade e em nossas tentativas de viver impecavelmente.

Quando nos irritamos com erros alheios, trata-se muitas vezes de uma válvula de escape da frustração que temos reprimido em nós diante do nosso próprio comportamento insatisfatório.

Frequentemente o erro de outra pessoa provoca um alívio na consciência pesada do ser humano espiritualmente preguiçoso.

Por outro lado, alguém que procure prejudicar-nos seriamente pode ser extremamente valioso como "pequeno tirano". Seu valor decorre do fato de que entre os maiores inimigos do guerreiro da sabedoria estão a vaidade e a auto-importância.

Quando uma pessoa visa prejudicar-nos de modo consciente e intencional, temos uma oportunidade ímpar de observar nosso próprio orgulho, nossa raiva, nossa frustração e nossa ingenuidade. São muitas as caras da auto-ilusão. Um "pequeno tirano" que tenha condições de colocar o guerreiro em risco e prejudicá-lo seriamente presta um serviço enorme e acelera o processo de auto-observação e purificação do buscador da verdade.

Carlos Castaneda, nos ensina a ver a vida como uma grande pedagogia, sem "mentalidade de vítima" e de buscadores de nós mesmos, entender que na verdade essas frustrações vem do fato de ainda não realmente acreditarmos que o sentido de vida está em nosso crescimento interno e na capacidade de se fazer crescer em cada dia e situação, ainda confundimos com coisas externas como bens materiais ou reconhecimento e aceitação. Criamos e "gostamos" desses pequenos tiranos e como a história nos ensina, onde existe tirania não existe liberdade.

Realmente como seres humanos buscamos a felicidade e a liberdade e segundo os ensinamentos de Don Juan elas estão dentro de nós quando realmente nos propomos a olhar, daí nos podemos perguntar..."Isso é difícil? isso é complicado? Se essa buscar for o verdadeiro sentido da vida porque da uma sensação de medo e insegurança?". Sim dá medo, mas quem não tem medo do desconhecido? e si aventurar ao desconhecido, esse sentimento só os homens livres podem ter.

Edmilton Furtado.

Leia Mais !!!!!!!!!!!!!!!!!!1

A Moça do Táxi – Uma amante de Belém

Belém completa seus 400 anos, e nada melhor do que reforçamos nosso amor pela cidade. Esse amor e carinho pela capital da Amazônia, podemo...