segunda-feira, 16 de junho de 2014

Igreja São João Batista - Belém


Ela tem quase 400 anos, já foi o presídio de um dos mais importantes nomes do Brasil Colônia. É obra de um dos mais celebrados arquitetos que por aqui passaram . Virou Catedral mesmo tendo cara de capela. Foi considerada por um diretor do Louvre, como joia da arquitetura barroca. E você que vive aqui, talvez nem a conheça.


No coração da Cidade Velha, a igreja primitiva foi construída em 1622, sob o pretexto da recusa do vigário em celebrar a festa de São João Batista na única igreja então existente, a de N. Sra. da Graça.

Surgiu apenas 6 anos após a fundação da vila, em taipa e coberta de palha. Em 1661, foi cárcere do jesuíta Antônio Vieira, que cometeu o crime de dedicar-se à causa indígena. Em 1686, uma segunda igreja, surge. Em 1721, depois de ser paroquial por sete anos, vira Catedral de Belém com a criação do Bispado do Pará. Perde o posto quando a catedral da sé é concluída, na metade do século XVIII.
Após revitalização  - Frente da Igreja de São João

A igreja atual surge entre 1771 a 1774, segundo projeto do italiano Antônio Landi. Sagrada em 1777 e com sua nave octogonal coberta por uma cúpula é única em Belém.
Ainda que por fora seja quadrada, seu interior apresenta forma octogonal com elegante cúpula sobre a nave de rara beleza, o que era bastante incomum na arquitetura colonial brasileira. As pinturas do altar principal e das laterais são feitas em técnica que emita volumes e relevos.

Um conjunto tão precioso que um ex-diretor do famoso Museu do Louvre, em Paris, Germain Bazin, considerou a A Capela de São João Batista como "uma joia da arquitetura barroca".

E você que vive nesta cidade, talvez nem saiba onde ela se encontre realmente. Nunca tenha tido a curiosidade de entrar e contemplar a beleza de seus traços, a magia de quase 400 anos de história. Quando for a cidade velha de novo, não perca esta oportunidade.


Altar Mor - Estilo Barraco

Fontes: Alvo Pesquisa / Iphan / Fórum Landi, UFPa
Foto: Smith, Robert. 1937 a 1947. Coleção Robert Smith, Fundação Calouste Gulbenkian (Biblioteca Digital Fórum Landi)

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