quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Como Deixar Velhos Hábitos para Trás?

Olá, Amigos, e FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!


Chegamos ao momento final do ano. Neste período, normalmente nossos olhos voltam a ter esperança em um futuro promissor, começamos a sonhar com um ano novo, onde vamos realizar muito do que programamos (mas não o fizemos) neste ano que passou. São as chamadas “promessas de fim de ano”.
Até aí, sem novidades; afinal, todo ano prometemos coisas e essas promessas ficam pelo caminho, mas é aí que mora o perigo.

Por que nossos desejos e sonhos ficam pelo caminho? Por que se tornam mais uma promessa não cumprida?

Podemos citar inúmeros fatores, mas uma situação é verdade: o ano muda,  mas nós não!


Um dos fatos que nos mantém no mesmo patamar do ano anterior é que os nossos hábitos são os mesmos e não temos consciência de muitos deles. Isso é ruim, pois acabamos agindo como robôs - mas, ao contrário de muitos filmes de ficção com robôs super eficientes, agimos de forma atrapalhada e desconexa com o que realmente somos e almejamos. Veremos como isso acontece a seguir.


O Hábito


   É classificado como maneira usual de ser, costume, regra para ação. Enfim, está sempre ligado ao modo como agimos no dia-a-dia: é uma maneira de SER e de ATUAR. Por isso, um hábito se traduz na forma como reagimos às situações do cotidiano. Quando adquirido, o hábito entra em nosso comportamento de forma automática, ou seja, torna-se um mecanismo que em alguns casos independe de nossa vontade. Exemplos: adquirimos o hábito de andar, de escovar os dentes… mas já pensou se em todas as manhãs tivéssemos que aprender a andar ou a escovar os dentes de forma correta? Isso seria uma enorme perda de tempo e energia

Dessa forma, temos um mecanismo inteligente que nos permite economizar energia e canalizá-la para o que é realmente válido. Então, quais seriam os grandes problemas gerados pelos hábitos?

 -Por não conhecer o seu mecanismo de criação, acabamos gerando hábitos negativos que nos afastam das nossas metas;

- Achamos que temos controle das nossas vidas;

 - Confundimos os hábitos com a nossa identidade.



Mecanismo dos Hábitos.


Os hábitos necessitam de um GATILHO, de uma ROTINA e de uma RECOMPENSA. Se verificarmos isso em nossa vida, veremos que em muito do que fazemos há o desejo de recompensa, de realização. Por exemplo: Se, ao beber, surge a necessidade de fumar, por que isso acontece? O gatilho é ingerir bebida alcoólica e a recompensa é a satisfação (prazer) que o cigarro vai proporcionar ao fumante
Ciclo de criação do Hábito



O Controle é uma ILUSÃO!!!!

Gostamos da ideia de ter controle sobre nossas ações e decisões, mas será isso verdade? Ou somos um amontoado de hábitos automáticos?


Vamos nos imaginar depois de um dia de trabalho e estudo, desejando estar em casa para relaxar, mas vem a lembrança de que precisamos revisar a matéria para a prova que se aproxima. Ao chegar em casa, tomamos banho, ficamos na frente da televisão enquanto conferimos as mídias sociais, mas aquela ação necessária e imprescindível de estudar vai ficando cada vez mais para depois… a noite avança e "decidimos" que é hora de dormir, e que amanhã será um bom dia para estudar. Neste exemplo, fomos vítimas do hábito da procrastinação, mas, para nossa mente, escolhemos cada atitude que tomamos; ou seja, achamos que decidimos, mas geralmente estamos seguindo os hábitos já consolidados.

Controle? Não passa de uma Ilusão.



Os Hábitos não nos definem!!!!

Muitas vezes, aquilo que fazemos de forma rotineira é classificado como "aquilo que somos", ou seja, achamos que faz parte de nossa identidade. Talvez você pergunte: “qual o problema disso?”

O problema, meus amigos, é acreditar que nossa identidade ou mesmo nossa própria existência está ligada à rotina, e um dia isso pode acabar, daí....como ficaremos?

Vamos ver um exemplo de uma mãe que se dedicou a cuidar dos filhos a vida toda, sempre direcionou sua energia para eles, tanto que até se esqueceu de seus desejos e anseios. Quando esses filhos crescem e agora ela tem que olhar apenas para si, o que surge na sua frente? Em muitos casos, o NADA. Daí a tendência a se achar "incompleta" e "inútil" ou de "não ter um significado na vida" se torna cada vez maior, e a possibilidade de depressão é grande. Isso vale para empregos, namoros, casamentos, fases da vida, para aqueles que acham que sempre tem que "dar sua opinião em tudo"… acabamos nos "viciando"em algum hábito da vida e nos identificamos com ele a tal ponto que parece que não somos mais os mesmos (e nem mesmo dignos da felicidade) sem ele.


A verdade é que não somos nossos hábitos; pelo contrário, eles são ferramentas para que possamos descobrir a nós mesmos.



Os hábitos como ferramentas de transformação.


Podemos gerar hábitos positivos e, dessa forma, ter uma excelente ferramenta para alcançar nossas metas e objetivos. Para isso, devemos entender bem o nosso propósito de vida, o que buscamos, o que nos realiza...
Vamos a um exemplo para a criação de hábitos:

Estudos apontam que necessitamos da prática de 21 a 30 dias para gerar um hábito. Mas, para “ter vontade" todo esse tempo, é essencial descobrir nossa MOTIVAÇÃO, ou melhor, o PROPÓSITO AO QUAL QUEREMOS CHEGAR. 

Construir a nós mesmos: Eis a missão!!!
Sabemos que o hábito necessita da RECOMPENSA; no caso do exercício físico, temos o bem-estar, a sensação de prazer causada pela liberação de endorfina, enfim...podemos ter várias recompensas biológicas e emocionais, mas muitas vezes não são o que realmente buscamos, por isso desanimamos e não prosseguimos.

Segundo Aristóteles, o que realmente buscamos em nossas atividades da vida é a FELICIDADE, e esse seria o maior BEM ao qual o ser humano deveria se dedicar. 

Então, se busco a felicidade na superação de mim mesmo, a atividade física será um grande desafio e então ganharei uma recompensa, mas breve, não um corpo digno dos programas de televisão que assistimos; contudo, ao saber que me supero a cada dia, essa seria a grande motivação e assim estarei usando os meus hábitos - criando alguns quando necessário ou aposentando outros -, pois agora tenho discernimento para utilizá-los e meu objetivo é maior do que o hábito. Não sou feliz porque faço exercícios, sou feliz através deles.

Com a meta clara em mente, usarei os hábitos como forma de construção de mim mesmo. 

Assim, poderemos ser felizes ao criar nossos filhos e ao vê-los partir, ao iniciar um relacionamento e também ao terminá-lo; poderemos ser plenos
durante a rotina do dia-a-dia e não num futuro que nunca chega; poderemos ser livres e não escravos dos nossos hábitos.

Feliz ano NOVO a todos, mas só será novo SE REALMENTE FORMOS NOVOS!!



Autor: Edmilton C. Furtado

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