terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Simbolismo do Tarô Egípcio.

Embora não se conhecendo a origem do Tarô, o que permite muitas teorias é certo que faz parte de toda a tradição Hermética e se consideramos que o berço do hermetismo encontra-se no Egito, talvez se possa afirmar que a sua origem mais profunda radica aí.


Egito Misterico

Sabe-se que no Egito Clássico era uma das práticas de formação discipular colocar o neófito frente a imagens, signos e símbolos, para que através da sua interiorização e compreensão chegassem ao conhecimento íntimo do Universo e naturalmente da sua própria alma. Os símbolos eram considerados pontes entre o Homem e o conhecimento maior de si mesmo e dos arquétipos da natureza. Esta prática era comum também na China, com o I Ching, e na Índia, através de mandalas e outras imagens, que tal como com o Tarô acabou por ficar fundamentalmente o lado profetizar o futuro, ou seja, uma visão limitada e de épocas decadêntes.

Uma das hipóteses que alguns historiadores levantam é que com a queda do Egito, em que muitos conhecimentos saem dos templos e se popularizam criando múltiplas e variadas formas de feitiçaria, estas mesmas imagens tivessem saído e se popularizado de alguma forma em amuletos, meios de adivinhação, etc. e daí terem-se expandido através do “gypsies” ou ciganos, cujo nome em inglês poderia estar ligado a sua vinda do Egito, e que teriam expandido muitas dessas artes divinatórias, só se conhecendo documentalmente o primeiro relato dessas cartas na Europa no século XIV a serem utilizadas por eles, dando origem nesse período medieval e posteriormente a muitas variedades de desenhos ajustados às épocas. A própria origem da palavra Tarô é discutível, no entanto, duas possíveis origens são curiosas: Uma proveniente do egípcio, TAR, que significa caminho, estrada, e RO, que significa rei ou real, constituindo assim o “Caminho Real”. Uma outra origina-o do árabe turuq, que significa "Quatro Caminhos”.

Embora sem possibilidades de confirmação até ao momento, embora algo plausível, segundo Christian Jacq no livro “O Mundo mágico do Antigo Egito”, “os vinte e dois arcanos maiores do Tarô, representam pinturas hieroglíficas que foram encontradas nos espaços entre as 22 colunas de uma galeria, onde os neófitos deviam passar nas iniciações egípcias. Havia 12 colunas ao norte e 12 colunas ao sul, ou seja, onze figuras simbólicas de cada lado. Estas figuras eram explicadas ao candidato em ordem regular, e elas continham as regras e os princípios da iniciação. Esta opinião é confirmada pela correspondência que existe entre os arcanos quando eles são desta forma arranjados.”

Correspondencia dos Arcanos

O que certamente podemos dizer é que o Tarô constitui uma profunda e completa linguagem dos ensinamentos herméticos onde se juntam as ciências como a alquimia, astrologia e cabala. O Tarô é constituído por 78 cartas, no entanto iremos apenas debruçar-nos sobre os seus 22 Arcanos Maiores.

Estes artigos não é mais do que uma breve reflexão sobre cada uma dessas 22 cartas para, de alguma forma, ajudar a conhecer algumas chaves de interpretação que possam levar o leitor a encontrar dentro de si mesmo caminhos de compreensão das mensagens nelas contidas. Aproveitem

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